Beyond Good & Evil | Perdemos o tempo da sequência? É hora de um Reboot? (Reflexão)

Que fabulosa ilustração baseada em Beyond Good & Evil, não? Uma pena não saber exatamente quem é o autor dela, pois a vi no All Games Beta, que é um excelente site, mas sempre peca por publicar fanarts sem designar a fonte original delas. Se você souber quem é responsável pela arte por favor me informe nos comentários aqui.

E é impossível topar com uma arte tão bela de Beyond Good & Evil e não ficar pensando o que diabos aconteceu com a franquia que desapareceu. Por que a Ubisoft não a priorizou ao longo dos anos e será que um dia realmente veremos algo novo baseado nesse universo? Ainda é tempo para se lançar Beyond Good & Evil 2?

Vale lembrar que o primeiro game foi lançado em 2003, para PlayStation 2, Nintendo Gamecube, Xbox (o primeirão) e PC. Faz mais de uma década e duas gerações de consoles atrás. O jogo na época foi sucesso de crítica mas deu azar e amargou vendas abaixo do que a Ubisoft teria almejado. Mas quem jogou, e eu joguei, se apaixonou pelo games, suas mecânicas e história, que termina com um gancho que até hoje nunca foi respondido. Em 2011 Beyond Good & Evil ganhou uma versão em HD, sendo lançado digitalmente no PlayStation 3 e Xbox 360. Hoje essa versão de 2011 do Xbox 360 é retrocompatível com o Xbox One.


(Trailer da Versão em HD de Beyond Good & Evil lançado em 2011)

Em 2016 fazem 8 anos que a Ubisoft anunciou a produção de Beyond Good & Evil 2, que até hoje é tratado como “em desenvolvimento” sem que nunca tenha havido uma nota de cancelamento do projeto. O caso é que a série é produzida sobre a tutela do Michel Ancel, criador do Rayman, que andou bem ocupado nos últimos anos com os games do universo de Rayman, seja pelos games Origins e Legends ou com a série dos Rabbids.


(Teaser de 2008 de Beyond Good & Evil 2)

Michel Ancel em 2014 também chegou a abrir um pequeno estúdio independente chamado Wild Sheep, na qual sabe-se hoje que está produzindo um título exclusivo para PlayStation 4 chamado Wild. Porém Michel continua também dentro da Ubisoft, apenas não se sabe atualmente no que ele está trabalhando dentro do estúdio, afinal já faz um tempo que seu último game, Rayman Legends, foi lançado.

O fato é que passado tantos anos desde o primeiro Beyond Good & Evil me parece que não vale mais se esperar por uma sequência direta do game. Sinto que o tempo pra isso já foi, passou, e a oportunidade foi desperdiçada. Em tempos de reboots, remakes, releituras de games do passado, talvez fosse uma boa oportunidade para a Ubisoft recriar o universo desta série em um novíssimo game.

Quer dizer, pense bem, estamos vivendo a geração da ficção científica. Os games de guerra foram para o futuro. Há grandes epopeias como Mass Effect que reforçaram o gênero na geração passada. No cinema há mais e mais filmes de ficção sendo lançados a cada ano, sem falar no grande sucesso de Star Wars. E se for pensar no catálogo de séries e franquias da Ubisoft, Beyond Good & Evil provavelmente é um dos games que mais seria indicado ao gênero.

Há tanto que a tecnologia do desenvolvimento de game avançou na última década. Imagine o que poderia se fazer com um reboot da série, até pensando em games que a própria Ubisoft mantém atualmente em seu catálogo. Aplicar conceitos utilizados em games como Prince of Persia e Assassin’s Creed, como escaladas e plataformas, ou quem sabe a exploração de um mundo aberto multiplayer em grandes hubs de jogadores como The Division parece fazer bem. Até mesmo a diversidade de jogabilidade que um Far Cry atualmente possui poderia combinar em elementos que ficariam ótimos em um novo Beyond Good & Evil.


(Suposto vídeo de como estaria o gameplay de Beyond Good & Evil 2 que vazou por toda a web em 2009. Na febre de Assassin’s Creed na época, e tendo como base as cenas de fuga de Jade do game original até hoje esse vídeo parece incrível)

O fato é que é impossível entender os motivos e razões pelo qual a Ubisoft vem segurando a produção de um novo Beyond Good & Evil. Se for pensar em alguns anos atrás, com a explosão de Assassin’s Creed, talvez faça sentido os motivos que a levaram a segurar na época o desenvolvimento do game, entretanto, olhando a atual geração, talvez somente séries como Assassin’s Creed e os games de Tom Clancy’s não sejam mais o suficiente para os jogadores. Se há um momento interessante para Beyond Good & Evil, talvez seja esse – ainda que eu tenha certeza de já ter dito isso também há alguns anos atrás e provavelmente direi novamente daqui alguns anos.

Apenas sei que Beyond Good & Evil é um jogo que não merece ser esquecido no tempo. Precisamos continuar  lembrando dele, de sua história, de seu universo e torcendo para que um dia a Ubisoft resolva que é hora de tirá-lo da geladeira.

Jade-art concept BGE2

(Um das últimas notícias de Beyond Good & Evil surgiu em 2014, quando o Michel Ancel mostrou em uma livestream de Rayman Legends uma arte conceitual com um novo visual para Jade)

Eu ainda acredito em Beyond Good & Evil!

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Um Comentário

  1. Sou fã. E também acredito. Mas com certeza, é um jogo que não venderia hoje em dia, mesmo se fizessem bem parecido com AC. E isso é o que eu não quero, pois uma das coisas que me faz ser fã desse game é a originalidade que ele trouxe pra época.

    Talvez com a volta dos platformers 3D, que acredito que vai ser o novo boom do “vai-e-volta” dos videogames…

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