Pato Fu – Música de Brinquedo: cd gravado só com instrumentos de brinquedo soa "fofo" e inovador!

pato fu musica de brinquedo

Música de Brinquedo, para gente grande e para criançada! Uma banda com traços nerds e até otakus resolve lançar um álbum gravado com instrumentos de brinquedo (plástico etc.) e com presença marcante de vozes infantis…

A verdade é que eu estou meio saturado dos lançamentos convencionais, que sempre seguem acompanhados de clipes, com a mesma fotografia e tratamento nas imagens, depois, a série de entrevistas para “divulgar o álbum” e os shows… E as modinhas habituais… Não sei se estou ficando velho, mas, cansei de tentar entender as coisas coloridas ou em tons de cinza das bandas top nacionais…

A vida é assim, tem seus paradigmas e padrões que nós mesmos criamos ao longo dos anos.

Por isso que a última vez que falei de música aqui foi referente ao Nick Jonas, (Jonas Brothers) e John Mayer: pela surpresa positiva do primeiro, que misturou a banda do Prince, tentando fazer um som mais “trablhado” e pela pretensão sem sucesso do outro.

E agora trago essa disco esquisito, gravado com instrumentos de brinquedo, tecladinho de mentira, instrumentos de plástico, madeira e até de pelúcia, e com vozes de criança, fazendo o backing vocal! Em tempos em que todo mundo quer ser agradável e politicamente, a banda assumiu uma “fofura” natural, digamos assim…

A própria produção tem méritos para divulgação e aguça a curiosidade que nos alcança: “em que diabos deu isso?”.

Bom, Música de Brinquedo, do Pato Fu, é um cd infantil, com músicas de adulto, nacionais e internacionais e, talvez por ter sido produzido apenas com instrumentos de brinquedo (ou com outros instrumentos que estamos acostumados a ver em obras infantis), ele tem ainda um ar “leve”…

A grande sacada, no entanto, foram as vozes das crianças, filhos do casal John Ulhoa e Fernanda Takai! Todas as vezes que eles entram na história, um sorriso aparece na minha cara! Em ‘Live an Let Die” eles tentam ser malvados! Em “My Girl” soa como um comercial publicitário daqueles de bebês, sabe?

Em Ovelha Negra, cada “Baby baby” desafinado pode ser comemorado! E a canção “Twiggy Twiggy”, em japonês e com “depoimentos” das super crianças sobre as comidas preferias é, no mínimo, inusitado…

Se eu tivesse filhos, com certeza adotaria essas versões dessas músicas, que podem ainda fazer a trilha sonora de um churrasco despretensioso de domingo, ou reunião de amigos mais nostalgicos, por que não?

O que importa é que para quem é curioso sobre música e quer sair um pouco da chateação da rotina dos lançamentos musicais, este álbum está no volume certo, para divertir, alegrar e até mesmo renovar espíritos alheios…

A melhor definição para esse álbum é: “que legal!” ou “que doideira!” ou “o que deu nesse povo?!”!… Melhor do que sair por aí “apostando beijos” ou “lamentando amores” em rimas no infinitivo (digo isso com o intuito esmo de alfinetar certas coisas e a forma acomodada que uma parte dessa geração está – e não na intenção de comparar esse trabalho com qualquer outro).

O site oficial também está muito legal, interativo e realmente funcional, com tudo o que uma banda “semi-independente” (!) precisa.

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