Jotun: Valhalla Edition | Impressione os Deuses Nórdicos!

Normalmente descubro indie games quando os mesmos são lançados no Xbox One, plataforma na qual tenho preferência para games, porém Jotun é um título que chegou aos meus olhos e ouvidos bem antes de sua chegada ao XO e PS4 em setembro deste ano. O título chegou a ser recomendado pra mim por meio de um colega e leitor (Jefferson Leite) lá no grupo do site no Facebook. Desde então, após ficar admirado pelas belas imagens gráficas de animação tradicional, criei expectativas para que Jotun chegasse aos consoles da atual geração. E que bom que isso aconteceu!

Lançado inicialmente para a Steam em setembro de 2015, Jotun é um indie game que só pôde ser desenvolvido graças a uma bem sucedida campanha de apoio coletivo no Kickstarter. Olhando a página da campanha hoje a única coisa que fica no imaginário de quem curtiu Jotun são as metas extras não conquistadas na época. Se o estúdio tivesse conseguido tais metas o jogo teria mais fases e mais chefes gigantes épicos. Que pena.

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Não que isso signifique que o título foi lançado pela metade, claro. Era apenas objetivos extras, para tornar o game maior do que ele foi inicialmente planejado. Não afeta necessariamente o resultado final. Apenas me fez imaginar que se a Thunder Lotus Games resolvesse criar mais conteúdo para o jogo, agora que o mesmo se encontra já lançado em diversas plataformas, era bem capaz de topar comprar tais conteúdos em forma de DLCs se os mesmo acrescentassem mais chefes ou fases ao título.

Só que isso infelizmente não deve acontecer, pois o estúdio já anunciou estar trabalhando em um novo game, chamado Sundered que deve ser lançado em 2017, a princípio para Steam & PlayStation 4 (fiquei triste de terem deixando, neste primeiro momento, o Xbox One de fora). Por sinal, Sundered aparenta ser tão incrível quanto Jotun é, seguindo o mesmo estilo de animação tradicional, o que espero que se configure como uma marca do estúdio daqui em diante.

Ficha Técnica

Game: Jotun: Valhalla Edition (site)
Desenvolvedor: Thunder Lotus Games
Publisher: Thunder Lotus Games
Twitter: @ThunderLotus / @JotunGame
Facebook: Thunder Lotus / Jotun

Plataformas & Preço: Steam (R$28), Xbox One (R$ 29), PlayStation 4 (R$ 46)
Características de destaque: Ambientação com base na mitologia nórdica, batalhas contra chefes gigantes, exploração, gráficos em animação tradicional, áudio em islandês, câmera isométrica.
Multiplayer: não possui

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Você consegue impressionar os Deuses Nórdicos?

Jotun é um game de ação e exploração, ao mesmo tempo que também é um jogo que hoje em dia está quase se tornando um gênero próprio: jogo de batalhas contra poderosos, gigantescos e épicos chefes. Se ainda não virou, certamente alguém deveria oficializar logo o gênero Epic Boss Battle, porque depois de Shadow of the Colossus muitos outros estúdios foram influenciados pela ideia de lançarem jogos na qual as batalhas contra memoráveis chefes sejam o principal atrativo do game, independente do mesmo ter fases tradicionais ou não.

Por exemplo, Cuphead é um outro título desse novo tipo de gênero de jogo que me vem em mente – ainda que os jogadores tenham pedido para que os desenvolvedores criassem fases entre os chefes, o que de fato acabou acontecendo (e é uma das causas do game novamente ter sido adiado, desta vez para 2017). E Jotun parece ter exatamente esse espírito. Ele tem fases tradicionais, porém ele brilha mesmo quando coloca o jogador para batalhar contra os enormes Jotuns.

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Assim Jotun conta a história de Thora, uma valente guerreira que sofre uma morte sem glória, sendo impedida assim de entrar em Valhalla. Eis que os Deuses concedem uma segunda chance a Thora, permitindo-a que ela viagem por algumas terras da mitologia nórdica para coletar as chaves que lhe dão acesso a possibilidade de lutar e confrontar os Jotuns. Thora deve impressionar os Deuses e assim honrar a sua entrada para Valhalla!

Como comentando acima, Jotun é um game fortemente baseado na mitologia nórdica, fazendo referências em sua atmosfera, na ambientação, na trilha sonora, nos inimigos e personagens e até mesmo na narração, já que o game é legendado (em português), pois Thora conta a sua história em um idioma característico dessa mitologia, em islandês, o que por sinal dá um charme extraordinário a aventura.

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Ao longo da aventura Thora pode coletar novas habilidades, que lhe são concedidas quando o jogador encontra grandes estátuas de Deuses nórdicos. Dentre estas habilidades estão poderes de cura, de ataque, de velocidade e assim por diante. Poderes que são temporário e limitados, porém que são quase que imprescindíveis em alguns chefes. Há um outro item, uma maça dourada, escondida em todas as fases do game que aumentam a barra de energia de Thora.

Ao todo o jogo possui nove fases de exploração e seis grandes confrontos épicos de chefes. Queria poder dizer quanto tempo de jogo levei para conclui-lo, mas infelizmente este é o primeiro indie game que vejo o Xbox One não registrar o tempo em que passei com o mesmo ligado. Não é um jogo curto, em torno cada estágio se bem vasculhado, pode levar de 30 a 40 minutos cada. Já os confrontos, os primeiros são mais árduos. Sei que houve um (a Jotun da eletricidade) que levei mais de uma hora para conseguir derrotá-la — mancada minha não ter percebido que há uma forma de nocauteá-la de uma forma bem eficiente. Acredito que Jotun possa levar entre 4 a 6 horas para ser finalizado, ainda que eu tenha a impressão de ter levado um pouco mais.

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Vale ou não vale?

Interessante dizer que a sua versão atual, chamada Valhalla Edition, adiciona após sua conclusão um modo que é uma espécie de boss rush, na qual os jogadores podem enfrentar todos os chefes do game de uma só vez, com todas as habilidades e barra de energia 100% expandida. Nesse modo você compete pelo tempo em que consegue vencer todos os grandes chefes do game. É um replay interessante.

No geral Jotun é um game bem agradável, ainda que ele tenha me cansado uma ou duas vezes, o que me levou a parar sua campanha por alguns dias para voltar a jogá-lo posteriormente. Adorei as grandes batalhas obviamente, porém não achei que todos os estágios do game brilham como o resto dos elementos que compõem epicamente o titulo.

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A começar que são estágios quase que puramente de exploração. São poucos aqueles que possuem inimigos para serem confrontados, o que achei meio monótono em algum deles. Todos os estágios possuem armadilhas e perigos que requerem a atenção do jogador, mas senti a falta do confronto, especialmente depois de um dos estágios na qual há dezenas de inimigos que avançam para cima de Thora.

Porém o design dos estágios são louváveis. Não há um que tenha a impressão de ser semelhante a um outro já concluído. Fora que em todos há uma sensação de labirinto. O jogo tem um mapa ao se apertar pause, mas não lhe indica sua posição. O jogador precisa literalmente ler o mapa e a partir de pontos de referências adivinhar para onde ir ou onde sequer está.

Os grandes confrontos contra os chefes então são um espetáculo à parte. Não há um chefe parecido entre si. Todos possuem padrões de ataques e aquele microssegundo de ação que quebram a sua defesa por alguns segundos, e cabe ao jogador descobrir quando este momento deve surgir (nem sempre é óbvio). São batalhas difíceis mesmo, porém não daquelas que frustram o jogador ao ser derrotado algumas vezes até aprender os padrões e criar sua própria estratégia de ataque.

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Um último ponto que merece elogios é a câmera do jogo, que trabalha com ângulos isométricos (visão de cima, porém meio lateral em relação ao ambiente), mas de forma cinematográfica. É estonteante quando Thora chega a uma passagem de cada um dos estágios e a câmera abre de uma forma que Thora se torna uma formiguinha dentro do game. Dimensão esta também reforçada quando a mesma encontra os gigantescos chefes.

É um indie game que certamente vale seus 30 reais cobrados na Steam ou no Xbox One. Talvez no PlayStation 4 seja um pouco demais pagar os quase 50 reais. Entretanto acredito que aqueles que decidirem adquirir o game não devem se arrepender após jogá-lo, independente do valor pago. Não é um título que deixa um gosto amargo na boca após terminá-lo. Pelo contrário, é bem capaz de deixá-lo ansioso pelo próximo título do estúdio, e quem sabe sonhar que um dia Jotun 2 possa acontecer (com multiplayer talvez, o que o tornaria ainda mais épico).

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Tem um bom desafio, gráficos animados que vão lhe deixa de queixo caído em cada um das apresentações dos Jotuns e toda uma atmosfera incrível da mitologia nórdica. É realmente um título fantástico.

Mais imagens

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Atmosfera ambientada na mitologia nórdica
Gráficos em animação tradicional
Épicas batalhas contra chefes gigantescos
Fases de exploração são legais, mas falta ação
Fenomenal trilha sonora, efeitos de som e áudio em inlandês
Modo história é relativamente curto

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