Reflexão: questionamentos sobre o amor…

Já amou? já perdeu um amor? já passou pelos desafios do amor?

Sabe quando um texto gruda na sua cabeça e só some depois que você o coloca no papel? Pois é. A reflexão a seguir estava presa na minha cachola e precisei colocar “pra fora”. Inicialmente achei que o texto ficou muito sério e até mesmo meio sombrio para a dinâmica do Portallos, tanto que soltei ele mais cedo no meu Facebook mesmo, mas conseguiram me convencer de que vale a pena colocar ele aqui também. Então segue esses pequenos questionamentos sobre o amor que muitos já tiveram ou possivelmente terão em algum momento da vida.

Obs: a fanart (que combina com o clima do texto na minha opinião) veio deste link!

O que é o amor? Amor é vínculo de um relacionamento íntimo, é a abertura de sua alma para outra pessoa. Talvez seja mais complexo que isso, mas em termos singelos amor é poder se conectar com outra pessoa de forma única perante todo o resto das pessoas ao seu redor.

O amor vence preconceitos? O amor vence distâncias? O amor resiste ao tempo? Ele é infinito e perpétuo? Queria ter todas as respostas para tais perguntas, mas não as tenho. Nestes últimos meses tenho visto pessoas ao meu redor perdendo seu amor, desfazendo conexões para criar novas conexões, criando novos relacionamentos. Amor é algo que podemos trocar de forma tão simples assim? Não estamos apenas preenchendo um vazio que ficou após o fim de um relacionamento? Note que disse “relacionamento” e não fim do amor. Amor talvez nunca acabe, pois o vínculo que ele criou vai sempre existir, mesmo que muitas vezes esse vínculo acabe sendo infectado por mágoa, tristeza e raiva que advém quando um relacionamento chega ao fim. E as pessoas negam tais sentimentos e se enganam, achando que amar e desistir desse amor não traz consequências para ambos.

O amor é só alegria e felicidade? A vida não é apenas feita de momentos felizes, portanto o amor também pode machucar, pode criar momentos onde há tensão e o relacionamento se abala. Não porque o amor acabou, mas porque a vida como um todo cria barreiras e desafios a serem vencidos e um relacionamento pode se fortalecer ou enfraquecer por conta das adversidades externas. Desistir de um amor por se viver um momento assim é imbecilidade? Como disse, não tenho todas as respostas, apenas proponho esta reflexão.

Mas somos seres complexos, podemos amar de formas diferentes e pessoas diferentes. O amor às vezes acaba, mas um novo surge com uma pegada diferente do anterior. Qual é o melhor? A pulga atrás da minha orelha se dá pela confusão que às vezes as pessoas fazem, achando que a alegria e felicidade precisam existir apenas no presente e que o futuro a gente corre atrás quando ele se tornar presente. Será que um amor machucado no presente não pode se curar e se tornar algo ainda mais forte no futuro? O que acontece quando você desiste de algo assim acreditando que não existe solução para um amor abalado? Há perguntas que jamais serão respondidas já que tudo na vida leva a múltiplos caminhos. Nós tomamos decisões diariamente que vão impactar nosso futuro.

Ninguém disse que amar é fácil. Nada na vida é fácil. Se um caminho fácil abriu a sua frente, fique esperto, pois certamente há uma pegadinha ou uma reviravolta mais a frente. Talvez não tão óbvio quanto se espera e talvez ele nem apareça tão cedo assim, mas sempre há. Escolher o caminho mais difícil é então a solução? Não foi o que eu disse. Porém no caminho difícil você ao menos tem noção de que precisa se preparar para o que esta por vir. Mas esta é uma decisão individual e pessoal, que cabe a cada um. Não há caminhos certos ou errados, apenas caminhos a serem escolhidos.

Esse é um texto sem conclusão, sem uma moral no fim. Para cada conclusão que se chegar, mais perguntas vão surgir. A vida não é feita de regras genéricas que se aplicam a qualquer um. Cada pessoa precisa descobrir por si próprio o que é o amor e o quanto ele vale individualmente pra si.

O amor é… bem… talvez seja você que precise completar essa frase.

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8 Comentários

  1. Esse tipo de texto no portallos? Não que não combine mas que deu uma "estranhada" deu. :p

    E eu poderia falar umas coisas mas prefiro passar a bola pro Paulo [e tb, alguém tem q citá-lo nesse tipo de post né? :p] :

    1 Cor 13:4-8
    "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
    Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
    Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
    Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
    O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;"

  2. Talvez mais de um ano que eu não comento aqui no Portallos, fazia tempo que eu não via um texto tão bom assim(mesmo não levando a ~temática~ do site em conta).

    Se questionar sobre o amor é sempre difícil, as coisas apenas acontecem, e mesmo tendo um fim, ela pode ser boa pra você, se perguntar sobre isso é sempre pessoal, e querendo ou não, nossas reflexões sobre o amor sempre dariam livros gigantes ahuehuaehuaehuaeae

    Enfim, ótimo texto :')

  3. Achei o texto muito interessante e espontâneo! Nem ia ler, aliás, mas então pensei: um texto tão off-topic no Portallos deve ter algo que valha apena! No fim nem é tão off-topic assim, até por que, independente de quem você seja, se é Nerd, Geek, Otaku ou seja lá o que for… o amor é um sentimento global, presente em absolutamente todas as culturas. Parabéns!

    Agora vai uma crítica ao próprio Portallos, talvez nem seja uma crítica, talvez seja mais uma súplica:
    O que aconteceu Portallos? Por que tem estado tão latente nos últimos meses? Pra onde foi aquela empolgação, aquelas seleções de pessoal, aquelas publicações diárias (e os wallpapers.. como eu sinto falta dos wallpapers). Não esqueçam que se um bloggeiro perde a empolgação, os leitores, sem perceber, acabam perdendo também!

    1. "O que aconteceu Portallos? Por que tem estado tão latente nos últimos meses?"

      Fazendo um paralelo ao assunto e sendo bem sucinto, porque eu acho que isso daria até mesmo tema para outro texto reflexivo: a latência, por assim dizer, do Portallos se dá em parte por dois grandes motivos – 1) o blog já tem + de meia década de atividade, então chega um momento que cansa falar pela décima, vigésima vez sobre um mesmo assunto. Novos assuntos surgem, é claro, mas as indagações são sempre as mesmas. a vida é um ciclo de repetição. então é normal a queda. 2) mas até aí faz parte, o que complica é que a gente cresce e o tempo para escrever no blog diminui. não é como outros sites e blogs onde seus integrantes ganham para tal e e vivem disso. quando um blog é hobby ele não pode sobrepujar outros aspectos da vida adulta, como familia e trabalho real. há planos de turbinar aqui e monetizar um pouco esse projeto? sim há, mas como comentando nas redes sociais e no meu perfil do facebook, iniciei nesse semestre um curso de web design e programação, que é um projeto que sempre tive vontade. o curso tem 2 anos, então é um investimento. e com certeza desse processo de aprendizado, haverá coisas que serão colocadas em práticas em novos projetos e no próprio portallos. mas novamente, isso demanda tempo e paciencia.

      enfim é isso. o ciclo da repetencia e a falta de tempo. qualquer espaço na internet que permanece depois de anos como um hobby, onde não gere frutos monetários, passa por isso. é ruim? não necessariamente. eu sempre gostei de sites que ofereçam qualidade a quantidade. O Portallos ainda tem muita qualidade felizmente. A quantidade a gente tenta criar em fluxos (julho desse ano tivemos um fluxo de posts superior até mesmo aos numeros de 2012 por exemplo).

      é mais ou menos por aí. 😉

  4. Raramente venho comentar, as vezes venho só pra responder em algum tópico, mas tenho minha opinião sobre o assunto.

    Pra mim, amor sempre foi mais uma adaptação, algo como acostumar-se com a outra pessoa, a transformando em parte essencial do seu dia a dia. Acho que amor é apenas isso.

    Em uma das ótimas frases do Bukowski ele diz algo parecido com "Como posso dizer que amo uma pessoa, se existem tantas outras no mundo que posso amar ainda mais?".

  5. Estou num namoro há quase cinco anos e sei que é algo bem diferente da tua situação (casado, com filho, e tal), mas ainda assim me identifiquei com vários elementos que você apontou.

    No início do relacionamento eu tinha 14 anos e era bastante ingênuo, não tinha a mínima noção do que era amor.

    Quando surgiram as primeiras discussões, eu não soube como lidar e já achava que era o fim. Só com o tempo foi que entendi que esses momentos difíceis também fazem parte.

    Agora mesmo estamos passando por um período delicado, algo que já venho falando há algum tempo lá no fórum: a faculdade apertando cada vez mais. Como consequência, tenho menos períodos livres para vê-la…

    Bom, é isso. Não sei se tem muito a ver com o que você pensou ao escrever o texto, mas foi o que eu tirei da leitura.

  6. Como leitor do portallos a um bom tempo, digo que os posts de reflexão geralmente são bem legais, mesmo que estes não estejam relacionados com o conteúdo normal do blog. Da próxima vez Thiago, não sinta-se acanhado em postar, se o texto estiver bom é isso que importa.

  7. Para mim, o amor é um sentimento mais amplo e complexo e muito difícil de senti-lo por completo. O seu texto é sobre relacionamento, no caso, entre homem e mulher. Infelizmente, o amor foi banalizado, reduzido a um sentimento egoísta.
    Como dizia a canção: "Ainda que eu falasse a língua dos homens
    e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria."

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