Grandes Histórias de Halloween #2 e o papel que faz diferença!
Passando aqui para mostrar o Grandes Histórias de Halloween #2 (edição 2015) que já está nas bancas de todo o país. A edição tem um formato diferenciado, papel especial e 100 páginas com Pato Donald e sua família.
O que vale apontar aqui é a qualidade da impressão da revista. Ah se todas as revistas publicadas fossem nessa qualidade de papel. Eu até tirei algumas fotos com a revista em formatinho do Tio Patinhas mensal próxima a edição deste especial e fica claramente visível a gritante diferença na qualidade. Papel branquinho, impressão que ressalta as cores, nada de páginas transparentes… é um outro nível de qualidade e é por isso que essa edição é tão incrível.
E o bacana é que a editora seleciona HQs originárias dos estúdios da Dinamarca, que tem um forte apelo ao sistema de 4 quadros verticais por páginas e um estilo de traço e cores que segue a escola mais tradicional dos quadrinhos Disney, aqueles na qual muitos hoje em dia o reconhecem como a Escola Carl Barks. É de lá também que saem os quadrinhos que muitos apontam como feitos pelos principais herdeiros de Carl Barks. E como estes quadrinhos ficam bonitos neste formatão!
Fico até triste quando penso que Grandes Histórias não saem com a frequência que poderia sair. Há o de Halloween, que está em seu segundo ano, ou seja, só sai uma vez por ano, e o de Férias, que é lançado duas vezes por ano, em julho e nas férias escolares de dezembro e janeiro. Como eu gostaria de mais edições nesse formato.
Pra mim Grandes Histórias poderia ser algo bimestral. Trazendo outros temas. Grandes Histórias de Mistério, Grandes Histórias de Caça ao Tesouro, Grandes Histórias de Natal, Grandes Histórias de Futebol etc. Ou… quer saber? Poderia simplesmente se tornar Grandes Histórias Disney e trazer um mix de quadrinhos mais diversificados, sem se prender a um tema. E poderia manter a linha Férias & Halloween sem problema nenhum, claro.
E não acho caro a revista. São 100 páginas, numa qualidade acima do padrão brasileiro, custando R$ 16,90. Os mangás hoje em dia, em formatinho e papel ruim com 200 páginas estão na faixa de 12 a 14 reais. Homem-Aranha da Panini, em papel jornal (ruinzão), com 70 páginas em formato americano custa 7 reais, e a Panini fez uma versão em papel lwc em setembro (que eu não pude ver e a editora não respondeu as minhas tentativas de contato para conversar sobre a iniciativa) com o mesmo formato e número de páginas e vendeu por R$ 8,20. Grandes Histórias tem um formato físico diferenciado (22,6 x 27,6 cm contra 17 x 26 cm do formato americano). Certamente se fosse mensal talvez pesasse no bolso do leitor, mas será que trimestral ou bimestral seria tão ruim assim?
Para terminar, tenho uma última ressalva! Mesmo adorando a revista, acho uma pena que ela só publique HQs do Pato Donald. Eu gostaria muito de ver histórias do Mickey nesse formato, feito pelos estúdios da Dinamarca mesmo – já que os da Itália comem páginas demais – até porque há artistas que fazem HQs legais do personagem lá. Não são melhores que os herdeiros do Barks, óbvio, mas muitos acertam quando colocam Mickey e Pateta em histórias mais cotidianas (os italianos já são ótimos com grandes aventuras épicas).
E é isso!