Mauri a 88mph #3: A primeira ida ao cinema!

“Nós vamos ser amigos para sempre”

Continuando a viagem no túnel do tempo, hoje eu queria escrever sobre um momento importante na minha vida, um momento que acredito ser igualmente importante na vida de todos vocês também: a primeira vez no cinema.

Geralmente quando comentamos sobre a infância enfatizamos como tudo nessa época parece ser maior do que realmente é. Ruas pequenas eram vistas como grandes avenidas, casas simples como castelos, festinhas de aniversários como uma enorme multidão de pessoas juntas, etc.

E na primeira vez que entrei em uma sala de cinema para assistir um filme, devidamente acompanhado de meu pai, não foi diferente também. A tela parecia ser imensa, maior do que os meus olhos conseguiam enxergar. Nas paredes laterais estavam colocadas cortinas vermelhas enormes, parecendo mais ondas rubras, que circundavam as poltronas azuis escuras, que rangiam de maneira assustadora ao serem abertas para sentarmos nelas.

E a iluminação tênue então? As sombras ao mesmo que intimidavam, eram um convite à imaginação. O Cine Regente, um simples cinema de rua, estava sendo descoberto por mim como um lugar fantástico e cheio de promessas de aventuras.

Nos cartazes de filmes que eu havia visto antes de entrar na sala, um me chamou a atenção. Era um desenho animado da Turma da Mônica, o lendário Turma da Mônica e a Estrelinha Mágica. Mas como o desenho ainda não havia estreado, o filme escolhido por mim e meu pai foi O Cão e a Raposa, um dos maiores clássicos da Disney.

Apesar de ser hoje uma animação bem antiga, não vou soltar muitos spoilers aqui, pois a idéia do post nem é falar do filme em si, mas basta dizer que a história é sobre um cão e uma raposa que se conhecem ainda jovens e se reencontram anos depois, e que apesar das muitas mudanças que acomnteceram com os dois, a amizade verdadeira construída por eles nunca mudou. Até hoje considero esse filme um dos melhores já feitos pela Disney!

Me recordo de uma cena que envolvia tiros e gritos, eu me assustei ou coisa assim e fui parar atrás das cortinas das paredes laterais, obrigando meu pai a se levantar e ir me buscar lá. Não me lembro de nenhum outro momento esquisito, e o saldo final foi bem positivo, pois gostei tanto do filme que algum tempo depois ganhei o LP de 12 poelgadas que continha todo o áudio do filme, e sempre que eu ouvia o disco eu ficava tentando me lembrar das imagens que havia visto no cinema.

O seu melhor amigo…

Com quem você se diverte…

Pode ter qualquer cor e pode ser quem for…

É sempre o melhor…

É tão bom viver…

Numa eterna brincadeira…

Não percebem jamais que são tão desiguais…

É tão bom viver!…

Parece que foi… ontem que eu o encontrei….

Você me olhou… e eu o amparei…

E da sua tristeza… nossa alegria nasceu…

E a sua presença… nova vida me deu…

Eu me lembro… de como nós brincamos…

Também me lembro de quando chovia…

Do calor da chama… que nos aquecia…

E agora vejo… que ficamos sós.

É triste a despedida…

Adeus parece o fim…

Mas guardarei pra sempre…

Você… em meu coração….

Tenho para mim que tive uma ótima iniciação ao mundo do cinema, uma experiência que ficou gravada na memória também outras vezes ao assistir os filmes das Tartarugas Ninja, do Batman (o legal, do Tim Burton), do Aranha e recentemente, Vingadores.

Mas isso já é papo para futuros posts dessa coluna…

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