Análise | Triangle Strategy

Disponível para Nintendo Switch

Triangle Strategy coloca em cheque suas habilidades diplomáticas ao lidar com uma frágil política entre três reinos, enquanto estrategicamente lhe oferecerá desafiadores combates táticas com uma gama enorme de personagens com distintas habilidades. Título que chegou no último dia 4 de março, exclusivamente para o Nintendo Switch.

O jogo foi desenvolvido pelo estúdio Artdink, em colaboração com a Square Enix, que trouxe o produtor Tomoya Asano para cuidar da liderança de todo o projeto, lembrando que Asano também foi o produtor de Bravely Default e Octopath Traveler, dois títulos aclamados pela crítica internacional e pelos fãs de bons JRPGs.

Na direção de arte, Triangle Strategy empresta muito da direção de arte apresentada em Octopath Traveler, lançado no Nintendo Switch em 2018, mas hoje em dia também já se encontra disponível para PC, Google Stadia e este ano também chegou aos consoles da família Xbox. A arte gráfica segue um estilo 2D muito semelhante ao utilizado na era do Super Nintendo, porém com alta definição e com efeitos visuais em 3D, que inclusive possibilita rotacionar todo o ambiente para qualquer direção, em 360 graus.

Contudo as semelhanças com Octopath Traveler ficam apenas no estilo gráfico. Importante dizer que Triangle Strategy não é uma sequência deste, sendo uma obra própria, que se passa em um universo completamente diferente. Não é preciso ter jogado Octopath Traveler para jogar este lançamento.

Inclusive os subgêneros entre estes jogos são diferentes, sendo que Octopath tem um gameplay focado em batalhas por turnos por meio de menus, no estilo tradicional de RPG, enquanto Triangle Strategy entrega um gameplay focado no estilo RPG tático, com o jogador andando por um tabuleiro predeterminado, enquanto utiliza-se de estratégias para cercar e atacar pontuais inimigos.

Um (longo) conto de três reinos

A trama de Triangle Strategy ocorre no fictício continente de Norzelia, trinta anos após uma devastadora guerra que marcou profundamente as três nações que ali existem: Glenbrook, Aesfrost e Hyzante. Três reinos que vivem no limiar da paz, sobrevivendo por meio de acordos mútuos, dada a escassez de ferro e sal que existe no continente.

O triângulo no título parece fazer uma referência a essa dinâmica entre estas três nações, no sentido de que o fortalecimento de uma em detrimento das demais pode engatilhar uma nova guerra, a qual as mais fracas podem se unir contra a mais forte, sendo necessária que todas andem sempre muito iguais em vários aspectos de suas economias e força militar. Política e diplomacia seguram o estopim de uma nova guerra.

A aventura tem como protagonista Serenoa Wolffort, filho da casa Wolffort, que tem forte laços de amizade com o filho do rei de Glenbrook, o príncipe Roland. Esse elemento de casas com grandes influências, parece levemente inspirado em obras como Game of Thrones, e o jogador deve esperar por reviravoltas dignas da memorável série da HBO. Logo no começo do jogo se descobre que Serenoa deve se casar com a princesa do reino de Aesfrost, chamada Frederica, afim de acalmar e estreitar tensas relações entre as duas nações. Algo que os jovens aceitam fazer de bom grado, pelo bem de ambos os reinos.

Claro que se houver paz, não há jogo! O que os jogadores ficam na expectativa é em descobrir o que dará errado e quem irá dar o estopim para uma nova e sangrenta guerra. Aesfrost? Glenbrook? a distante Hyzant?

E aqui um alerta, enquanto também serve como uma crítica: a curva inicial do jogo, no sentido das aguardadas batalhas e conflitos é longa, por vezes penosa, a qual o jogo perde um pouco de dinamismo e ritmo. Nas primeiras 4 ou 5 horas de jogos, devem existir apenas umas três batalhas em si, enquanto o jogo trabalha muito cutscenes com a trama, prenunciando o estopim de uma guerra que claramente você sabe que ocorrerá em algum momento. O jogo faz um suspense muito grande nesse sentido, por mais que seja claro que sem confronto não pode haver um jogo.

Estas cutscenes ocorrem com os gráficos in-game do jogo, com a arte pixel art e tudo mais. Os personagens andam e gesticulam (como melhor podem) por meio dos cenários, enquanto a câmera a maior parte do tempo será estática, mudando de posição apenas quando for necessária. Contudo há um elogio a ser realizado: apesar dos personagens falarem por meio de balões de texto, todos estas falas foram muito bem dubladas com áudios em japonês e inglês. Um toque que faz toda a diferença na imersão do jogo.

Com isso, também é importante frisar que Triangle Strategy não conta com localização em português, sendo que os textos podem ser apreciados em inglês (ou espanhol para quem prefere assim). Sendo um jogo com muito texto, a qual a trama faz parte essencial da experiência de jogo, a falta de localização pode ser uma barreira gigantesca para muitos jogadores em nosso mercado. Infelizmente.

E é preciso ter isso em mente, pois Triangle Strategy tem muitos momentos em que a ação para completamente e o entretenimento visual se inicia para contar uma ótima trama, mas que nem sempre mantém o ritmo esperado por aquele jogador empolgado em assumir o controle da ação. E haverá sim muita ação, mas fragmentado em muitos momentos em que o jogador irá repousar o controle em seu colo e irá apenas assistir ao jogo. As horas iniciais são cruciais nesse sentido, com essa guia se afrouxando um pouco depois, quando o conflito se arma.

Combate tático da melhor qualidade

A grande atração de Triangle Strategy, é claro, são os combates táticos existentes dentro do jogo. E as regras para entender seu funcionamento são muitas, mas seu aprendizado vem com o progresso na aventura. O básico é exatamente o que se espera deste gênero: um campo de batalha a qual o jogador pode andar quadrado a quadrado, com diferentes níveis de altura (degraus), com paredes e barreiras intransponíveis, a qual se move cada personagens individualmente, uma vez a cada turno, enquanto os inimigos controlados pela CPU faz a mesma coisa.

O que é importante entender nesse cenário tático? Um personagem em um terreno elevado, como um degrau acima em uma escadaria, causará mais dano a quem estiver debaixo. Se movimentar até as costas de um inimigo também causará um dano extra ao ataque, contudo lembre-se que isso também significa que você pode acabar ficando atrás da linha inimiga. Se você conseguir posicionar um personagem um quadrado ao lado de um inimigo e outro aliado no sentido oposto, quando este último personagem atacar, automaticamente seu outro personagem também atacará este mesmo inimigo.

Além disso, há outros personagens que farão diversos tipos diferentes de ataques. Um arqueiro, por exemplo, pode atacar a distância do inimigo, a muitos quadrados de longevidade. Claro que todo ataque também tem um nível de precisão, então seu arqueiro também pode errar flechas quando estiver muito distante. Há um assassino que pode arremessar adagas envenenadas um quadrado na diagonal do inimigo, o que é muito conveniente em diversas situações. Esse mesmo personagem, por sinal, pode atacar duas vezes em seu próprio turno (ainda que só se movimente uma única vez).

Há então personagens com lanças, que pode atacar dois a três quadrinhos na vertical, ou então três quadrados na horizontal (são personagens distintos, mas ambos possuem lanças). Personagens da classe de magia pode atingir diversos inimigos de uma só vez, mas o alcance pode variar, assim como o formato em que os ataques atingiram alguns quadrados. Magia de fogo pode queimar barreiras, e quem passar por elas tomará dano de fogo, assim como magia de gelo pode inviabilizar alguns quadrados ou criar paredões de gelo. Outro personagem com um escudo enorme, pode empurrar inimigos. Enfim, note como há uma variedade enorme de personagens e situações para aprender a melhor tática para vencer os combates.

Também é preciso entender que há cada turno o jogador tem que decidir como vai se mover e como vai atacar. Se você pode atacar primeiro, significa que depois poderá se mover, o jogo sempre lhe dará estas duas ações dentro da vez de cada um de seus personagens. Ir para a linha inimiga sozinho e com as costas desprotegidas, ocasionará o cerco deste personagens pelos inimigos. E isso será o suficiente para lhe matar, pois os personagens não resistem mais do que dois a três golpes a depender de como o inimigo lhe pegar. Então é preciso atacar, mas sempre preocupado se isso lhe deixará exposto ao ataque inimigo.

Contrariando um pouco as regras de RPGs táticos, Triangle Strategy não possui morte permanente de personagens, ainda que você vá ter uma coleção de classes e tipos muito maiores do que poderá usar. Sempre que um personagem morre em batalha, ele apenas se retira do combate, deixando a ação para os demais. Na próxima batalha você poderá usá-lo novamente. Como muitos personagens fazem parte da trama principal, imagino que seria estranho se o protagonista morresse de vez e perdêssemos o resto da construção narrativa.

Também é preciso entender que os combates do jogo nem sempre são sobre eliminar todos os inimigos. Existem muitas batalhas com regras diferentes, como impedir que um certo personagem caia em batalha, ou então assegurar um ponto de controle, decidir queimar ou não a sua vila em uma invasão e assim por diante. Claro que eliminar todo mundo é uma forma de vencer, mas em algumas batalhas, como esta de assegurar um ponto, inimigos continuar vindo enquanto você não eliminar todos que estão no local que precisa ser assegurado, fazendo aquela pressão ao jogador para vencer antes que reforços cheguem.

Quanto a golpes especiais e magias, todo personagem tem um ataque padrão que não gasta nenhum slot de TP (Tactical Points) e também especiais que gastam, bem, estes pontos táticos. Cada personagem, inicialmente tem entre dois a três TPs, e conforme evoluem podem ir aumentando esse estoque. Golpes tendem a custar entre um a dois TPs, e a cada turno, o jogador ganhar um ponto de TP de volta. Personagens magos, por exemplo, possuem um ataque físico (pífio) que não gasta TP, mas o que você quer usar são as magias que podem atingir inúmeros inimigos, mas como elas custam TP, não dá para usá-las em todos os turnos. O gerenciamento destes pontos táticos são essenciais nestas classes de personagens.

Quanto a parte de Level Up, boa parte dos personagens sobem de nível quando usam alguma ação em meio a batalha. Ou seja, um personagem ganha XP quando usa um movimento, seja de ataque, seja de suporte, e essa experiência é só para ele. Se você anda com um personagem, e apenas o reposiciona, não há ganho de experiência nesse turno dele. Se o personagem morre no começo da batalha, mas o resto da equipe ganha eventualmente, esse personagem que morreu não recebe qualquer XP. É preciso tomar cuidado então com uma equipe em que um personagem é sempre sacrificado no começo, pois ele acaba não evoluindo juntamente com os demais.

Além de subir de nível nas batalhas, cada personagem também possui uma espécie de árvore de habilidade atrelada a sua arma, que é fixa e não pode ser alterada. Há um ferramenteiro em seu acampamento que lhe permite subir alguns status, como dano físico, mágico, de HP (sua vida) entre outras coisas. Para isso o jogador precisa de dinheiro (ganho em batalha e achando no modo exploração, a qual já explicarei), além de certos materiais, como ferro, tecido, entre outros. Depois de certo tempo na aventura, outro personagem no acampamento lhe permite subir o nível da sua classe, o que aumenta seus status gerais, além de abrir uma nova etapa (de três) na árvore de habilidades deste personagem.

O acampamento é exatamente um local onde o jogador deve ir para se preparar para a batalha. O local começa meio vazio inicialmente, mas com o tempo, vai reunindo diversos personagens secundários (que não estão relacionados diretamente nas cutscenes da trama principal). Ali o jogador vai conversar com estes personagens, além de comprar itens consumíveis para usar nas batalhas e subir de nível, se tiver dinheiro e os itens certos.

Antes da batalha de fato iniciar, o jogador também pode fazer uma revisão do campo de batalha, analisando os pontos principais de interesse, desde a linha de frente e o jogo até pode dar alguma dica de estratégia. Também é possível trocar os membros da equipe, caso tenha mais do que é possível usar, assim como a posição em que eles vão iniciar a batalha, dentro de alguns limites indicativos no campo.

Exploração limitada, decidindo caminhos narrativos

Outros momentos de gameplay dentro do repertório de Triangle Strategy são os momentos em que o jogador pode explorar, de forma limitada, pequenos ambientes dentro do jogo, assim como os momentos em que o mesmo deve decidir o caminho a qual a trama deve ser conduzida. Vou iniciar explicando a exploração.

Diferente de RPGs tradicionais, a qual o jogador viaja por um mundo aberto, visitando vilas, explorando-as, e nas rotas encontra diferentes inimigos a qual pode batalhar, aqui tudo é muito mais restritivo. Cabe ao jogador explorar somente quando a condução do jogo permite que se faça isso, entre as muitas cutscenes que ditam o ritmo da aventura.

Cabe que em alguns momentos o jogador vai explorar pequenos ambientes, a qual irá falar com alguns NPCs, em buscar de pistas que irão servir para os diálogos que surgiram mais a frente, quando caberá ao jogador decidir o que dizer e assim direcionar os caminhos que a história pode tomar. Trata-se de uma investigação básica, a qual se conversa com NPCs para descobrir coisas a qual você não teria como saber de outra forma.

Em meio a esses momentos em que você está caçando pistas de futuros diálogos, itens vão brilhar no cenário, a qual se deve ficar atento para coletá-los, pois são preciosos para o uso em combate. Lembrando que você pode rotacionar o cenário, que é todo montado de forma tridimensional, descobrindo assim locais escondidos, incluindo NPCs não visíveis até então. Em alguns cenários o jogador poderá mudar de ambiente, entrando em casas ou em um palácio, por exemplo, mas em boa parte deles é um único ambiente mesmo. Em alguns deles dá até para subir no topo de algumas casas, além do uso de escadas.

Não dá para dizer que é uma exploração superdivertida. Está mais para uma mecânica de jogo extra, porém obrigatória caso o jogador queira mais detalhes de contexto da trama e pistas da árvore de diálogos. Os itens coletados em geral são ótimos, desde acessórios (único item que pode ser equipado nos personagens jogáveis), até mesmo a boas somas em dinheiro e itens consumíveis em batalha.

E então entra a segunda parte desse conceito: escolher diálogos e ver como eles mudam o decorrer de parte da trama. Isso porque Triangle Strategy possui quatro tipos de finais, baseados em moralidade, liberdade e utilidade (morality, liberty e utility no original), além de um denominado golden route (rota de ouro, a rota correta por assim dizer) que seria o verdadeiro final do jogo.

Haverá momentos da aventura em que o jogador encontrará uma balança de votos, significa que você e sua equipe de personagens devem decidir o caminho a seguir dentro do jogo. Seja para qual região viajar no início, ou se em determinado ponto da guerra, deve ou não entregar um aliado afim de tentar evitar a continuidade da guerra. Você pode ter uma opinião sobre o que fazer, mas seus companheiros de equipe também terão e para mudar seus votos, a seu favor, é preciso engatilhar uma mecânica de debate, a qual seus argumentos podem ou não convencê-los a seguir o que você acha correto.

E vai por mim, nem sempre é fácil saber o que dizer nestes momentos. O que entra a linha de diálogo que pode ser descoberta nos momentos de exploração. Se o jogador não achar essa linha, a mesma será não mostrada nas opções, deixando apenas uma indicação de cadeado, dizendo que você perdeu essa pista. E tem mais, nem sempre a linha descoberta, pode ser a correta para vencer o debate. Ao fim, todos seus companheiros irão votar e você descobrirá se foi convincente ou não. Se a história vai caminhar como quer, ou não.

Se a trama de Triangle Strategy já tem esse clima de Game of Thrones, experimente adicionar estes momentos de tensão, a qual você deseja fazer uma coisa, mas isso vai depender do seus diálogos com os membros da sua equipe, a qual tentou persuadir. É realmente muito interessante tal mecânica.

Considerações finais

Triangle Strategy é um game impressionante em muitos aspectos, mas claramente não é para qualquer um. Para quem apreciar um bom roteiro, personagens interessantes e todo esse clima de guerra medieval, com golpes, invasões e disputas de domínios, vai se sentir confortável com a narrativa aqui encontrada. Inclusive espere por mortes de personagens, pois o jogo não vai poupar alguns que talvez você possa achar que não poderiam morrer.

Contudo, se existe uma narrativa muito bem idealizada, não dá para esquecer que ainda estamos em uma mídia de interatividade, e nesse ponto, o título tem alguns problemas com seu ritmo, deixando o jogador por tempo demais apenas “assistindo” a história, esquecendo que é preciso também deixá-lo jogá-la. Isso especialmente na curva inicial, nas primeiras 4 a 5 horas iniciais. Depois melhora consideravelmente, mas ainda assim terá bastante história entre as batalhas que virão.

Além disso, tem essa pequeno contratempo da ausência de localização em português. Há uma boa dose de inglês um pouco mais rebuscado no texto, houve inclusive alguns casos em que fui buscar palavras no dicionário para entender alguns diálogos do jogo. Quem entende um pouco de inglês consegue acompanhar, especialmente por haver texto e áudio nas falas, mas ainda assim, não deixa de ser uma grande barreira em nosso mercado.

Vencido essa etapa, a grande estrela de Triangle Strategy certamente são as batalhas. Sempre intensas, desafiados e duradouras. Algumas batalhas que tive duraram bem mais de uma hora. É um tempo considerável, e felizmente o Nintendo Switch pode repousar no meio da ação, e o próprio jogo tem um quicksave para emergências em que você precisa fechar completamente o título.

As classes e habilidades dos personagens em batalha são muito boas, no sentido de que o jogador pode criar uma vasta gama de estratégias para vencer alguns desafios. Se você for derrotado em batalha e tiver que iniciá-la novamente, experimente trocar os personagens e mudar a posição de alguns. Aprenda com os erros. Mesmo o ato de repetir alguns combates gera uma experiência diferente da anterior.

Visualmente o jogo é incrível, a pixel art 2D com efeitos 3D é muito impressionante. Elementos como as folhas das árvores, da água, do fogo, ainda que nesse contexto de pixels é muito vivo, o jogo trabalho muito bem com efeitos de luz e sombra. É um estilo único, ainda que conhecido dos clássicos dos anos 90. É um belo jogo, nostálgico, mas retrabalhado no melhor do que a arte gráfica pode fazer por ela em tempos modernos.

E é um título com longevidade. O jogo dura em média 50 horas, e anda possui um New Game Plus, a qual se permite usar personagens que na sua primeira jogatina não foram usados, além de quatro níveis de dificuldade. E nesse ponto, a história que você já viu, pode ser pulada, deixando para ver apenas os caminhos diferentes na narrativa, mudando suas decisões e vendo como isso muda a trama em si.

Triangle Strategy é um título que talvez demore a lhe pegar, sei que comigo demorou, mas depois que ele te conquista, é impossível não querer ir até o fim, não sentir o desafio das batalhas táticas, de criar estratégias, de se importar com os personagens, de querer saber como essa guerra entre três nações irá terminar. É uma tremenda adição a biblioteca do Nintendo Switch.

Galeria

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Dando nota

Visualmente a arte gráfica do jogo, em pixelart 2D com efeitos 3D, é fantástica - 9.5
Narrativamente a história do jogo é envolvente, os personagens são cativantes, sabendo prender emocionalmente o jogador - 9
Contudo, mesmo com boa história, existe um desbalancemento visível entre assistir e poder jogar a aventura - 6.2
Combate é intenso, com várias regras, objetivos diferentes para vitória e muitas personagens com diferentes habilidades - 9.5
Ausência de localização em português criam algumas barreiras de acessibilidade, principalmente pelo valor da trama como um todo - 6.5
Exploração limitada cercea um pouco as opções do jogador em vivenciar esse universo de forma mais livre - 7.5
Campanha com múltiplos caminhos, árvores de diálogos, finais diferentes entregam um belo valor de replay - 8.8

8.1

Ótimo

Triangle Strategy é uma experiência singular, entregando um jogo de RPG Tático do mais alto calibre, com intensas e duradouras batalhas, com personagens com diferentes habilidades, em meio a um intenso clima de confrontos no melhor estilo narrativo similar a Game of Thrones. Nesse sentido, a curva inicial do jogo pode assustar um pouco os mais afobados pelo gameplay, enquanto a dinâmica de história e jogos é um tanto desequilibrado nessa curva inicial. Ao público brasileiro, a ausência de localização em nosso idioma pode criar uma certa barreira de acessibilidade. Mas vencido estes pormenores, o título entrega um universo encantador, personagens cativantes e batalhas táticas de qualidade e diversidade. Um título que soma muito à biblioteca do Nintendo Switch.

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