Lu Alone: de 0 a 100, da escola para a TV, em alguns passos! [+ Reflexão sobre Música]
Sabe quem é? Não? Se não sabe ainda, logo logo vai saber…
Mais uma presença teen, para salvar o bolso da indústria da música.
É por isso que eu sempre disse e continuarei dizendo que o mercado teen é mesmo a mina de ouro da atualidade (junto com o mercado religioso, já que os livros e Cds de padres e pastores estão no Top 10 de vendas do Brasil há meses e meses…). Não basta a moda, comportamento, as inovaçoes tecnológicas que o tempo todo chegam “obrigando” a pessoa a se atualizar, tem também a música que se ouve, os programas que assiste, etc. O adolescente é a máquina de consumo em transição, aberto a todas as possiblidades e de melhor aceitação de coisas novas, ou seja: mais fácil de moldar (não sou eu quem diz essa parte!).
E aí, quando se acha um “filão de ouro” naquela mina que já estava desgastada, a exploração acontece – e a massificação também.
Nenhum artista brilha sozinho. A internet tem milhões de bandas, mas, só as bandas que têm gravadoras e assessorias por trás, é que conseguem se destacar: é fato. Não quer dizer que é uma conspiração ou coisa parecida, é a realidade de mercado mesmo.
E assim, a mais nova sensação teen brasileira, bem ao estilo Mileys Crus e Demi Lovato e, sim, cantando também em inglês, foi posta no ar. E em grande estilo.
Lu Alone, mineira, de 17 anos, como quem tem o poder de se teletransportar, saiu do anonimato e dos shows na escola para abrir shows de todas as estrelas teen dos EUA, para apresentar um programa no Multishow, ter vídeo clipes produzidos profissionalmente (embora sejam péssimos, por enquanto), milhares de visitas on-line e tudo o que uma estrela em ascensão da atualidade tem direito.
Bastou ser descoberta pelo selo SLAP (Som Livre Apresenta) para poder vencer na vida e ganhar isso tudo. Com direito também a comerciais incessantes, tentando demonstrar a “paixão” da cantora pela música, depoimento dos pais, enfim, toda aquela aproximação que se propõe pela imprensa, que vemos sempre, no momento da promoção do artista.
Assim, o que eu quero dizer é o seguinte: Lu Alone demonstra o mesmo talento de uma centena de milhares de outras adolescentes. Mas, ela fez diferente: sem querer querendo, ela foi profissional desde o início, procurou, on-line mesmo, as pessoas certas, produtores nacionais e internacionais, os contatos corretos também entre os artistas, enfim, ela soube que tinha mostrar o trabalho para quem pode influenciar o grande público, para sair do “bolo” dos milhares de perfis no myspace, facebook, palcomp3…
Unindo isso tudo a capacidade de falar inglês, aos olhos claros, a pouca idade e a uma simpatia ideal… Bom, é mais uma “pepita” no meio do tal “filão adolescente” dessa década. Como um foguete, Lu Alone, agora, faz parte de milhares de vidas de meninas e meninos, com a faixa etária de 8 a 14 anos, que pegam 4 horas de fila para um show de IsaTKM, com as faixas suadas na cabeça, gritando todas as músicas e com lágrimas nos olhos, tão pura quanto aquelas que foram derramadas à época de Menudo, New Kids on The Block, em seguida dos Backstreet Boys, N’ Sync etc. Mas, o outro da mina “Boys Band” já acabou. E agora está em outro lugar. Como se diria em “O Rei Leão”: “o ciclo sem fim”…