Crítica | O Vingador do Futuro – Eu Fui!

Is it Real? Is it Rekall?

Um filme em tantos blockbusters de grande porte. Porque, para mim, teoricamente O Vingador do Futuro (Ou como gosto mais de chamar, Total Recall) tem todos os aspectos de um grande Blockbuster tipicamente do verão americano: Tiroteios, Explosões, cenários bem feitos, e tudo mais.

Porém, num ano em que temos Avengers, Batman TDKR, Hobbit e tantos outros, Total Recall passa despercebido, quase como um coadjuvante nas salas de cinema.

Eu não vi a versão do Schwaza, já deixo bem claro ao inciar esse texto. Fui cru para os cinemas (como geralmente vou), ou seja também não sabia tanto o que esperar fora um sci-fi remake.

A história do filme é de cara bem interessante. Só duas nações restam e estas são ligadas por um tubo chamado The Fall. As nações desenvolvem uma relação de país dominante e país fornecedor de mão de obra. A nação da Bretanha e a Colônia. Nosso protagonista é um trabalhador em uma montadora de soldados sintéticos (aka robôs) e sofre de sonhos iguais toda a noite, quie tratam de uma fuga má sucedida. Ele está com uma mulher que não é a sua esposa, sendo atirado por agentes do governo da Bretanha.

Uma série de acontecimentos, e a mesmice da vida numa linha de montagem o fazem procurar a indústria das falsas memórias, dos sonhos. Rekall é uma empresa que fornece aos seus clientes sonhos. Quer ser rico? Quer ser adorado por milhões? Quer ser espião? É só sentar-se na cadeira e curtir a ilusão cerebral.

Só existe uma restrição: não se deve projetar coisas que já existam na realidade para não fazer o cérebro confundir a ilusão e o real, fatalizando a saúde mental do indivíduo.

Nosso protagonista escolhe uma vida de agente secreto, algo que poderia ser correlacionado ‘com a fuga de seu sonho recorrente. Acontece que ao se conectar, a máquina acusa conflitância entre o real e a ilusão que viria a ser projetada. Ao mesmo tempo agentes federais entram quebrando tudo e o filme tem-se início.

Eu particularmente gostei muito de toda ambientação. Cenários muito bem feitos, roupas convincentes, nada muito extravagante, bem no estilo sci-fi que eu já não via faz um tempo no cinema. Aliás esse é um dos pontos altos do filme, explorara algo que era muito mais feito nos anos 80/90 do que recentemente, esses futuros improváveis, puxando pro lado do bom e velho sci-fi. Não acompanho muito o gênero mas não creio que muitas coisas venham sendo feitas.

A atmosfera impressa no filme é bem interessante também, a constante fuga  e tensão fazem do filme uma ação non-stop quase do início ao fim. Não há quase tempo pra respirar entre tantas explosões, tiros, negociações, e conspirações. Isso também faz o filme, em minha opinião, perder um pouco no lado história, apesar de ser bem rica, em seu conceito original.

As atuações são passáveis, os efeitos bem executados e a trilha sonora está lá quando é requisitada. Total Recall me fisgou para seu universo, até mais pelas constantes cenas de ação, mas não chegou a me empolgar ao ponto de realmente entrar e respirar aquele mundo.

Existem cenas muito boas, e de maneira geral elas são ligadas a dúvida entre o real e o imaginário, se o protagonista Hauser/Doug está dentro do Rekall ou não. Gostaria que este ponto tivesse sido mais explorado, mas tudo acabou direcionanado para mais acção, mais tensão, mais explosão.

Não é um filme ruim, é bem feito e entretê pelo tempo que fica na tela. Eu recomendaria assistir, principalmente pela falta dessas coisas dos velhos sci-fis, coisas que lembram Blade Runner, e que existiam em grande abundância no cinema e parecem ter sumido.

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