John Carter – Eu fui!

Lute por uma princesa. Por um mundo. Por uma segunda chance.

John Carter Entre Dois Mundos. Um título sugestivo, e em mais de uma maneira. Fui assistir o filme nessa última segunda-feira e demorei um pouco para fazer esse post, em virtude de muitas coisas que eu precisava ponderar. É um filme que a primeira vista parece até ser mais do mesmo, que não apresenta nada de novo. Só que a sua origem é exatamente a gênese de tudo o que vimos até hoje. John Carter não é algo novo, literalmente falando. O personagem surgiu para o público em 1912! Portanto, é um personagem centenário, criado por Edgar Rice Burroughs, mais conhecido atualmente por sua obra mais famosa, Tarzan. O herói selvagem já foi adaptado em 89 filmes, e só agora seu “irmão de criação” ganha as telas de cinema.

Mas não é primeira vez que John Carter apareceu em um filme. Em 2009, o “famoso” estúdio The Asylum lançou direto em DVD o filme Princess of Mars, que ainda não pude assistir, já que tudo indica que não foi lançado no Brasil. Deve valer como curiosidade. Aliás, se você tem curiosidade em ver o filme de John Carter nos cinemas, pare a leitura por aqui pois daqui em diante vou falar sobre ele mais a fundo.

Então, voltando ao filme John Carter: Entre Dois Mundos, eu realmente gostei dele, e ao lado de Drive e Poder Sem Limites, é um dos filmes que mais curti esse ano. Fui ver em 2D mesmo, e cheio de expectativas. Antes que as luzes do cinema se apagassem, eu ficava me perguntando sobre o tamanho do desafio de se trabalhar com um herói pulp 100 anos depois de sua estréia. E há 100 anos atrás, o mundo era bem diferente daquele no qual vivemos hoje. E fiquei brincando com isso, ao me tocar que o subtítulo do filme é “Entre Dois Mundos”. De repente, para John Carter, o nosso mundo atual deve parecer bastante alienígena caso ele o visse…

Confesso que não li a história original escrita por Burroughs, mas sabia meio que por cima do que se tratava. Isso colaborou para dar aquela empolgada geral. Mas pretendo ler os livros agora, tanto a novelização do filme que a Disney lançou agora quanto a obra original, que por sinal já se encontra em domínio público. No mínimo, eu esperava que o filme fosse bom, por ter a direção de Andrew Stanton ( do estupendo Wall-E), música de Michael Giacchino. A única coisa que me incomodava era ver o “casal protagonista”. John Carter foi interpretado por Taylor Kitsch e a princesa Dejah pela belíssima Lynn Collins, e no filme X-Men Origens: Wolverine os dois eram, respectivamente, Gambit e Raposa Prateada. Meio estranho ver o Gambit dando uns pegas na mulher do Wolverine! Pra piorar, Mark Strong fez o papel de vilão novamente, como aconteceu quando fez o Sinestro em Lanterna Verde e Frank D’Amico em Kick-Ass.

Agora, vamos relembrar a sinopse de John Carter:

O filme é uma aventura de ação envolvente ambientada no misterioso e exótico planeta de Barsoom. O filme conta a história de John Carter, que é inexplicavelmente transportado para Marte onde se vê envolvido em um conflito de proporções épicas entre os habitantes do planeta, incluindo Tars Tarkas e a atraente Princesa Dejah Thoris. Em um mundo à beira do colapso, Carter descobre que a sobrevivência de Barsoom e de seu povo está em suas mãos.

É bem por aí. Um cara que vai para um local distante, onde há uma guerra entre dois povos, conhece e se apaixona pela princesa do “povo bonzinho”, e acaba sendo o herói da história. Parece cliché né? Já vimos isso inúmeras vezes, mais recentemente em Avatar. Só que tem alguns pontos interessante sobre essa questão. Foi John Carter que criou esse clichê, 100 anos atrás. “A Grande História” que vem sendo contada há várias gerações pertence a John Carter.

Então sim, o filme da Disney é repleto desses clichês, mas por saber que isso é algo dele, vi isso como algo bom e extremamente necessário. Se John Carter não seguisse isso, não seria John Carter! Então isso é algo que se deve ter em mente quando se asssiste o filme. Outra coisa importante é saber que os conceitos fundamentais são conceitos de 100 anos atrás. Ainda assim, John Carter não só resgata elementos clássicos dentro de sua própria obra, mas adiciona coisas que fazem parte do cinema blockbuster atual. Temos uma narrativa mais encorpada que no original, uma edição que proporciona um ritmo ágil, e uma interação entre os personagens que é bem condizente com a nossa realidade. Novamente, temos elementos de dois mundos aqui!

O visual do filme é bem legal. As naves e cidades fogem um pouco do padrão, as criaturas não tem aparência muito extravagente e tudo tem aquele toque Pixar de ser. Visualmente gostei muito, e a princesa é a cereja do bolo. Já a música tem seus momentos que ajudaram a me empolgar, complementando bem as cenas, mas eu esperava um pouquinho a mais do mestre Giacchino. A minha cena preferida é quando Carter enfrenta sozinho um exército de Tharks. É algo maravilhoso de ver, o ritmo, as lembranças intercaladas, a vontade do herói… é um momento muito empolgante mesmo. E que bacana ver o criador como personagem. Edgar R. Burroughs aqui torna-se o sobrinho de Carter, e é peça fundamental para que Carter consiga seu final feliz. Uma homenagem justíssima e digna de aplauso.

John Carter: Entre Dois Mundos é uma bela produção, principalmente quando você a entende melhor. Não só a recomendo, insisto que é uma obrigatoriedade ver esse filme. John carter foi o primeiro super-herói moderno; sem ele talvez hoje não teríamos o Superman, por exemplo. Vale a pena conhecer tudo aquilo que inspirou tantos personagens fantásticos que hoje nos proporcionam momentos de divertimento.

Então é isso, te espero em Barsoom.

Isso também pode lhe interessar

10 Comentários

  1. Eu amei o filme. A comparação com avatar é inevitável e realmente a produção de James Cameron é mais luxuosa, porém não devemos negar a origem e John Carter foi pioneiro dentre os clichês usados até hoje. Mesmo assim, John Carter tem personalidade e personagens carismáticos. Por exemplo, adorei Willen Dafoe como Tars Tarkas e na verdade nem sabia que ele fazia o papel, depois que vi o filme e gostei, então fui pesquisar. Infelizmente o filme não correspondeu as expectativas da disney (financeiramente falando). Estava planejado para ser uma saga, mas depois do prejuízo de 200 milhões de Obamas acho um pouco difícil que continue. Infelizmente o marketing não foi bom, eu por exemplo nem sabia da existência do filme. Só vi porque ao chegar no cinema achei a sinopse interessante e era o único em 3d no momento (interior gente, sorry :P). Uma pena, talvez tenha sido esse o motivo do fiasco (marketing) ou então as pessoas já ir ver com 7 pedras na mão achando que é uma cópia barata de Avatar, sei lá. Sei que qualquer que foi o motivo do fracasso, o filme não mereceu.

  2. Eu amei o filme. A comparação com avatar é inevitável e realmente a produção de James Cameron é mais luxuosa, porém não devemos negar a origem e John Carter foi pioneiro dentre os clichês usados até hoje. Mesmo assim, o filme tem personalidade e personagens carismáticos. Por exemplo, adorei Willen Dafoe como Tars Tarkas e na verdade nem sabia que ele fazia o papel, depois que vi o filme e gostei, então fui pesquisar. Infelizmente o filme não correspondeu as expectativas da disney (financeiramente falando). Estava planejado para ser uma saga, mas depois do prejuízo de 200 milhões de Obamas acho um pouco provavel que continue. Acho que o marketing não foi bom, eu nem sabia da existência do filme. Só vi porque ao chegar no cinema achei a sinopse interessante e era o único em 3d no momento (interior gente, sorry :P). Uma pena, talvez tenha sido esse o motivo do fiasco (marketing) ou então as pessoas já irem ver com 7 pedras na mão achando que é uma cópia barata de Avatar, sei lá. Sei qualquer que tenha sido o motivo do fracasso, o filme não mereceu.

  3. Não curti muito o filme, o já mencionado excesso de clichês me irritou um pouco… mas não é um filme horrivel ou ruim, apenas não colou em mim, vale a pena o ingresso e cada um tirar suas próprias conclusões… Acho que é um filme, ame ou odeie…

  4. nao sei pq essa de ficar fazendo materia de filmes q o cara vai e foi. e começa a contar tudo .e tambem é como se fosse algo pra contar a todos. AH EU FUI!!tenho observado isso faz tempo naosó no site portallos mas tambem em outro. oq eu concordo é se a pessoa foi ve ela ate pode dá uma boa dica rapida se vale ou noa o filme. agora ficar pulando de alegria e gritar pro mundo todo q FOI ve o filme e agora vou contar tudinho pro povo. eu lia há 10 anos atras o seguinte…: contar a historia de um filme..serie..quadrinho…desenho(no caso anime) é oportunismo.vc fazer um teaser é bom.agora ficar falando e fazendo disso uma materia sobre o filme q vc foi ve é total falta de assunto.nao sei pq a pessoa tem a necesidade de ve um filme..sair do cinema e ir correndo depois contar ele no site dele pra todo mundo.nao meu tempo tinha dessas frescuras nao. saiamos do cinema(que era uma atraçao..uma programaçao q vc fazia com sua familia ou vc mesmo) onde ainda o cinema era tipo o teatro. era um estabelecimento.nao se sonhava em colocar cinemas em shopping onde hoje ir ao cinema é ir ao shopping e acaba q ir ao cinema é uma consequencia ja q vc ta indo pro shopping e por isso vai aproveitar e ir lá.contar o filme no meu tempo era pros amigos…incentiva-los a ir ve o filme.onde nao s etinha net pra baixar filminhos e as locadoras de VHS estavam ainda proliferando nos anos 80 es estabilizando nos anos 90.ficar indo pra cinema home e ter a cara dura de depois fazer uma materia de um filmeq a pesoa foi ve é total senso de nada. po camarada q vai sempre ao cinema e volta pra contar…faça assim….conte apenas uma previa,conte só o q dá aquele gostinho pra q o publico possa ter interesse pela pouca coisa q vc possa dizer. nao fazer da sua ida ao cinema uma materia do seu blog falando de tudo e todos q viu no cinema. e cinema hoje é aquela chatice politicamente correta.todos quietinhos…caladinhos…acontece uma cena otima e ninguem comenta..e quanod fazem é de maneira timida. cinema era traçao..onde parecia q vc tava entrando em um show..onde todos interagiam com o filme.bom…era do tempo politicamente incorreto e nao do tempo politicamente hipocrita(correto)

    1. esse espaço do EU FUI, é para se discutir o filme, vir ler essa categoria, voce encontrará spoilers, revelações,sempre foi assim, e sempre será, é um modo de divulgar o filme pra aqueles que não ligam em levar spoilers, e um modo de discutir o filme com os outros que assistiram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Dê uma ajuda ao site simplesmente desabilitando seu Adblock para nosso endereço.