Xenoraid | Um 4 em 1 pra nos defender dos aliens! (Impressões)

Sabe quando você entra em contato com um jogo e ele magicamente te transporta para algum momento do seu passado? Pois bem, Xenoraid fez isso comigo.

Há muito, muito tempo, em um tempo distante, era muito comum encontrar máquinas de arcade em botecos. E se tinha algo que me fazia entrar nesses sujinhos eram essas máquinas, já que normalmente neles a ficha era bem mais barata do que nos fliperamas. E não era difícil encontrar um “jogo de navinha” nessas máquinas, em especial os de tiro verticais, que dominavam a preferência.

E Xenoraid me lembrou muito dos jogos dessa época hoje bem nostálgica. Porém, a nostalgia para por aqui, pois nele existem muitas coisas que são mais vistas nos jogos atuais.

Como (quase) sempre, o jogo acontece em um futuro (cada vez menos) distante, em 2032, na primeira Guerra Estelar. É lógico que são os aliens que querem invadir a Terra com um exércitos de naves, e a única defesa dos terráqueos são algumas naves…

Sim, algumas naves. Dessa vez não temos um herói solitário, mas quatro pilotos que vão se alternando na missão de nos salvar do ataque alienígena. Mas existe um porém, só uma nave é usada por vez, porém você pode a qualquer momento trocar por outra com o apertar de um botão, com as naves mapeadas em cada botão (no caso do Xbox, A-B-X-Y).

A ideia aqui é usar essas quatro naves para passar de fase, e cada nave pode usar armamento e habilidades diferentes, os quais podem ser comprados na lojinha do jogo. É uma ideia legal, que abre a possibilidade de ter cada nave modificada para determinado tipo de situação.

Mas não é só esmagar o dedão no gatilho não, pois ao usar o armamento da nave, ele superaquece e precisa de um momento para poder voltar a ser usado. Aí é preciso trocar de nave para continuar atacando a frota inimiga. Também se levar muito dano, a troca é recomendada para que não se perca nenhuma nave, o que garante um desempenho melhor na partida.

Sobre os inimigos, é bacana enfrentar eles, mas não há muita variedade aqui. Dada a boa possibilidade de equipar as quatro naves com diferentes maneiras, eu esperava encontrar uma quantidade maior de inimigos que fossem diferentes entre si, que obrigaria o jogador a pensar estrategicamente a sua composição de naves. Ao invés disso, mesmo se deixar as quatro naves do mesmo jeito, não vai ter nenhum problema em progredir no jogo. O ponto positivo é que as fases são procedurais, o que em jogos assim eu acho excelente e mantêm o desafio sempre interessante.

Falando nisso, a dificuldade é ok, não temos aqui nenhum bullet hell. Com atenção dá para avançar as fases sem problemas. O que torna esse jogo ideal para quem gosta do gênero, mas não quer ver seus olhos e dedos sangrarem depois da milésima morte no mesmo ponto. Entra naquela categoria de jogos que dá pra jogar ouvindo um podcast. Eu joguei assim da segunda tentativa em diante. Todo o jogo é bem simples, com dois modos de jogo, o da história e o sobrevivência, ambos bem tradicionais e que podem ser jogados em co-op, porém somente via local.

Vale lembrar que é um jogo indie, desenvolvido e publicado pela 10tons. O visual não é tão refinado, a arte pintada realmente é bastante pobre e genérica. É um jogo de baixo orçamento, então dá pra entender isso e se concentrar mais na mecânica, que é o ponto alto do jogo, lançado no PC, Xbox One e PS4, e em breve, para dispositivos mobile. Ah, e não tem nem legenda em pt-br. O game custa em média 19 reais (Xbox Store e Steam), então se você gostar do tema e tiver um troco sobrando na sua conta, que tal dar uma chance?

Quatro navinhas pra escolher!
Fases procedurais!
Visual não tão inspirado...
Desafio na medida certa
Bem nostalgico para veteranos!

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