Angry Birds Star Wars, que a Força esteja com os pássaros!
Angry Birds Star Wars é um ótimo convite aos não iniciados na franquia
Eu nunca tinha jogado Angry Birds por mais de dez segundos. Nunca procurei baixá-lo. O máximo de contato que tive com a série foi naqueles iPads que ficam expostos em lojas para teste – foi o tempo de puxar o passarinho para trás, lançá-lo, ver o resultado, pensar “ué, só isso?” e partir para a seção de filmes em busca de mais algum título para minha coleção. O jogo ganhou novas versões, a marca cresceu (chegando a ganhar até figuras de pelúcia e jogo físico), mas meu interesse por ele continuou o mesmo: zero.
Quer dizer… Até algum tempo atrás, quando Angry Birds Star Wars cismou em aparecer na página inicial do Google Play. O preço estava camarada (IT’S FREE!), então fui lá e baixei – não tinha nada a perder mesmo. No início não há nada de muito diferente: temos o clássico “a long time ago, in a galaxy far far away…” e logo em seguida sobe o logo “Angry Birds Star Wars” acompanhado da música-tema que tanto gostamos – mas adaptada, num clima mais brincalhão, sendo uma forma sutil de apresentar a proposta do jogo (escute aqui). O que me fez cair de vez no gosto do jogo foram as singelas ilustrações que contam a história do Episódio IV inteiramente com pássaros e porquinhos. Me atraí por Lego Star Wars pela mesma razão, aliás: uma maneira inusitada de contar uma história já conhecida. A diferença é que nesse último a repetição é tão grande me desestimulou a continuar a campanha.
Tive receio de que o mesmo ocorresse com Angry Birds Star Wars, que ele pudesse ser só mais um produto meia-boca fazendo uso de uma marca famosa. Mas fiquem tranquilos, pois não é o caso! O início é como um jogo comum dos pássaros raivosos: um passarinho qualquer com a missão de derrubar os porcos e suas construções, com o fator positivo de que agora o passarinho é o próprio Luke Skywalker e os porcos estão “disfarçados” de Povo da Areia ou de stormtroopers. Conforme avancei alguns estágios, Luke ganhou um sabre de luz e, com um toque na tela após seu lançamento, posso dilacerar qualquer porco ou construção que aparecer no caminho. Tudo isso com o Selo Angry Birds de Fofura de Delicadeza®, claro.
Mais personagens foram sendo disponibilizados conforme fui cumprindo missões, e a Rovio (desenvolvedora do game) conseguiu deixar cada um deles suficientemente diferentes a ponto de não deixar jogabilidade se repetir. Temos Han Solo em sua forma angry-birdiana, que – como não poderia deixar de ser – é rápido no gatilho e pode atirar tanto nos “clonepigs” quanto nas estruturas. Seu grande amigo e fiel companheiro Chewbacca também marca presença: o maior e mais pesado dos angry birds, dá trabalho para ser lançado longe (mas ninguém causa tanto estrago ao cair quanto ele). Obi-Wan aparece como o pássaro que controla a Força, podendo utilizar o famoso Force Push enquanto estiver no ar (basta colocar o dedo na tela apontando a direção desejada). Ainda há mais personagens que ainda não liberei (ainda estou na Death Star!), mas os disponíveis já garantem uma boa variedade na jogatina.
Ainda falando sobre variedade, fiquei impressionado com o número de desafios diferentes que a Rovio conseguiu criar. Só a primeira fase do jogo, em Tatooine, possui quarenta missões. São, só de início, quarenta formas diferentes de derrubar estruturas e aniquilar porcos a partir de um simples arremesso. Até agora estão disponíveis cinco fases (Tatooine, Death Star, Hoth, Path of the Jedi e a fase Bônus), e nada impede que mais sejam lançadas em futuras atualizações. As missões no espaço são um desafio à parte: aqui não é simplesmente puxar e arremessar. É preciso levar em consideração o vácuo do espaço, e as gravidades dos diferentes planetóides. Mais um interessante elemento que colabora para deixar o jogo cada vez mais longe das mesmice.
A marca Star Wars possui um valor de marketing altíssimo. Por isso mesmo, é fácil encontrar por aí produtos de má qualidade que estampam “Star Wars” no nome apenas para alavancar as vendas. Felizmente, não é o caso de Angry Birds Star Wars. O jogo faz um bom uso da famosa franquia, os atributos de cada personagem se encaixaram muito bem com a proposta apresentada, e de quebra ainda é um ótimo chamariz para quem não é familiarizado com a franquia dos pássaros – admito que se não fosse o “Star Wars” no título, jamais teria me interessado… Afinal, é sempre interessante arranjar novas maneiras de explorar a galáxia muito, muito distante.
Curti muito o game, porém, não vi grandes avanços em relação ao último título (Space). A mudança de AB para AB-Rio e para AB-Space sempre trouxe consigo várias mudanças consideráveis, uma verdadeira revolução. Agora não senti isso, simplesmente é uma cópia de AB-Space com personagens de Star Wars.
O ponto positivo, e sem duvida o que mais me agradou, são as adaptações dos poderes que cada um tem em relação à mecânica do jogo.
De qualquer forma isso não é uma critica, afinal adorei o game, e são fases totalmente diferentes de Space, mas ficou um gostinho de quero mais…
Será que a franquia chegou em seu limite de criatividade?
Eu acho que nem se trata disso. Esse AB Star Wars foi mesmo pra pegar quem não conhecia a série (meu caso), e que por isso não enxergam essa repetição, e logo depois irão atrás dos outros games. Bem, funcionou comigo! xD
Angry Brids de longe parece mesmo uma franquia simples e boba, mas só mesmo quem coloca as mãos no jogo completo e passa por ele entende que é muito mais do que a primeira impressão causa. Também tive a oportunidade esse ano de experimentar a franquia, porém ao contrário de você Pedro, comecei por Andry Birds Seasons.
Acredito que AB Seasons seja o maior Angry Birds que existe. Isso porque ele é atualizado com novas fases desde 2011. A cada 3 meses (o passar de uma estação), surgem novos leveis temáticos ao tempo do ano. Fase natalinas, de halloween, volta as aulas, de praia e por aí vai.
Pode parecer uma mera troca de cenários, mas não, existem cenários onde tudo realmente muda, como aqueles estágios onde tem água e os passarinhos podem mergulhar na mesma para atingir as estruturas por baixo!
Outro ponto comum de quem não conhece a franquia é achar que cada pássaro é igual. Não é. O rol de personagens de AB é muito grande e cada um tem uma pagada diferente. São como peças num taboleiro de xadrez. Cada uma se movimenta e se mexe diferente, com suas proprias regras. AB Star Wars não é tão pioneiro se for pensar nesse ponto, ele apenas deu poderes extras a alguns passarinhos.
Mas não acho que tenha se esgotado a formula, como o Mailson disse em seu comentário. AB Star Wars soube misturar muito bem os universos que AB criou, como a fisico do modo clássico com a fisica criado por Angry Birds Space. Os passarinhos sofreram um upgrade em suas fisicas, os cenários ficaram mais malucos, a sonografia do jogo é sensacional. Acho que não tinha que se reinventar num spin-off como esse.
Falando em reinventar, vale a pena dar uma olha em Bad Piggies, que é o plot twist the Rovio, com os porquinhos the AB como protagonistas do game. É muito divertido e tem uma mecanica bem diferente de AB. Não superou AB, mas não desapontou como jogo solo.
E desde que conheci Angry Birds, adquirir (em HD no iPad): Angry Birds (classic), AB Seasons, AB Rio (que é visualmente lindo), AB Space e também AB Star Wars. Vale a pena? Sim, vale! Até pelo preço camarada nos sistemas iOS e pelas contantes atualizações gratuitas!
É uma franquia muito legal, embora nunca terminei nenhum. Só jogo no celular e na fila do supermercado.