Dead Rising Triple Pack | Três games, três vezes mais zumbis! (Impressões)

Antes da chegada de Dead Rising 4 agora em dezembro, a Capcom sabiamente liberou na semana passada os três games originais da franquia, lançados apenas na geração passada: Dead Rising, Dead Rising 2 e Dead Rising 2: Off the Record. E foi dada ao jogador poder escolher entre adquirir todos os games em pacotão na qual eles saem mais baratos ou comprá-los individualmente, caso se interesse em apenas um game da franquia. E antes que alguém pergunte sobre Dead Rising 3, vale lembrar que este não é da geração passada, mas sim um título de inauguração da atual geração, sendo por um tempo exclusivo para Xbox One, mas hoje já disponível também na Steam.

As impressões desta vez serão um pouco diferente do habitual. Não vou destrinchar e esmiuçar os três games como se estivesse jogado todos agora nesta semana. Com exceção de Off The Record, que estou realmente conhecendo-o agora, os dois primeiros games eu joguei centenas de horas no Xbox 360. Virei finais diferentes, resgatei todos os sobreviventes, segui debulhados, descobri segredos etc.

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A minha maior curiosidade com os três games chegando em novas plataformas era de verificar a performance de cada um deles rodando, ao menos no Xbox One – já que é a única plataforma que tenho disponibilidade de testar. Mas se você quer saber mais sobre cada título, as diferenças e vantagens um tem sobre o outro, pode ficar tranquilo que também falarei sobre estes tópicos. Tal como também ficará claro o porque, sendo tão fã de série, acabei ignorando Off the Record na geração passada, apesar que agora me encontrei totalmente animado para debulha-lo enquanto espero por Dead Rising 4.

No poder da nova geração!

Passei os últimos dias iniciando todos os três games, intercalando eles e vendo como cada um se comportava no console. Quando alguém me pergunta um aspecto negativo sobre Dead Rising na geração passada a primeira coisa que me vem em mente é: o tempo de carregamento que os muitos loadings do game possuía.

E não era exatamente um defeito do game, que poderia ser consertado com patchs de melhoramento, tal como ReCore provavelmente terá em breve. Os loadings, em particular do primeiro Dead Rising, não poderiam ser sanados porque na geração passada não era possível carregar todos os ambientes do game, e mais as centenas de zumbis em um espaço apertado, sem que houvesse limites de áreas, na qual uma área precisava sumir para outra ser carregada. E os consoles passados não faziam isso tão rápido quanto gostariam.

Tanto que Dead Rising 3 nesta geração não possui esse mesmo problema. Há um loading inicial, mas depois disso o jogo flui totalmente sem loading, com o jogador podendo viajar por quase todo o mapa sem que o game precise carregar alguma coisa em uma tela separada.

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E os relançamentos dos três games nos atuais consoles não são exatamente um remake, ou mesmo uma remasterização. Estão mais para ports apenas. Pelo que me parece, a Capcom apenas mexeu um pouco no upscale do game, para ele ganhar maior resolução, mas sem ficar feio nas telas maiores de hoje em dia. E como não se mexeu a fundo, me preocupava se os loadings acabariam se fazendo presentes da mesma forma cruel como eles eram em suas versões originais.

Para o meu alívio, ao menos no Xbox One, o carregamento do game é muito superior ao que me lembro deles na geração passada. Existe sim os loadings, nos mesmos locais que que os games sempre tiveram, mas eles levam poucos segundos para carregar. Seja uma cutscene ou aqueles não mais demorados loadings de carregamento entre os ambientes. Ufa! E sucesso! Prova que o poder de processamento neste geração é maior e que realmente era uma limitação que não havia como impedir de ocorrer na geração passada.

Todos os três Dead Rising estão rodando bem mais suave assim.  Torna o ritmo do game, qualquer um deles, mais dinâmico e menos cansativo. E tendo jogado todos eles por algumas horas, em nenhum momento senti aquela agonia que me lembro bem de sentir quando precisava mudar entre ambientes dos games no passado.

Bem, eliminando essa questão, no que diz respeito a outros aspectos técnicos, ao que me parece, todos os games seguem idênticos ao que eram no passado. Lembra como era comum as skins dos zumbis se repetirem a exaustão? Isso ainda ocorre direto em todos os games. Não era um defeito, mas algo que não tinha como fazer melhor na geração passada. Os aspectos que tornaram o game o que ele foi em sua época, ainda estão aqui, e não que acho que a Capcom deveria ter arrumado.

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A única tecnicalidade que não sei apontar direito se melhorou muito é o frame rate dos games. Lembro que na geração passada, com muitos zumbis e dependendo da arma, os jogos tinham o hábito de darem aquelas engasgadas, ficando mais lentos. Vi alguns vídeos e reviews liberados nesta semana que passou e alguns sites grandes lá de fora disseram que essa performance melhorou e muito, porém ainda há certas situações onde o frame rate ainda engasga um pouco.

Bem, admito que não joguei a fundo, a ponto de encontrar isso, mas em todas as situações na qual me rodeei de zumbis e tentei acertar o máximo possível, não houve esse momento em que o game dava essa clássica engasgada. O que me parece é que roda melhor, mas não deve surpreender ninguém se em alguns momentos o frame rate se mostrar meio problemático. Já era uma característica dos games na geração passada. Em especial do primeiro.

Falando no primeiro Dead Rising, que é de 2006 – e também é por isso que a Capcom está celebrando 10 anos da franquia com todos estes relançamentos e a chegada do game 4 no final do ano – nestas horas que passei testando-o, foi o único título dos três games que me apresentou aquela situação onde o jogador está andando sem parar e de repente zumbis surgem do nada a frente do ambiente. Como se devessem estar lá, porém o jogo ainda não tinha conseguido carregar eles a tempo do jogador não os ver sendo carregados no ambiente. Isso também era algo que o primeiro, especialmente nas áreas externas (e foi exatamente onde isso me ocorreu), sempre teve.

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Já em Dead Rising 2 quanto o Off The Record, não encontrei nenhuma situação assim, de carregamento de dados em tela em atraso. Por sinal, textura e itens sendo carregados enquanto jogava não rolou em nenhuma vez, nem mesmo no primeiro game. O que é um bom aspecto a ser apontado.

E se por um lado esse atraso no carregamento de zumbis na área externa ocorreu, por outro lado fiquei com a impressão de que dos três games, foi justamente o primeiro que me pareceu mais bonito neste relançamento. Claro que graficamente ele ainda é bem inferior aos outros dois games, porém talvez seja minha memória me pregando uma peça. Eu me lembro do primeiro Dead Rising bem mais feio do que ele me pareceu nesse teste que fiz ao longo dos últimos dias. O que posso concluir é que este, o primeiro Dead Rising, se mostrou um port bem interessante.

Talvez como remake ou uma remasterização, parte dos problemas que os games possuíam na geração pudessem acabar vindo para a nova geração, como a necessidade de ter loadings mais demorados. Acredito que foi uma decisão bem resolvida da Capcom de não mexer demais nos títulos. Até porque a franquia também nunca foi sobre gráficos, mas sobre sua proposta, liberdade de como jogar e mecânicas apresentadas.

Dead Rising vs Dead Rising 2 vs DR2 Off the Record!

Para quem nunca jogou Dead Rising talvez uma das mais importantes perguntas a se fazer é se vale a pena jogar os três games ou se dar por satisfeito com um único título. Ou quem sabe esperar por Dead Rising 4. E esse é uma pergunta bem difícil de responder, e que acredito não exista apenas uma resposta correta. Porém tentarei dar a minha visão, falando um pouco como um game difere dos demais.

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A começar pelo primeiro Dead Rising. Dos três títulos, acredito que ele seja o mais importante, porém não o mais divertido. Isso porque ele foi o game de estreia, que estabeleceu as regras e bases da franquia. De todos ainda o considero o mais burocrático e o mais difícil.

E para adicionar dúvidas, em questão do mapa e do design do primeiro game para com os outros dois, ainda acho a área do shopping de Willamette um clássico que não tem como ser esquecido. Inclusive estou bem curioso para ver Frank retornar a Willamette no novo game em dezembro.

O primeiro Dead Rising é desafio puro. É aquele título que qualquer um dificilmente pegará o melhor final na primeira tentativa. É aquele game que o fará ir no You Tube procurar saber onde está aquele item ou qual o próximo passo a seguir. Eu, com tantas as vezes que o joguei no passado, tive que ir no You Tube semana passada para lembrar como diabos se recarregava a máquina fotográfica do Frank, pois havia me esquecido completamente desse detalhe no game. É um game de arrancar os cabelos às vezes.

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Já o segundo Dead Rising, lançado em 2010, tem a fama de ter tentado ser mais amigo do jogador. Não punir demais, deixar a zoeira ainda mais solta. E é o título que tem uma história mais sólida, mais tensa, mais humanizada. E no geral tudo isso acabou sendo bem sucedido no game. Entre o primeiro e o segundo game, acredito firmemente que joguei o dobro de horas o segundo game, tentando descobrir todos seus segredos.

Dead Rising 2 é maior, melhor e visualmente mais bonito do que o primeiro Dead Rising. E só não entrou para a história como um game que superou seu antecessor porque há dois grandes aspectos que não conquistaram tão bem os jogadores: o game apresenta um novo protagonista e, por conta disso, a pegada e proposta do jogador tirar fotos de situações e zumbis presentes no primeiro game não estavam mais presentes no segundo game.

E não que isso tenha estragado Dead Rising 2, porém parece que parte da alma do jogo ficou meio perdida ali, na história do Chuck Greene. Ele ainda é um personagem tão legal quanto o Frank West, entretanto não é canastrão quanto o Frank é. Chuck no segundo game quer salvar a filha, é altruísta. Frank, no primeiro, que apenas ter o furo de reportagem e assim gamar fama e fortuna. A canastrice do personagem, tal como a brincadeira com as fotos do primeiro game fizeram falta no segundo game, ainda com todas as dezenas de novidades que o game trouxe, como combinar armas, muitos mini-games, flexibilidade no contador regressivo do relógio interno do game etc. Dead Rising 2 é muito mais acessível que o primeiro Dead Rising, mas o primeiro tem aquele charme que é difícil de ser vencido.

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Tendo em algum ponto após o lançamento de Dead Rising 2 percebido que os jogadores sentiram estas ausências, o que a Capcom fez? Um ano depois, em 2011, lançou Dead Rising 2: Off the Record. Sai Chuck Greene, volta não só o Frank West como protagonista, tal qual a habilidade de tirar fotos! Só que aí viria um problema: Off the Record é parcialmente o mesmo game que Dead Rising 2.

Isso significa que o gameplay do game é 99,99% totalmente semelhante ao game de 2010. O mesmo mapa, os mesmos sobreviventes, até mesmo as mesmas missões da campanha. O que muda são algumas novas armas, alguns poucos sobreviventes com roupas diferentes e uma pequena nova área (uma espécie de parque de diversões). Só que tirando isso, é basicamente o mesmo game de 2010. Tanto que na época os próprios desenvolvedores diziam se tratar de uma versão alternativa do game anterior. Um “e se os eventos que aconteceram como Chuck, na verdade aconteceram com o Frank?“. Estranho, não?

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Hoje isso não é mais tão ruim assim, mas na época foi mal recebido pelos fãs, pois fazia apenas um ano que o segundo game havia sido lançado. Foi meio por isso que acabei não jogando-o. Quando o jogo saiu, já havia virado diversas vezes o segundo game. Não ia fazer essa loucura novamente com o Off the Record, não com o segundo game tão fresco na memória.

Só que veja só, jogando Off the Record agora, realmente gostei da ideia de jogar Dead Rising 2, mas na perspectiva do Frank West, já que o de Chuck Greene ainda está em minha memória. E há mesmo algumas coisas novas e bacanas em Off the Record. O próprio começo do game é um pouco diferente. A campanha é a mesma, mas há partes dela que precisaram ser adaptadas para fazerem sentido no perfil do Frank como protagonista. E o Chuck está de uma certa forma inserido no universo do game, mesmo que seja uma brincadeira com pôsteres e cartazes espalhados em algumas áreas do game.

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Isso me deixou curioso para saber o que mais a campanha mexeu, como será o final desse game e se ele fará alguma ponte para Dead Rising 4, ainda que oficialmente a cronologia da série não considere Off the Record parte de seu universo. Isso porque em Dead Rising 3, a Capcom tentou novamente mudar seu protagonista e Frank West segue desaparecido desde Off the Record, ainda que ele seja mencionado no game algumas vezes.

O que teria sido legal em Off the Record, que talvez na época teria agradado melhor os fãs, seria se o estúdio não tivesse apenas encaixado Frank de uma maneira adaptada na história de Chuck. Sendo que vale lembrar que a Capcom chegou a explorar a série em games menores, como Dead Rising Case Zero e Case Westque aliás poderiam ter sido resgatados também nesta comemoração do 10 anos da franquia. Off the Record poderia ter sido algo bem mais legal se tivesse ganhado uma roupagem 100% inédita, o que não foi o caso, infelizmente.

E pra mim parece lógico o pensamento de que Off the Record não conseguiria ser melhor sucedido do que Dead Rising 2. Afinal, ele veio como um título solo, em uma janela curtíssima de tempo. Muitos já estavam satisfeitos ou saturados com Dead Rising 2. Me lembro que na época cheguei ao cúmulo de saber todos os pontos importantes do game, sem nem mais precisar olhar no mapa para onde deveria ir. Por isso não tive coragem de jogar e me dedicar a Off the Record na época. Seria como estar jogando parcialmente tudo novamente.

Sem mencionar que na época se discutiu muito se Off the Record não teria funcionado melhor como uma expansão por DLC para Dead Rising 2, ao invés de um lançamento individual. Hoje não tem mais o que se discutir, o que está feito, está feito. Mas tudo isso colaborou para um certo fracasso de Off the Record em 2011. Felizmente, para alívio dos fãs, isso não foi o suficiente para matar a série, como bem sabemos.

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Porém e agora? Quem não está afim de jogar ambos, Dead Rising 2 e Off the Record. Qual o melhor? Admito que me sinto dividido. A história do Chuck é muito bacana, e não acho que a história de Frank em Off the Record ganhe desse aspecto, até porque parte dela é copiada dos momentos da história de Chuck. Mesmo assim a história de Dead Rising 2 não foi cortada da cronologia da série, pois Katey Greene, filha do Chuck, volta a aparecer, já crescida, em Dead Rising 3.

Porém pelo pouco que joguei esta semana, senti claramente que Off the Record é aonde me sinto em casa com a franquia. Frank é aquele personagem que quero ser nesse universo. Quero a canastrice, quero poder tirar as fotos, quero a zoeira do jornalista que se diverte matando zumbis! Chuck é um personagem mais sério, mas preocupado (e deve ser assim, com uma filha pequena infectada).

Sem mencionar que para quem está aguardando Dead Rising 4 é bem mais lógico conhecer os games vivenciados pelo Frank West do que dos demais protagonistas da série — um adendo: a brincadeira de Frank tirar selfies com zumbis começou em Off the Record, mostrando que ao menos uma novidade criada em Off the Record acabou indo para Dead Rising 4.

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Então dá para concluir assim: o primeiro game, é mais pelo desafio, é mais pelo masoquismo que todo gamer possui com algo difícil, além de ser o clássico, o que apresentou a proposta base da série. Off the Record é potencialmente o estágio de perfeição da zoeira que a franquia sempre apresentou como um dos pontos fortes, e é (ainda que não oficialmente) a continuação da história do Frank. Já Dead Rising 2 é o ápice da maturidade da série na geração passada. Funciona perfeitamente como um game solo, tem uma campanha e um protagonista legal, mas que só pecou pelo fato dele não ser tão cativante quanto o protagonista original da série.

Como fã, colocaria dessa forma: Dead Rising > Off the Record > Dead Rising 2. Só que com a forte ressalva de que o primeiro game é realmente o mais difícil. Não é para qualquer um. Esteja avisado.

O que mais preciso saber sobre Dead Rising?

Para aqueles que estão chegando agora na franquia. Nunca jogaram, mas estão curiosos. Dead Rising tem alguns elementos chaves que se repetem em todos seus games. Vou citar alguns:

Tempo limitado: todos os games da série possuem um relógio em contagem regressiva e missões que expiram após algum tempo. O primeiro game era o mais cruel em relação a isso, pois existiam muitas missões carregando ao mesmo tempo e o relógio indo embora rapidamente. Muita gente acha isso muito ruim, mas pensando em todo o contexto da série a contagem regressiva faz sentido. Tirando o primeiro, os games posteriores foram mais camaradas, dando tempo tranquilo para fazer as principais coisas dentro do game. E mesmo que você não termine as missões, o jogo não para. Você pode continuar matando, explorando e subindo de nível até o relógio terminar sua contagem regressiva.

Level não reseta: sua progressão é sempre mantida, independente de quantas vezes você reiniciou a campanha. Uma coisa que acontece em todos os games da série no começo: o protagonista é uma porcaria. Ele corre muito mal, ele briga muito mal. É um fracote. Cabe ao jogador ganhar pontos de experiência (tudo que se faz no game dá pontos) e assim ir ganhando saúde, slots de itens, novos golpes, velocidade etc. Após os primeiros level up, lidar com os zumbis passa a não mais problema. Após certo nível, jogar a campanha fica bem tranquilo, independente do contador no relógio.

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Saves são manuais: o game não possui salvamento automático, sendo necessário salvar o game em pontos específicos das áreas (toda área tem um ponto assim, normalmente são dentro de banheiros). Como há um relógio em contagem regressiva e missões expirando a todo o momento, Dead Rising é um daqueles games que a qualquer momento você pensa “não deveria ter vindo fazer esta missão longa, antes de ter feito aquela outra menor“. Com save automático isso não poderia ser corrigido, mas quando o jogo lhe dá 3 slots para salvar várias momentos chaves do game, você pode gerenciar melhor algo assim. A exceção acontece no primeiro Dead Rising, que tem apenas um slot de save na qual o save mais antigo vai sempre sendo deletado quando um novo é criado. Bem, já disse que ele é o mais difícil de todos, certo?

Campanha é parcialmente opcional: todos os games da série são considerados games de mundo aberto, o que significa que o jogador tem a liberdade para fazer o que quiser, inclusive não jogar a campanha e a história do game. Claro que, certas áreas e certos extras dependem da progressão do jogador na história principal, mas é totalmente normal em alguns momentos você deixar de fazer isso, e terminar a corrida contra o relógio apenas tocando terror no ambiente do game, para recomeçar novamente em um nível melhor. Há realmente muitas coisas para fazer e explorar em todos os games, progredindo ou não na campanha.

Pode se coletar qualquer objeto: viu um item no chão ou em um balcão? Provavelmente você pode pegá-lo para usar contra os zumbis. Um aspecto que tornou Dead Rising um sucesso, além das dezenas, as vezes centenas de zumbis na tela, é o sistema que permite ao jogador pegar qualquer item no cenário para utilizar como arma ou item consumível. Há também revistas/livros que melhoram status, roupas que mudam a aparência do personagem, veículos para sair atropelando tudo etc. A partir do segundo game, foi criado uma opção de fabricar armas, como pegar um bastão de baseball e pregos e criar um bastão cheio de pregos nas pontas. Tudo vira arma em Dead Rising, não importa se são uma pilha de pratos para arremessar em zumbis ou pistolas de água ou ursos de pelúcia gigantes. Tudo pode ser coletado. E como o game tem slots de armazenamento de itens, o jogador pode andar com vários ao mesmo tempo.

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Não existe apenas um final: o game tem vários finais. O que faz total sentido, pois como é um game que se corre contra o relógio, e que mantém a progressão do jogador depois de zerado, faz total sentido ter vários finais para lhe incentivar a jogar tudo de novo e tentar algo diferente. E normalmente há uma missão extra que precisa ser feita ou algo que precisa se ignorado para se obter um final diferente.

Modo cooperativo online: tirando o primeiro Dead Rising, todos os games da série podem ser vivenciados com um amigo online. Desde Dead Rising 2, todos possuem modos cooperativos para dois jogadores. Admito que esse não é um aspecto que procurei nos games ao longo dos anos. Sempre gostei da experiência solo, porém me lembro de ter jogado um pouco de Dead Rising 2 cooperativamente, deixando a campanha em modo público, permitindo assim que outros jogadores entrassem para me auxiliar. Em todo caso, se você não quiser ninguém entrando em seu game, todos possuem opções para desligar o modo online.

Apesar de todos os games da série terem estes pontos em comum, não significa que sejam exatamente iguais. Cada um tem suas peculiaridades e novidades. Itens e armas exclusivas. E o próprio mundo criado para o primeiro e o segundo game são bem diferentes. O primeiro Dead Rising é mais claustrofóbico, com uma área bem menor. Apesar do tema de todos ainda serem um local que se assemelha a um grande centro comercial, focado em um Shooping Center no olho do furacão de zumbis, o segundo game é bem maior, com muitas áreas abertas, bem mais que o primeiro game.

Vale ou não vale?

Quem não jogou nenhum dos três games na geração passada, acho que vale totalmente ir atrás e testar pelo menos um dos três títulos comentados aqui. Talvez alguém possa pensar que o melhor seria jogar Dead Rising 3, lançado nesta geração, mas disso eu preciso discordar.

Primeiro que o terceiro Dead Rising parece funcionar meio que a parte de toda a série, mesmo que haja uma forte conexão com Dead Rising 2 por conta de Katey, filha do Chuck. O game tem uma pegada bem diferente, saindo desse ambiente de Shopping Center e se focando em algo mais urbano, e as vezes mais sombrio. É uma cidade que se explora e talvez se use muito mais veículos para a exploração do que talvez eu esperasse. É um bom game, mas não é tão fiel as bases da trilogia original na geração passada. Ele tentou algo diferente e foi bem sucedido apenas em parte. Fora que dependendo da plataforma em que estiver, vale a pena ir atrás dos games clássicos. Dead Rising 3 é um título que até hoje não foi lançado no PlayStation 4, se mantendo apenas no Xbox One e Steam.

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Preço é uma parada sempre importante aqui no Brasil, certo? Somos jogadores com uma condição econômica nem sempre muito privilegiada, na qual os games são caros, independente de quão antigos sejam. Por isso já dito que na Steam Dead Rising Triple Pack está custando maravilhosos 95 reais na publicação destas impressões. Olha que preço bonito! Individualmente cada game sai em torno de 40 reais.

A parada só vai ficar um pouco mais salgada nos consoles domésticos. Tanto na Xbox Store, quanto na PlayStation Store, Dead Rising Triple Pack está custando 300 reais. Achou muito? Talvez seja mesmo. Pensar que cada game custa 100 reais, sendo apenas um port dos games da geração passada talvez faça o preço parecer mais do que eles devessem custar, especialmente vendo seus valores na Steam. Indicaria esperar um desconto, onde os colocasse em torno de pelo menos 200 reais o pacote com os três games, o que acharia um preço justo.

Porém e se for apenas um game? Lá no começo disse que os games também poderiam ser adquiridos individualmente, certo? Só que aí vou recomendar que espere um desconto no primeiro e no segundo game, pois cada um individualmente está custando 150 reais, tanto na plataforma do Xbox quanto no PlayStation. Entretanto, Off the Record está com um preço bem legal: 61 reais, no Xbox One e no PlayStation 4. Acho um preço válido. Bem que gostaria que todos outros dois games custassem essa faixa de preço nos consoles domésticos.

Dead Rising® 2 Off the Record (12)

Quem ficou curioso com a franquia e quer jogar em um console, Off the Record parece ser a melhor opção. É o game que tem o Frank West, que é uma versão aprimorada das mecânicas de Dead Rising 2, e que serve como aquecimento (indiretamente) para Dead Rising 4. E aí, se o jogador curtir, pode ficar de olho e aguardar uma promoção para os outros dois títulos. Afinal, um game só o suficiente para manter qualquer um ocupado por mais de 10 horas, no mínimo.

No fim, acho bacana que a Capcom esteja celebrando os 10 anos de Dead Rising. Me impressionei vendo a performance de cada game nos atuais consoles e é bacana que esteja tudo sendo distribuído de forma organizada para que os jogadores tenham a coleção completinha. O preço é algo que infelizmente atrapalha um pouco nosso mercado, ainda que mesmo assim, existam opções que parecem cabem no bolso de todos os jogadores. Se não pode ter os três, se não pode ser na Steam, ao menos um deles dá para se ter. E isso já é legal o suficiente para dar a chance de qualquer um conhecer a franquia.

É um relançamento para duas frentes: para quem quer conhecer Dead Rising, e para os fãs incondicionais, como eu, que querem matar a saudade e jogar um pouco dessa trilogia que marcou a geração passada.

Importante: apesar do trailer acima estar legendado, nenhum dos três games possuem legendas em português. Todos os games rodam idênticos a localização original de quando foram lançados. Sendo assim todos possuem apenas áudio e legendas em inglês.

Mais imagens!

— Dead Rising

Dead Rising® (9) Dead Rising® 2 Dead Rising® (8) Dead Rising® (7) Dead Rising® (5) Dead Rising® (3) Dead Rising® (12) Dead Rising® (11)

— Dead Rising 2

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— DR2 Off the Record

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Retorno válido, Dead Rising já se tornou um clássico
Sim, os loadings ficaram mais rápidos!
Não apresenta sinais negativos de envelhecimento
Tal como na geração passada, sem legendas em português
Mecanicamente continua muito divertido, boa jogabilidade
Preços variados, algumas versões estão caras, outras nem tanto
Ausências na coleção dos games Case Zero e Case West

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