Análise Campanha | Call of Duty Modern Warfare 2 (2022)

Hora de falarmos de Call of Duty Modern Warfare 2! Mais um final de ano, mais um Call of Duty chega para alegrar o final de ano dos gamers de todo o planeta, e dessa vez a saga Modern Warfare ganha mais uma aventura em uma sequência que mantêm o alto nível da franquia!

E a continuação tenta e consegue encontrar uma identidade própria, já que opera sob a sombra do gigantesco sucesso do Modern Warfare 2 de 2009, jogo que inclusive foi um dos maiores responsáveis por me fazer ser um fã da franquia. Na época eu já jogava o primeiro Modern Warfare via Xbox Live, e aguardei ansiosamente pelo lançamento daquela sequência, comprando o jogo no dia do lançamento na loja e desejando ter um teletransporte para chegar logo em casa e poder jogar.

Pudemos jogar uma semana antes do lançamento!

No Modern Warfare 2 de 2022, a espera por poder jogar a campanha foi saciada mais cedo. Pude jogar antecipadamente uma semana antes do seu lançamento oficial, por meio da cópia cedida pela equipe da Activision Brasil, na qual somente o modo de história já estava liberado, o que é legal pois não houve a tentação de querer partir logo pro multiplayer, podendo assim dar total atenção a campanha. E por isso mesmo, todas as nossas impressões são apenas dessa campanha.

Então vamos falar dela. A maior pergunta inicial obviamente é se ela é mais legal ou não do que a do MW2 de 2009. Bem, a resposta é a mesma do jogo anterior, o qual também viveu sob a sombra do jogo de mesmo nome: Sim e Não.

O velho e o novo podem conviver juntos!

Mesmo que esse novos Modern Warfare usem o mesmo nome e a maioria dos personagens, em linhas gerais são jogos distintos, que buscam sua própria personalidade. Não da para fazer uma comparação direta como se fosse meramente um remake, pois não se trata disso.

Call of Duty: Modern Warfare II é a sequência do sucesso Modern Warfare de 2019, e o décimo nono Call of Duty. Com a volta do icônico líder da equipe, o Capitão John Price, além do destemido John “Soap” MacTavish, o experiente Sargento Kyle “Gaz” Garrick e o lobo solitário e favorito dos jogadores da franquia, Simon “Ghost” Riley, e a aventura conta como a Task Force 141 (TF141) se tornou um esquadrão lendário.

Então vamos a algumas informações sobre essa esperada continuação. A aventura acontece na seguintes localizações:

Amisterdã, Holanda.
Al Mazrah, Republica Unida de Adal.
Fronteira EUA/México.
Las Almas, México.
Espanha.
Urziquistão.
Golfo of México.
Chicago, Illinois, EUA.

Os personagens principais do jogo são:

Task Force 141
John Price · Kyle “Gaz” Garrick · Johnny “Soap” MacTavish · Simon “Ghost” Riley

Los Vaqueros
Alejandro Vargas · Rodolfo Parra · Rodriguez · Sanchez

CIA
Kate Laswell

Exército dos Estados Unidos
Shepherd

Shadow Company
Phillip Graves · Dipaolo · Erikson · Vance · Shadow-1 Operador de TV

Quds Force
Hassan Zyani · Ghorbrani

Cartel Las Almas
Valeria Garza · Diego Salgado · Coiote

Exército Mexicano
Nunez

Urzikstan Liberation Force
Farah Karim · Nikolai

Ultranationalistas
Makarov

E temos 17 missões na Campanha, com duração total média entre 5 a 6 horas de jogo:

Strike · Kill or Capture · Wetwork · Tradecraft · Borderline · Cartel Protection · Close Air · Hardpoint · Recon by Fire · Violence and Timing · El Sin Nombre · Dark Water · Alone · Prison Break · Hindsight · Ghost Team · Countdown

Novas dimensões para nossos velhos heróis!

A campanha do novo MW2 se destaca pela maior atenção aos seus personagens, com diálogos mais naturais e até arvore de diálogos para o jogador poder escolher, dando mais naturalidade e tridimensionalidade a nossos heróis, favorecendo claramente o Price e o Ghost, que já eram queridos pelos fãs, e podemos perceber uma maior broderagem entre eles e os demais soldados, algo que gostei muito. Realmente dá vontade de querer se juntar com esses caras e sair pelo mundo chutando bundas de vilões! A dublagem está em bom nível porém recomendo fortemente o aúdio original, os dubladores americanos da dupla de heróis são mais interessantes.

Falando em personagens interessantes, temos aqui uma baixa e uma adição muito boa. Senti falta de uma maior presença da Farah, mas o novato Alejandro carrega nas costas boa parte das cenas mais emocionais, e seu comprometimento com sua terra natal e seu dever fazem dele um dos melhores soldados do time. É impressionante como a franquia consegue criar vários heróis interessantes, algo que os jogos concorrentes nem passam perto de realizar.

Basicamente a história do jogo ao longo das 17 missões envolve localizar perigosos mísseis perdidos e anular a ameaça que os terroristas querem fazer com esse armamento letal, com direito a momentos que carregam consigo uma nostalgia do jogo de 2009, e acrescenta outros que conseguem um certo equilíbrio em sua proposta narrativa.

Tem missões de steath, longas sequências de ação, em espaços mais abertos ou fechados, em veículos e dentro d’água, algumas com mais liberdade de ação do que de costume na franquia, até mesmo com múltiplos caminhos e maior liberdade na escolha de armamentos. Sem dúvida isso é um dos maiores acertos do jogo. No geral eu esperava encontrar um pouco mais de ritmo e emoção, mas nada que impacte muito negativamente o jogo, é bom ver o CoD mexendo em sua estrutura de tempos em tempos.

A dificuldade geral do jogo é bem equilibrada, embora alguns inimigos novos tenham uma camada a mais de armadura e exigem um combate diferenciado. Mas achei eles meio apelativos demais, tomando muito tempo de combate, como meras esponjas de balas apenas, fugindo um pouco da velha sensação de poder eliminar um oponente de maneira rápida e portanto gerando um combate mais dinâmico. A IA dos inimigos está bem exigente e bem melhor do que no jogo anterior, dificultando a vida do jogador até mesmo nas seções de stealth. Acredito que alguns fãs mais antigos vão acabar tendo sensações de certo estranhamento com esses momentos de troca de tiros mais demorada ou falhas na tentativa de seguir adiante sem chamar a atenção dos inimigos.

A nova geração finalmente dando as caras!

Mesmo jogando no Series S, o jogo é um espetáculo em termos técnicos. Tem até vários vídeos comparando as cenas reais de Amsterdã com as cenas da mesma localidade vistas no jogo e, caramba, impressiona demais e é um daqueles jogos que finalmente mostram que a nova geração começa a ficar mais atraente. O nível de atenção a detalhes, com a direção de arte bem conduzida, é certamente um dos melhores da atualidade. E não só no visual, pois cada som de tiro deixa qualquer apaixonado por jogos FPS com um largo sorriso no rosto, em especial os sons das armas de longo alcance.

E uma coisa que os fãs brasileiros vão ficar um tanto quanto decepcionados é com a ausência do cenário no Brasil no jogo, que foi digamos, substituído pelos cenários mexicanos graças ao novo roteiro. Porém acho injusto deixar isso como um impacto negativo para o game, já que a proposta do novos Modern Warfare não é serem remakes, e sim novos jogos com novas narrativas com toques dos antigos jogos, o que é exatamente o que podemos apreciar no novo MW2.

Veteranos e novatos, aqui é seu lugar!

Então, caso seja muito fã do MW2 de 2009, recomendo jogar a versão Remastered do mesmo, e ao jogar o novo MW2 tenha em mente que a proposta dele não ser um remake, e sim uma reimaginação daquele jogo. E ainda assim é possível gostar de ambos. E para os novatos, não fiquem receosos, podem embarcar nessa aventura sem pensarem duas vezes que vão curtir também. Depois de um leve tropeço nos dois últimos CoD, a franquia está de volta em grande nível, e estou aqui ansioso para pode jogar o multiplayer e claro, espero que vocês caiam no meu time, senão…