Série: O final do 1º ano de Fringe!

Fringe chegou ao Brasil com um considerável atraso. Como se não bastasse isso a Warner Channel abusou de reprises e quebrou totalmente o climax de quem estava acompanhando pelo canal. Mas tudo bem, aprendi a lição e o segundo ano vou assistir pela internet. Acho uma palhaçada as reprises no meio de temporadas, principalmente quando elas chegam aqui ao Brasil com meses de atraso. Fringe começou por aqui, quando já estava acabando nos EUA. Nada justifica tantas reprises.

Quando a série estreou, fiz um post por aqui elogiando o esplêndido começo e a empolgante premisa de ficção científica, que lembrava muito o clima e dinâmica que o velho Arquivo X tinha lá na década de 90. Esta semana foi ao ar aqui no Brasil o final do primeiro ano:

E aí? Mereceu mesmo todos os elogios? Após o continue a gente continua a conversa:

Foram 20 episódios ao todo. Muitos acontecimentos e muita coisa maluca que não dava para se fazer nos tempos de Arquivo X. Os efeitos especiais na TV evoluiram muito desde então e possibilitou que Fringe brilhasse nesse aspecto. Podendo “viajar” mais na maionese do que Arquivo X jamais pode.

Não é à toa que J.J.Abrams é um das celebridades da TV mais famoso do momento. Lost e Alias também feito por J.J. são duas séries que são famosas por prender o telespectador em um enredo de mistérios e suspenses, sem falar nas reviravoltas! Fringe segue a mesma formula, mas eu diria que faltou um pouco mais de reviravolta, pois os outros dois elementos tem de sobra.

Foi uma temporada longa, com alguns episódios medianos entre o começo e o fim. Confusos ou desinteressantes, onde não levam a lugar algum do roteiro. Talvez fosse necessário para que pudesse habituar os telespectadores. Arquivo X também tinha muitos em seus primeiros anos essa coisa de episódio-linguiça, que só servia para tapar buraco e não levava a lugar algum.

Mas os temas do ano 1 de Fringe foram ótimos. Pessoas que envelheciam em horas, parasitas no corpo humano, ar sendo congelado, teletransporte, pessoas que controlam o fogo, a possibilidade de entrar na mente de cadáveres e por aí vai. Não existe o impossível para o roteiro de Fringe. As vezes as explicações soam estapafúrdias, outras genias.

Os personagens também funcionam perfeitamente a trama. O trio principal Olivia, Peter e Walter Bishop estão excelentes em seus papéis, principalmente John Noble, que faz o papel do Dr. Walter Bishop. O primeiro ano explora bem superficialmente o passado de Walter e talvez por isso tenha ficado um tanto arrastada, pois esse trecho da trama é um dos mais promissores sem dúvida. Mas outras personagens como o Observador e até mesmo Nina Sharp e a companhia Massive Dynamic são importantes para segurar a trama.

Cuidado com spoilers no próximo parágrafo sobre os acontecimentos do final do ano 1.

O final do primeiro ano foi ainda uma viagem enorme e que felizmente funcionou. Realidades alternativas! Rá, esse J.J. é foda. Isso porque em Lost já haviam estes papos anos antes sobre a possibilidade da Ilha ser algo assim. Em Fringe, isso rola! Peter Bishop está morto! Walter foi buscar um outro Peter em uma outra realidade alternativa! Que isso! Sem mencionar que o ator Leonard Nimoy como William Bell, ex-parceiro e dono da Massive Dynamic foi fenomenal.Toda a parte do episódio com Walter querendo se lembrar do que ele havia esquecido é um show de interpretação do ator.

Nos últimos anos tem sido muito difícil uma série iniciante fechar sua temporada com um climax tão grande, a ponto de fazer os fãs se roerem até a estréia da segunda temporada. Fringe conseguiu! Agora é esperar o mês que vem, quando o 2º ano estréia lá nos EUA e poderei conferir pela internet!

Fringe pode ter tido alguns altos e baixo durante o primeiro ano, mas é difícil uma série do gênero conseguir ser diferente. O que esperar do segundo ano são mais mistérios, menos rodeios e mais respostas!!

E fiquem de olho no box em DVD do primeiro ano completo. Está para ser lançado no Brasil dia 22 de Outubro!!