Análise | Tales of Symphonia Remastered

Disponível para PlayStation, Xbox, Nintendo Switch & PC

Tales of Symphonia Remastered é mais um lançamento (e uma baita recordação) da Bandai Namco e que chegou no último dia 17 de fevereiro ao PlayStation 4, Nintendo Switch e Xbox One. Rodando, também, via retrocompatibilidade, nos consoles PlayStation 5 e Xbox Series. Como o “Remastered” no nome já entrega, esta não é a primeira vez que este Tales of chega aos jogadores. Contudo, esta é a sua primeira vez nas plataformas aqui mencionadas.

Tales of Symphonia é um JRPG que foi lançado em 2003 para o Nintendo GameCube (e somente no Japão para o PlayStation 2). E então, lá em 2014 recebeu um port para o PlayStation 3 onde recebeu o nome de Tales of Symphonia Chronicles, onde além do Symphonia em si, tínhamos no pacote a sua continuação direta chamada de Tales of Symphonia: Dawn of the New World (que até então era exclusiva do Nintendo Wii). Algo que  merece ser mencionado é que este foi o primeiro Tales of a ser feito totalmente em 3D.

Como já sou um gamer das antigas, joguei e ainda possuo tanto a versão original para o GameCube quanto a versão lançada na compilação para o PlayStation 3 anos mais tarde. Tales of Symphonia do GameCube foi minha primeira entrada nesse mundo fantástico e cativante da série Tales of e, portanto, tenho um carinho especial pela obra. Inclusive já escrevi outros reviews aqui no site para Tales of Arise e Tales of Vesperia Definitive Edition.

Restaure Sylverant

O jogador vai viver sua aventura no mundo e na mitologia de Sylverant, local o qual convive com um conflito entre raças que acaba imprimindo regras específicas no comportamento de todos que lá vivem. A raça da qual os protagonistas fazem parte partilham seu mundo com os malignos Desians, uma raça que se considera superior e que possui planos misteriosos, malignos e uma vontade imensa de subjugar tudo e todos, o que obviamente nos joga em um cenário de conflito social e obviamente, ideológico.

O protagonista dessa aventura é o jovem, e muitas vezes inconsequente, Lloyd Irving que tem como amigos mais próximos os companheiros que vão formar a party inicial da jornada, Collete (a escolhida), Genis (melhor amigo de Lloyd) e Raine (professora, arqueóloga e irmã de Genis), todos vivendo numa pequena aldeia chamada Isalia. A inocência e infantilidade de Lloyd, Genis e Collette é posta a prova e testada duramente, o que acaba por testar e fortalecer a coragem desse trio de amigos e a criar um laço com o jogador.

Collete é a jovem designada para ser a “escolhida”, aquela que vai partir em uma jornada de peregrinação e com isso regenerar o mundo e restabelecer o equilíbrio entre todas as criaturas vivas. O mundo de Sylverant está tendo a sua mana (energia vital) esgotada gradualmente e era exatamente essa mana que fora usada pela deusa Martel para selar os malignos Desians. Mas com o enfraquecimento gradual do selo eles acabaram conseguindo se libertar e deixar as coisas complicadas como estão agora.

Mas a missão de Collette não será fácil, já que a jovem escolhida anteriormente falhou em cumprir a mesma missão, o que acabou instalando na mente de todos uma certa resistência a acreditar nessa “salvação” e a afetar e romper mais um pouco a tênue e fina estabilidade da mana deste mundo.

Logo de cara notamos que  Lloyd, por sua vez, é temperamental e age por impulso, o que acaba infelizmente mergulhando a cidade de Isalia em sua iminente destruição. Após ser expulso e ser culpado pela morte de vários habitantes do local, Lloyd fica sem ter alternativa além, é claro, de ir atrás de Collette (que já havia saído na sua jornada para restaurar o mundo) e acaba levando Genis consigo, já que a irmã dele (a professora Raine) estava junto a Collete.

Temos inclusive um mercenário chamado Kratos que diz que está nessa jornada somente pelo dinheiro que vai receber dos governantes de Isalia, caso a jornada acabe em sucesso, mas obviamente tem mais aí do que simplesmente a sua busca por dinheiro, já que ele inevitavelmente acaba sendo uma espécie de mentor para Loyd e consequentemente para o jogador nos momentos iniciais da jornada.

Tudo isso acontece nas primeiras horas da jornada, o que nos mostra que a aventura por aqui será longa e que este mundo esconde o bem e o mal em proporções equivalentes. O susto em diversos momentos acaba surgindo devido a reviravoltas inacreditáveis e fica aquele sentimento de que devemos nos esforçar cada vez mais para tornar esse mundo mais justo e aceitável. Este sem sombra de dúvidas é um JRPG que nos emociona e nos permite criar simpatia e afinidade com os personagens, devido a todas a situações que os mesmos passam na aventura. É difícil não tomar partido e se sentir necessário para resolver a situação apresentada, seja salvar uma jovem presa injustamente, se assustar com a monstruosidades realizadas pelos Desians para com as “pessoas comuns” (aqui eles tem fazendas humanas onde colocam as pessoas presas para trabalhar).

Mas invariavelmente a estrutura acaba se baseando praticamente sempre na mesma coisa, temos ainda que visitar santuários para cumprir com a jornada de Collete, e na maioria dos casos, vamos acabar chegando a uma nova cidade, descobrir de que forma os malignos Desians prejudicaram o local e encontrar alguma coisa ou acontecimento que vai dar o link para a próxima tarefa a ser cumprida e que vai nos levar de volta ao círculo, indo a outro local, vendo o que está errado e seguindo assim, obviamente no meio do caminho mais personagens vão entrando no time e expandindo as opções de combate.

Precursor no sistema de batalhas em tempo real

Podemos sem sombra de dúvidas considerar Tales of Symphonia como o pioneiro no sistema de batalhas que viria a se estabelecer como o padrão da série, e que continua sendo o mesmo até os dias atuais. Aqui temos a amostra de sua origem e quem acompanha os jogos mais atuais pode ver a evolução que veio com o passar dos anos e a experiência adquirida nesse tempo. O sistema de batalha se chama Multi-Line Linear Motion Battle System e sem querer passar pano por cima, mas esse sistema é bem funcional e muito prático por assim dizer.

Aqui os combates decorrem sempre em tempo real e controlamos um dos personagens enquanto a IA assume o controle dos outros 3 membros da equipe. Embora seja predominantemente para apenas um jogador, durante as batalhas até 3 outros jogadores podem assumir o controle dos demais personagens, fazendo com que a aventura possa ser compartilhada com amigos ou membros da família.

Mas veja bem, isso não é um jogo de luta então massacrar os botões pode funcionar no início, mas não vai ser assim o tempo todo. Aprendemos técnicas que são colocadas nos 4 direcionais e nos 2 gatilhos principais e ao apertar um deles e o botão B (no caso do Xbox) vamos gastar mana e usar uma técnica associado ao botão. O outro botão de ataque vai dar “pancadas” normais, que por sua vez recuperam a mana gasta com os outros golpes, é prático para você conseguir recuperar a mana entre um golpe e outro, mas obviamente esses ataques básicos são bem “básicos” e não vão causar grandes danos. Também são usadas da mesma forma as famosas e salvadoras técnicas de cura.

É ainda possível configurar nossos parceiros de batalha para tomarem atitudes que se adequem melhor ao estilo de batalha do jogador no momento. Podemos mandar que eles foquem seus ataques nos inimigos mais fortes, nos mais fracos ou que cuidem da nossa retaguarda, nos curando em situações de risco. Podemos até configurar em um dos botões de técnicas mencionados acima para que ao pressionarmos o mesmo um dos colegas de equipe realize um ataque específico ou uma técnica de cura, o que pode significar a diferença entre a vitória ou a derrota em uma batalha. Todas as técnicas evoluem para versões melhores após usos repetidos e podemos alterar as técnicas configuradas nos botões em um menu de fácil entendimento.

Uma dificuldade justa e balanceada

Não temos em lugar nenhum algo que nos informe se estamos no nível certo para enfrentar determinado desafio ou não. Vamos ter que ir e ver no que dá, mas como todo JRPG as áreas são lotadas de inimigos e se você farmar um pouco antes de entrar em uma cidade ou calabouço tudo vai dar certo. Não é necessário ficar muito tempo treinando sua equipe, todos os membros da equipe vão receber experiência proporcional, então nenhum vai ficar muito para trás, mesmo que ele não esteja efetivamente sendo utilizado na sua equipe de 4 membros.

A gama de personagens é vasta e a dúvida de com quais membros deixar sua equipe vai surgir, mas podemos alterar a equipe conforme os desafios apresentados. Podemos trocar e experimentar a cada batalha, já que alguns são mais versáteis em ataques mágicos, outros em ataques físicos ou no uso de armas brancas. E fica uma ressalva: mesmo tendo mais membros reserva, se um membro cair durante uma luta, ele não será substituído por outro automaticamente mesmo após a batalha, então se você não remanejar, vai ficar com ele inconsistente jogado ao chão na próxima batalha. Caso todos os 4 membros ativos sejam derrotados em uma luta, os outros não vão substituí-los e será Game Over. Então é sempre bom ficar prestando atenção na situação de todos os membros da sua equipe e ir alternando eles em momentos mais delicados da exploração até que possamos recuperar a energia de todos.

Cores e sons da Sinfonia

Tales of Symphonia apresenta um estilo de arte bonita e atemporal, que consegue envolver o jogador mesmo anos após o seu lançamento original. E olha que os cenários aqui são variados, desde selvas exuberantes, paisagens áridas do deserto e ruínas antigas servem como cenários emocionantes e vivos. O jogo ainda é bonito comparado com o original, mesmo tendo agora um efeito cel-shading reduzido.

Mas nem tudo são flores nesses campos verdes, embora os cenários dentro das cidades e vilas seja muito bonito, o mundo (do lado de fora) é monótono e mal modelado. Facilmente vamos nos perder e não saber onde raios fica a próxima cidade ou masmorra, tendo uma câmera que muitas vezes não fica numa posição correta, acabaremos caminhando meio sem rumo. E vamos acabar colidindo com grupos de inimigos, que no mapa geral são bolhas pretas com olhos. Claro que após o impacto contra essas bolhas, vamos para outra tela onde saberemos contra o que vamos estar lutando.

A trilha sonora do jogo se sobressai novamente por ser composta principalmente por Motoi Sakuraba e Shinji Tamura, com contribuição de Takeshi Arai. A presença de Sakuraba é fortemente sentida, com alguns hinos de batalha emocionantes e uma variedade de músicas animadas que são totalmente agradáveis aos ouvidos. E o áudio desta versão remasterizada nos traz a possibilidade de optar entre o áudio japonês e o inglês, algo que não existia na versão original do GameCube. Para quem gosta de experimentar do jeito que saiu no Japão, eis a chance de ouvir o áudio japonês, o que acaba sendo algo totalmente satisfatório.

A cativante fórmula

Mas o que cativa nos jogos da série Tales of é que o mundo a sua volta funciona não somente como um hub para se visitar após as batalhas. Nas cidades e calabouços muitas vezes temos atividades extras que acabam dando uma sobrevida muito bem vinda a exploração do jogador e em suas andanças por Sylverant.

Existe uma série de minigames e missões secundárias, como, por exemplo, uma espécie de caçada global a um masterchef que se disfarça de utensílios domésticos do dia a dia (e pensar que há algum tempo atrás achei que isso era uma novidade em Tales of Vesperia, só que agora que me recordei que já existia esse mesmo evento aqui). Quando encontrado, tal chef fornece uma nova receita, juntamente com os ingredientes necessários. É engraçado e recompensador visitar as casas e ficar procurando por itens domésticos fora do lugar, que podem vir a ser ele disfarçado.

As receitas fornecidas por esse chef podem ser preparadas e aqui temos uma função a ser lembrada: podemos cozinhas após as batalhas (algo que me recordo de ter em Tales of Arise também, mas que surgiu aqui, novamente em Symphonia). Ao descobrir e preparar várias receitas diferentes, Lloyd e companhia podem tentar se recuperar um pouco após cada batalha, desde que tenham os ingredientes necessários e que o preparo de certo obviamente. O que pode ajudar e não tornar necessário gastar os itens de cura ou usar magias de cura fora das batalhas. Lembrando que para recuperar os personagens nas cidades é necessário pagar pelo descanso em uma hospedaria.

Também há quebra cabeças e estes estão localizados nos calabouços do jogo. Muitos dos desafios apresentados são quebra-cabeças espaciais que vão exigir do jogador a  manipulação de elementos, como empurrar blocos para posicioná-los em locais necessários ou ainda usar as habilidades do anel do feiticeiro, item conseguido no primeiro calabouço e que vai recebendo novas funcionalidades ao longo da exploração, podendo, por exemplo, congelar inimigos ou mostrar caminhos ocultos.  Não são quebra cabeças que farão você arrancar os cabelos, mas são extremamente interessantes e bem elaborados, além é claro de se tornarem necessários para evitar que as jornadas dentro dos calabouços acabem sendo somente uma sucessão de batalhas até encontrar o objetivo final e provavelmente enfrentar um chefe mais apelão.

Considerações finais

Vou falar uma verdade logo de cara: Tales of Symphonia é um jogo que merece ser jogado independente da época em que estivermos. A jornada de  Lloyd e Collette merece ser apreciada independente em qual console você resolva fazer isso, seja agora nos consoles atuais com a versão Remastered, seja na versão Chronicles no PlayStation 3 ou na versão original para o GameCube, lembrando que temos também uma versão para PCs que está disponível na Steam. Trata-se de uma obra atemporal, essa é a verdade.

Claro que esta clássico estar disponível para os consoles atuais tem vantagens, como a praticidade de não ter que ir atrás de consoles mais antigos ou religar os mesmos para relembrar o passado. Fora que encontrar a mídia física de consoles do passado não é nada simples. Tales of Symphonia é e sempre será um jogo gostoso de se jogar e é visualmente bonito, arrancando elogios aqui em casa até de meus pais quando me viram jogando e acharam os personagens “bonitos” na tela. Obviamente muitos jogadores sequer conhecem o GameCube ou o PlayStation 3 ou caso conheçam dificilmente teriam acesso a eles e as versões de Tales of Symphonia nos dias atuais. Colocar esse título novamente no mundo dos jogos pode acarretar em um número maior de jogadores podendo finalmente conhecer essa pérola precursora da série Tales Of.

Se assim como eu, você jogou a versão do GameCube sem sombra de dúvidas vai vir à tona aquele sentimento nostálgico, independente de ter finalizado o jogo ou não na época. Eu mesmo não me lembro até onde fui, pois isso faz muito tempo e joguei muitos jogos desde então. Mas me animei quando comecei a jogar novamente e arrisco a dizer que tentaria finalizar o jogo agora se o meu tempo livre permitisse tal proeza. Os personagens não me eram estranhos obviamente e em poucos minutos já estava lutando e bolando estratégias nas lutas iniciais onde qualquer deslize é perigoso.

Negativamente não posso deixar de mencionar que graficamente falando não notei grandes mudanças se comparado a versão do PS3, que curiosamente também era com 30 FPS igual a esta. Aliás, isso merece uma nota em particular, pois é algo bem peculiar e acabou sendo alardeado por muitos sites. Esta versão Remastered  apresenta uma taxa de quadros bloqueada de 30 FPS, enquanto a versão lançada lá em 2003 no GameCube chegava a rodar a 60 FPS. Não faz sentido!

Acabei religando meu PlayStation 3 e colocando o disco de Tales of Symphonia Chronicles apenas para dar uma conferida já que estava fazendo essa análise e tampouco notei mudanças drásticas comparando com os gráficos, até mesmo se levar em conta a da versão de PC lançada em 2016. Outro fato que pesa contra é o preço cheio aplicado nas lojas digitais para esse Remastered, o mesmo preço de um jogo novo e “moderno”.

Somo também ao fato deste Remastered não acompanhar a continuação, mesmo que dúbia, Tales of Symphonia: Dawn of the New World, já que a mesma estava no mesmo disco na coletânea disponível para o PlayStation 3. Isso me deixou um pouco decepcionado, mas é claro que a intenção aqui foi fazer um Remastered do original, por isso nem se falou da continuação, mas ganharia uns pontos extras caso tivéssemos os 2 jogos num único lançamento. A Bandai Namco recentemente fez isso com a franquia Klonoa, trazendo dois jogos em um único lançamento.

Faria sentido incluir a continuação junto, até porque se lá em 2014 foi possível colocar os 2 jogos completos em 1 disco de PS3, por que não colocar ambos os jogos nesse Remastered? Não podemos sequer dar a desculpa de que não caberia nas mídias físicas já que agora podemos baixar digitalmente nas lojas dos consoles atuais. Soa como uma decisão estranha, por mais que simplesmente suspeito que a sequência não seja tão boa e atemporal como o jogo que deu origem a tudo. Quase dá para entender se for isso.

Entretanto independente destes pontos críticos, que tem mais haver com o fato de eu já ter jogado as versões anteriores deste Tales of, vou dizer novamente Tales of Symphonia Remastered é um jogo que merece entrar na sua lista de “jogos que joguei na vida”. Se não puder pegar agora no lançamento, digo para pegar ele em outra oportunidade, assim que possível, pois você dificilmente irá se arrepender da decisão de conhecer e pisar no mundo de Sylverant. Trata-se de um clássico da era de ouro dos JRPG, quando tudo era novidade, desde mecânicas, a enredo para com a experiência em si, uma época em que os jogos conseguiam que você se preocupasse com o mundo e personagens ao seu redor. Tenha isso em mente!

Galeria

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Dando nota

Graficamente é o mesmo jogo lançado há 20 anos, apenas adaptado para os atuais monitores - 6.5
Galeria de personagens é cativante e os temas abordados são intrigantes, adultos e interessantes - 9
Altamente nostálgico, retornar ao mundo de Sylverant ainda é fantástico - 9
Câmera é bem problemática na exploração do mapa mundi, jogador se perde com frequência - 6.5
É uma forma acessível de jogar um jogo antigo e divertido em um console moderno - 8
Precursor da atual fórmula Tales of, sendo imprescindível aos fãs da franquia conhecer - 9
Mesmo sendo uma remasterização respeitando o original, a ausência de localização em português é um pouco triste dado os tempos atuais - 6.5

7.8

Nostálgico

Tales of Symphonia Remastered ainda é um JRPG cativante, contudo sabemos que foi lançado originalmente há 20 anos atrás. Ao longo desses anos, tivemos algumas conveniências modernas que poderiam ter sido implementadas nessa remasterização (e não foram). Sua história continua sendo extremamente emocional e nos mostrando, sem máscaras, verdades que hoje em dia muitas vezes não são exploradas em novas tramas. Sem sombra de dúvidas Tales of Symphonia está na minha lista de JRPGs favoritos. É uma recordação incrível.

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