Análise | Horizon Forbidden West Complete Edition (PC)

Disponível para PlayStation 5 & PC

Após um grande período de espera, finalmente Horizon Forbidden West Complete Edition está disponível para PC, a segunda aventura de Aloy pelas mãos da PlayStation e a Guerrilla Games com auxílio da Nixxes, estúdio da Sony responsável por apoiar no port de diversos games.

Forbidden West foi lançado originalmente em 18 de fevereiro de 2022 para PlayStation 4 e PlayStation 5 e teve sua edição completa, que traz a expansão Burning Shoes, lançada no PS5 em 6 de outubro de 2023. Esta mesma versão completa, chega agora ao PC, com seu lançamento acontecendo no último dia 21 de março.

Recebemos uma cópia digital do jogo da PlayStation e vamos analisar, principalmente, como está a performance do aguardado título no PC. O primeiro jogo da franquia, Horizon Zero Dawn, chegou ao PC em 7 de agosto de 2020 e marcou uma nova era para os jogos desenvolvidos pela própria Sony que ao longo dos anos passaram a chegar também aos computadores, algo que se tratando de grandes empresas dos consoles, até então só acontecia com os games da Microsoft.

Sempre lembrando que, assim como aconteceu no PlayStation 5, Horizon Forbidden West Complete Edition chega ao PC com uma completa localização em nossa língua, inclusive com uma bela dublagem em português, além de todo o suporte a legendas e menus traduzidos em nosso idioma. Um elemento muito importante em termos de acessibilidade, pois permite que a história e o mundo do jogo seja apreciado em sua plenitude por qualquer jogador, sem que o mesmo encontre qualquer barreira linguística.

A jornada dá continuidade

Nesta sequência, Aloy se aventura pelo oeste proibido para resolver assuntos que se relacionam diretamente com o que ocorreu no primeiro game da franquia, com a resolução da história em Zero Dawn, sendo um dos principais assuntos logo no início do jogo. Detalhes, conversas e comentários do desfecho do primeiro jogo aparecem por toda a aventura e são essenciais para que a história seja compreendida com maior clareza, principalmente para quem pulou a primeira jornada de Aloy.

Forbidden West é uma ótima execução em se tratando de ação, onde o combate com as máquinas é algo corriqueiro durante a aventura, permitindo ao jogador escolher por encontros diretos com oponentes ou escolhas por estratégias furtivas. O game também entrega uma excelente fatia de exploração onde há muitos quebra-cabeças a serem solucionados, principalmente quando a trama explora por regiões dos povos antigos, e, curiosamente, é onde os mistérios muitas vezes são resolvidos.

Conforme Aloy vai subindo de níveis, o jogador terá pontos de habilidades que podem ser divididos em seis diferentes segmentos: Guerreira, Emboscada, Caçadora, Sobrevivente, Sabotadora e Maquinista. Onde cada uma destas opções vai ampliar as habilidades da personagem e torná-la capaz de utilizar novas habilidades dentro de cada segmento.

Eu acredito que este seja um ótimo modo de dividir as habilidades em Forbidden West, pois, por exemplo, um jogador que prefira ampliar o número de habilidades em combates poderá escolher aumentar habilidades de Guerreira, enquanto alguém com ênfase maior em caça pode colocar os pontos de habilidade em Caçadora. E a escolha fica totalmente ao gosto do jogador, que também pode escolher por dividir os pontos em diferentes habilidades.

Os combates são totalmente dinâmicos e podem ter diferentes formas de derrotar o mesmo adversário. É muito comum que as máquinas tenham fraquezas a um ou mais tipos de materiais utilizados nas armas, como o fogo e o gelo, e o uso de munições que aproveitem das vantagens sobre os oponentes é essencial para facilitar a vida durante as batalhas.

É fácil notar que esta continuação da franquia Horizon não tentou reinventar o que tivemos no primeiro jogo, dando segmento aos gráficos e jogabilidade de Horizon Zero Dawn, porém, é nítido que há um capricho da desenvolvedora para a melhora geral nos gráficos e também na fluidez de movimentos e ações com os equipamentos, o que vejo um acerto em cheio da Guerrilla em aprimorar aquilo que já havia funcionado muito bem.

Performance no PC

A versão de PC de Forbidden West apresenta muitas novidades técnicas que não estão presentes na versão de PS5, incluindo a possibilidade de jogar em resoluções Ultrawide 21:9 e Super Ultrawide 32:9, ou utilizar até mesmo três monitores para a exibição. Claro que para conseguir um melhor desempenho nestas resoluções com maiores proporções também são necessários equipamentos de alto desempenho, mas que dão uma maior imersão na jogabilidade, considerando que a ambientação do jogo é muito rica em detalhes e o visual dá um show a parte.

Outro ponto muito importante na versão de PC é a implementação de tecnologias de upscaling como o NVIDIA DLSS 3.0, AMD FSR e Intel XeSS, que permitem o uso de machine learning para aumentar o número de quadros exibidos no jogo e apresentar uma maior fluidez durante a jogatina. No meu caso, utilizei o NVIDIA DLSS 2 no modo qualidade para obter um ganho de performance e conseguir jogar tranquilamente a cima de 60 FPS.

Os jogadores que tiverem um DualSense podem aproveitar os recursos exclusivos do PS5 também na versão de PC, trazendo uma maior imersão com funcionalidades como seus gatilhos adaptáveis e seu feedback háptico.

Minha experiência no jogo foi utilizando um PC com um processador Intel Core i5-12600K, uma placa de vídeo NVIDIA GeForce Gigabyte OC RTX 4080 10 GB, 32 GB de memória DDR4 e um SSD WD_BLACK SN850X de 2 TB. Como já relatei, utilizei o DLSS 2 no modo qualidade para obter 60 FPS e tive experiência em três resoluções diferentes, QHD (2560x1440p), WQHD (3440x1440p) e UHD/4K (3840x2160p).

Em 4K consegui obter uma boa taxa de quadros, rodando a cerca de 60 FPS na maior parte do tempo, com pequenas quedas nesta taxa em momentos em que há muita ação na tela. Rodando em Ultrawide, a taxa de FPS ficou mais tranquila, chegando a ficar na média de 80 FPS, com quedas que chegavam a 65 quadros. No QHD foi onde a experiência trouxe maior fluidez, com uma taxa em média de 120 FPS com algumas quedas em momentos mais conturbados das batalhas.

Considerações finais

Horizon Forbidden West não traz mudanças trágicas e nem tenta reinventar a roda, utiliza da fórmula de sucesso de Horizon Zero Dawn e adiciona pequenos elementos que orna muito bem com tudo já apresentado no primeiro jogo.

Como uma sequência faz o que se espera desse tipo de produção, expandindo o universo da franquia com novos conceitos, novos lugares e novos personagens. Dá ao jogador uma grande mobilidade para explorar estes novos ambientes, seja por terra, ar ou água, enquanto os confrontos contra enormes feras mecânicas continuam entregando ápice da jogabilidade, com novos inimigos, tão engenhosos como sempre, assim como permite ao jogador novas habilidades deste embate, seja com o arco e flecha repleto de efeitos e elementos, quanto lançar e artilharia explosiva, num sistema de habilidades que lhe dá a flexibilidade de criar uma personagem como melhor for ao se modo de jogo, do agressivo ao furtivo.

Como uma obra lançada em 2022, ainda há elementos que atualmente estão sendo melhor repensados em certos jogos de mundo aberto, como mapas repletos de ícones, ainda que Forbidden West ofereça uma quantidade bem diversificada de atividades, quase sempre interessantes, ou a questão de onde e como escalar em certos ambientes, que ainda que você tenha uma habilidade de ver onde se agarrar, já temos jogos em que você vai agarrar onde quer que seja, sem limitações invisíveis, que vão impedir algo que visualmente você acha que deveria ser possível. Pequenas coisas assim acabam fazendo lembrar que o jogo tem um pé em trejeitos hoje já melhores elaborados em jogos aclamados.

E a Guerrilla Games parece entender um pouco isso quando olhamos a expansão de 2023, Burning Shoes, presente nesta edição completa. Apesar de ser bem menor do que o jogo principal, há novos inimigos, novos locais e pontos de narrativa que dão indícios do que pode vir a ser explorado em um terceiro jogo da franquia, mas é nos pequenos detalhes que a expansão brilha, como nas novas finalizações e mobilidade com o gancho, dando ainda mais agilidade a Aloy e que combina com o escopo de outros bons jogos de mundo aberto da atualidade. É uma expansão que dá pequenos sinais de que o universo de Horizon pode (e deve) evoluir ainda mais em futuras aventuras.

Os gráficos aqui oferecem uma qualidade visual indiscutível em um grande mundo aberto repleto de variações climáticas e de ricas vegetações. Mais uma vez, Aloy se prova ser o centro dos acontecimentos em uma mistura homogênea entre combates e exploração, com grandes batalhas a serem travadas para conseguir atingir o objetivo principal da trama.

No geral, o desempenho apresentado por Horizon Forbidden West Complete Edition no PC é ótimo, trazendo opções de upscale, variedade de resoluções e também agregando recursos exclusivos do PS5 com o uso do controle DualSense no PC. Este é um jogo para ser jogado na melhor qualidade possível para curtir cada detalhe da aventura.

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Dando nota

Gráficos impecáveis e animações de batalhas muito fluídas - 10
A excelência sonora do game que acompanha o total silêncio aos confrontos mais árduos - 9.5
Muitas opções de jogabilidade permitem ao jogador escolha a melhor forma de lutar - 9.5
Um mundo aberto rico de vida em um cenário pós-apocalíptico incansável de explorar - 10
Ótimo desempenho no PC oferecendo estabilidade e raros problemas gráficos - 9.5

9.7

Incrível

Horizon Forbidden West Complete Edition chega ao PC entregando a experiência suprema que uma sequência de tamanha grandiosidade pode entregar em tal plataforma, com resoluções que expandem o visual, estáveis taxas de quadros e abre ainda mais o leque de jogadores que podem ter a chance de tocar nesse universo rico e interessante criado pela Guerrilla Games. Performance vem compatível com a qualidade da sequência, sem entregar qualquer problema significativo. Apesar da espera, vem completinho, e é um atrativo interessantíssimo para quem ainda não o experimentou no PlayStation 5.

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