Patópolis em Quadrinhos #6: Donald e as HQs que funcionam no tempo certo! [Download] [PeQ]

Quando essa série de posts chamado “Patópolis em Quadrinhos” surgiu aqui no blog lá em março de 2009, os quadrinhos Disney não tinham o destaque que tem hoje. De 2009 para cá, muita coisa melhorou, novas revistas foram lançadas, novas coleções criadas e novos leitores deste universo surgiram. Para entender melhor sobre o projeto, acredito que tenha explicado tudo que precisava no post de novembro do ano passado, quando retornei com a coluna. Recomendo que deem uma olhada nos primeiros parágrafos deste post.

Hoje, aproveitando que é dia de Oscar e tal, resolvi escolher uma história do Pato Donald para comentar a respeito de histórias que funcionam apenas em uma determinada época. Seja histórias relacionadas a datas comemorativas ou a eventos determinados. Esse tipo de história pode dar muito certo se forem lançadas no momento correto, e é uma tendência que também dá funciona em outras mídias, como cinema e TV. Depois do continue, continuo a conversa. História desta edição “Donald: Candidato ao Oscar”!

Para os que tiverem interesse, segue os links das primeiras edições desta coluna:

Patópolis em Quadrinhos #06

Donald e Histórias de Ocasiões!

Download – Donald: Candidato ao Oscar (08MB)

Para ler a história, recomendo o programa CDisplay. (Saiba mais sobre o programa aqui)

Dados Técnicos:
Revista: Pato Donald, nº 2054
Publicado no Brasil em Março de 1995
História: Donald: Candidato ao Oscar [26 págs] Inducks: Clique Aqui!
Roteiro: François Corteggiani
Desenhos: Giorgio Cavazzano
História originalmente publicada na Itália em 20 de Março de 1994

Histórias com tema relacionado a alguma data ou evento são comuns ao longo de décadas das décadas de publicações dos quadrinhos Disney. Existe sim aquele velho debate sobre histórias serem atemporais, que podem ler lidas em qualquer tempo, seja hoje, daqui uma semana ou daqui 20 anos. Algumas histórias realmente não evelhecem no tempo, apesar de que nem todas conseguem este mérito.

Mas histórias atemporais são aquelas que não dependem de ocasiões especiais para funcionar. Não são elas que quero tratar nesta Patópolis em Quadrinhos, pelo contrário, hoje quero comentar um pouco sobre histórias temporais, aquelas que funcionam apenas num certo período do tempo ou em certas datas. Por exemplo, no final do ano passado, a Abril trouxe depois de mais uma década esquecido no tempo, Natal de Ouro, uma revista que quem é leitor das antigas sempre teve saudades. Uma compilação de qualidade com a melhor das histórias natalinas dos personagens Disney.

E histórias de Natal funcionam apenas no Natal. É estranho legal fora desse período de dezembro, onde as pessoas estão naquele clima que esse feriado possui. Isso também é comum em séries de TV ou filmes de cinema. Episódios natalinos, especiais de dia dos namorados, de dia das bruxas. A série Glee algumas semanas atrás teve nos EUA um episódio de futebol americano, exibido logo depois do Super Bowl, um dos maiores eventos esportivos dos EUA. Histórias assim são importantes para dar aquela sensação de realidade e importancia pelos personagens na minha opinião.

Eu gosto quando chega fim de ano e tempos histórias com o Tio Patinhas não acreditando em Papai Noel ou na generosidade do natal, no Donald tentando comprar presentes para seus sobrinhos, enquanto em outras, os três patinhos estão tentando descobrir onde o tio escondeu os presentes. Ou quando Mickey tem algum crime natalino para resolver, ou o Zé Carioca tenta filar a ceia de natal na cada de algum amigo. Fora do período certo, tais histórias podem não soar legais, mas elas são sim.

Dei exemplo do natal, mas este mês de fevereiro duas revistas da Abril, Zé Carioca e Tio Patinhas, vieram com histórias de Carnaval, um feriado muito apreciado aqui no Brasil. Tudo que o Carnaval que veio na revistas do Tio Patinhas não era bem nosso carnaval, mas ainda assim, é aquela época de festividade. Não estou questionando a qualidade das histórias feitas para datas comemorativas, pois assim como as histórias atemporais, existem histórias ruins e boas. A do Tio Patinhas deste mês não considero uma boa história, só para deixar claro. Mas acho importante o impacto que HQs feitas para tais momentos possam atrair o público.

Por exemplo, talvez o Oscar não seja uma evento tão badalado por aqui, mas com certeza nos Estados Unidos é. Eu escolhi a história desse PeQ pensando realmente no evento, até porque histórias de Natal, Carnaval, Páscoa e Halloween são mais fáceis de se encontrar por aí. Mas de eventos como Copa do Mundo, Olímpiadas, Oscar ou até mesmo baseado em sucessos do cinema ou TV não são tão frequentes assim.

A história Donald: Candidato ao Oscar realmente não tem nada de especial que a faça ser memorável, mas isso não a torna uma hsitória ruim. É até uma HQ simples, com um Donald achando que irá virar astro de cinema, onde as coisas saem todas erradas para o pato, com seu constante azar. É uma história simples, sem reviravoltas ou drama, é realmente para descontrair. Gosto da ideia de que ela foi desenhado pelo Giorgio Cavazzano, então os desenhos são muito bonitos. É uma história que li na minha adolescencia nos anos 90, simples assim.

O interessante é que na Itália, em 2009, foram feitas 4 edições suplementares relacionado ao Oscar e cinema e essa história foi recordada lá, entre outras pérolas mais épicas parodiando sucessos do cinema, como Três Solterões e um Bebê, Os Caçadores da Arca Perdida, 007 contra Goldfinger, E o Vento Levou, Casablanca,  etc.  Veja as capas (cada revista com + de 200 páginas):

Legal, né? Eu gostaria que a Editora Abril apostasse mais em publicações especiais assim. Ano passado mesmo teve uma baita saga de mais de duzentas páginas com o tio Patinhas e envolvendo a Copa chamada, 2010 Mondiali al cubo, que simplesmente não tinha espaço em nenhuma revista mensal para ser publicada. Merecia um especial encadernado e não rolou. Outras ocasiões como Páscoa e Halloween também poderiam ter uma revista especial, com republicações ou até inéditas, já que histórias assim existem aos montes. Ainda que algumas mensais sempre tragam uma ou outra histórias relacionado a alguma data comemorativa. Felizmente, pelo menos, a Natal de Ouro parece que já está garantida este ano. No passado existia revistas como Disney Especial, que vem ou outra, investia em temas voltado as datas especiais ou eventos. Mas não acho que existe a necessidade uma revista nova saindo todos os meses nas bancas só para eventos e datas especiais. Seria legal algo eventual, que saisse de vez em quanto mesmo. Para dar aquela ideia de que os quadrinhos da Disney estão antenados por aqui. A Itália vez encadernados a rodo, na Paperinik Cult de janeiro que mostrei aqui no blog, tinha lá a propaganda de uma revista só com histórias de inverno, não atrelado a nenhuma publicação, apenas um especial solto mesmo. Sei que a Abril está preparando alguns especiais ao longo deste ano, incluindo Donald Duplo, mais Mickey de Murry, um com o Morcego Vermelho. Especiais de personagens. Cuidado com isso, pois não são estes especiais que estou abordando por aqui, apesar de estar muito animado e ansio por eles também.

Sobre Roteirista e Desenhista: Em toda Patópolis em Quadrinhos que faço aqui no blog dedico um espaço para comentar a respeitos dos artistas envolvidos na HQ que disponibilizo aqui. Nesta edição acredito que o Giorgio Cavazzano até dispensa qualquer apresentação, já que o cara é realmente uma lenda vida dos quadrinhos Italianos. Cavazzano na verdade merece qualquer dia um próprio especial só sobre ele aqui no blog. É um traço que define gerações no estúdio italiano. Segundo o Inducks, Cavazzano desenha para a Disney desde os anos 60! Esuas histórias continuando saindo aqui no Brasil regularmente. Se fosse listar meu rol de melhores histórias que já li desde que comecei a colecionar Disney, teriam toneladas de clássicos do Cavazzano, como O Mistério dos Telefonemas e Viagem ao Centro da Folha só pra citar duas que vivo comentando aqui no blog.

Já sobre François Corteggiani é um roteirista com um enorme curriculum no Inducks, com mais de mil histórias desde a década de 80 até os dias atuais, roteirizando para a Disney na Itália, Dinamarca e França entre as principais. E mais de duzentas das histórias foram publicadas no Brasil segundo a ferramenta de estatítiscas do Inducks. Um número bem grande alias. Várias gags de uma página com o Pateta e Amadeu, adora aquelas que saiam por aqui nos anos 90 na revista do Zé Carioca e Almanaque Disney, além das gags do Baby Disney (um exemplo aqui). Ano passado foi publicado uma hsitória do François nos EUA chamada Donald Tsunami, que continua inédita por aqui desde 94, quando ela foi produzida. Existe também uma história muito bacana que ele roterizou com os Escoteiros Mirins, chamada A Nova Arca, que saiu no Brasil em 1997 e nunca foi republicada. Por último, vale a pena mencionar suas histórias criadas para a série Clarabela Reporter, que saiu apenas algumas no Brasil no passado, permanecendo um monte inédita e apesar de realmente não ser um fã da personagem, tenho que dizer que esta série combinava perfeitamente com a personagem e foi um dos melhores uso que já vi para a Clarabela. Essa série poderia ser publicada de vez em quando em Minnie Pocket Love com certeza.

Bem para finalizar, segue as três primeiras páginas da história que você podem degustar no link lá do começo da matéria. Sempre comentar que a ideia por trás deste projeto não é ficar disponibilizando HQs via download por aqui a toda hora, até por isso essa coluna é bem inconstante. A minha intenção é atrair novos leitores. Claro que se algum dia a Abril pedir ou se sentir ofendida com a iniciativa, retirarei as HQs do ar sem hesitar. Sou fã dos quadrinhos Disney, colecionador desde a infância, e as vezes fico triste como muita gente nunca deu chance ao material, que sim, é infantil, mas nem por isso é proibido a outras faixas etárias. É um material descontraido e diverdido, com personagens que estão aí no mundo desde sempre, encantando gerações. Espero que apreciem a iniciativa.

Isso também pode lhe interessar

4 Comentários

    1. huahauhauhau essa revista foi comprada lá em mil nocentos e bolinha… esse sebo alias nem existe mais aqui na cidade. XD

      sebos antigamente carimbavam, assim como escolas que tinham gibis no acervo, preços marcado na capa…existia muitas atrocidades quanto a revistas usadas em sebos antigamente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Dê uma ajuda ao site simplesmente desabilitando seu Adblock para nosso endereço.