Análise | Have a Nice Death

Disponível para Nintendo Switch e PC

Have a Nice Death é um roguelike corporativo sobre comandar o além vida sobrecarregado de mortes, por conta de encarregados felizes em ceifar vidas, sem se importarem com toda a burocracia envolvida. Seu lançamento aconteceu no último dia 22 de março, chegando apenas nas plataformas do Nintendo Switch e PC, e no momento não há informações de sua chegada em outros consoles.

O título é do mesmo estúdio de Unruly Heroes, a galera da Magic Design Studios, localizado lá na França. E o segundo jogo do estúdio, e que também entrega um resultado visualmente lindo, com gráficos totalmente desenhado à mão, cuidadosamente bem animado, e com ambientes ao fundo que enchem os olhos com tantos detalhes criados para dar vida ao mundo proposto. A distribuidora global (publisher) da obra é a Gearbox Publishing, empresa que tem apoiado tantas outras iniciativas independentes de qualidade.

Have a Nice Death é, então, um roguelite de ação frenético 2D, nos mesmo moldes de sucessos como Hades e Dead Cells. O jogador deve avançar por ambientes repletos de inimigos, eliminando-os em combates acelerados, enquanto sobe andar a andas, até encontrar um chefão, vencê-lo e partir para o próximo “mundo”. Ao morrer, tudo recomeça do zero, mantendo-se apenas alguns aspectos e, claro, todo o aprendizado. Contudo, as salas vão mudar seu layout, os inimigos irão se posicionar de forma diferente, e não adianta tentar memorizar o que vem a seguir, pois tudo mundo, inclusive itens, perks e armas que serão encontradas pelos caminhos. Cada partida é única, e cada fracasso te leva a recomeçar tudo novamente, só um pouquinho mais forte e sábio para saber como lidar melhor com sua próxima investida.

Importante aponta que o título chega ao nosso mercado totalmente localizado em português! Os personagens não falam por meio de áudios, contudo há muitos diálogos por meio de caixas de textos e todas estão perfeitamente localizados para nosso idioma. E sim, vale a pena acompanhar a história e o tom de bom humor que essa aventura traz.

Trabalhando no além vida

Um dos elementos mais importantes de excelentes roguelikes é sua apresentação, a forma como seu mundo é mostrado ao jogador, assim como os elementos que o compõe, personagens e suas histórias. Parece estranho isso, mas roguelikes não são apenas sobre gameplay e repetir, repetir e repetir sua jogabilidade. Contexto é o que tornam os mais famosos dessa categoria realmente excelentes. E na apresentação Have a Nice Death acerta em cheio!

Aqui os jogadores são apresentados no mundo além vida e no trabalho da Morte em si, a ceifadora de almas eterna, com um trabalho que nunca para, que nunca há um descanso sequer. Contudo a Morte não age sozinha, e ela tem toda uma corporação empresarial imensa para lhe ajudar na colheita de almas, a Death Inc.

Em determinado momento a Morte resolve se sentar atrás de uma mesa, despachando almas por meio de um carimbo, enquanto seus maiores encarregados, chamados de Tormentos, são quem estão realizando a colheita no mundo mortal. Mas os Tormentos perdem o controle e passam a ceifar almas demais, sobrecarregando toda a empresa com muito trabalho, deixando até mesmo a própria Morte sobrecarregada com muito trabalho!

Cansada de tanto trabalhar, a Morte resolve ela mesma ir tomar satisfação com os Tormentos e ordenar que diminuam o ritmo da colheita, afim de desinchar todos os empregados da empresa. Mas chegar até os Tormentos não é tão simples assim, e sua jornada está cheio de seres que vão lhe atrapalhar e impedir que tais reuniões aconteçam.

É adorável essa apresentação de fadiga do trabalho, com piadas de escritório, de empresa e empregados, mesclada com os temores da morte, e como é o além vida de todos que ali trabalham. Os diálogos são engraçados e as situações são inusitadas, como empregados fazendo amigo secreto, ou acionando greves ou felizes por finalmente terem reencontrado a chefe da empresa, que por muito tempo esteve presa em seu escritório, simplesmente carimbando almas.

Além disso os mundos do além vida são interessantes. Toda a empresa é dividida em andares, partindo sempre das dependências dos escritórios da morte, para os setores de poluição ambiental tóxica, comida gordurosa, doenças infecciosas e afins, cada qual representando estes aspectos da morte, supervisionada pelo Tormentos, chefes de seus respectivos setores.

Conseguirá a Morte colocar ordem em sua própria empresa?

Prepare sua foice!

Na questão do gameplay, Have a Nice Death segue muito bem a cartilha de elementos que existe na fórmula de todo roguelite de ação 2D. Existe a arma principal, a qual aqui possuem variações da clássica arma da Morte, sua foice, além disso o jogador dispõe de armas e magias secundárias, que são encontradas randomicamente nas partidas, além de cartas de maldições, que melhoram tributos e status do jogador, enquanto também podem causar penalidades como consequências de um atributo muito bom.

Soma-se tudo isso um grande ataque especial que precisa de tempo pra carregar, além de um sistema monetário permanente (lingotes de ouro) e também outro (almas) que se perde a cada Game Over. A moeda que se mantém entre partidas são os lingotes de ouro, que permitem dar um senso de progressão ao jogo, deixando o jogador liberar novas armas e magia, além de itens cosméticas para a base central que desencadeia decorações e uma narrativa relacionada ao tempo. Por exemplo, uma decoração natalina na central de escritório, abre uma história sobre o amigo secreto da Death Inc., destravando novos diálogos de todo os personagens encontrados ao longo das partidas.

Contudo me deixe retornar um pouco, para descrever um pouco as mecânicas mais básicas, como a utilização da Foice, a arma principal e fixa do jogo. O combate por meio da arma principal é sempre muito acelerado e satisfatório, causando uma boa quantidade de dano aos inimigos padrões de cada área. Conforme as primeiras partidas ocorrem, a Foice passa a ganhar variações, indo do modelo básico para opções de foices retráteis ou duplas, dando assim sutis alterações no moveset do personagem.

Foices duplas são mais ágeis e causam mais dano, contudo o raio de alcance delas são menores, o que resulta em uma arma em que o jogador precisa se aproximar dos adversários. Já as retráteis são meio que foices com uma corda amarrada em seu cabo, o que permite um alcance maior de ataque, e elas também puxam os inimigos para perto do jogador, o que também pode ser um risco, já que eles podem atacar ou explodir quando são mortos, contudo é uma excelente opção de arma, justamente pelo amplo raio de alcance.

Independente do modelo de foice, todas seguem uma estrutura semelhante, possuindo um combo de ataque padrão e também um segundo combo quando o direcional estiver direcionado para baixo (mesmo no chão). Elas podem atacar no ar, tanto na horizontal quanto um ataque vertical em direção ao chão. A foice também possui um explosivo ataque carregado, que tem dois níveis de poder, apesar de que o tempo para carregar esse ataque não o torna muito prático em meio a velocidade das batalhas.

Complementando o ataque básico com a foice, há então as armas e magias secundárias. Estes equipamentos secundários são encontrados durante as partidas, e não podem ser equipados antes de começar uma run, exceto se o jogador tiver acabado de destravar a arma, comprando-a na loja com lingotes de ouro. Neste caso há a opção de iniciar uma partida com o item desejado, mas somente um, então se tiver destravado dois itens, terá que escolher qual irá usar.

Estes equipamentos são divididos, como mencionado, em duas categorias, armas (martelos, espadas etc) e magias (bolas de fogo, gás venenoso etc). E irão surgir normalmente em segmentos de arena de batalhas, quando a tela trava o avanço e o jogador precisa lidar com inúmeros inimigos em ondas de ataque. Ao vencer, uma recompensa surge, podendo ser um equipamento secundário. Ao final de andares também pode acontecer de um item assim estar disponível. Não há baús aleatórios em Have a Nice Death, ainda que itens possam simplesmente estarem escondidos em alguns lugares do ambiente.

O jogador pode equipar dois equipamentos secundários, além de guardar um terceiro a qual fica desequipado em um menu, e pode ser usado para ser vendido em uma loja ou ser reequipado ao armazenar um equipamento em uso. Lembrado que ao morrer, todos os equipamentos são perdidos.

A respeito da praticidade destes itens em relação da jogabilidade do combate, digo que são itens realmente muito úteis, com alto poder de dano, e que possuem, o geral, um razoável tempo de recarga, até serem utilizados novamente. Não são ferramentas em que o jogador normalmente esquece que tem ou fica guardando para ser usando quando necessário, com aquele medo de que quando for preciso, o equipamento estará em recarga. Nada disso, é bem prático mesmo e funciona muito bem como itens ofensivos para se usado juntamente com os ataques de foices.

Quanto a variedade destes equipamentos, quando mais se jogar, mais serão destravados e novas opções de sets irão surgir. Normalmente me vi apegado a kits de armas com alto poder de ataque próximo, como um martelo ou espadão, em paralelo a alguma magia que possa atacar a distância, o que funciona muito bem contra alguns chefões, somado a foice retrátil sempre que possível utilizá-la, já que lido melhor com combates a média distância do que os que exigem muita proximidade dos inimigos.

Falando em inimigos, Have a Nice Death tem um conjunto interessante destes. Talvez uma crítica válida seja que não exista uma grande variedade em cada ambiente, o que torna um pouco maçante enfrentar certos padrões depois de algumas partidas, mas tirando isso, gosto como alguns inimigos são realmente desafiadores, especialmente aqueles que somem e passam a tentar sempre lhe atacar pelas costas. O ritmo de cada inimigo também é diferente, o que faz com que o jogador tenha que ficar bem ligeiro com o momento em que eles partirão para o ataque.

Dando continuidade, outra mecânica pertinente ao gênero são as cartas de maldições, atributos extras que são adquiridos em pontos específicos de cada partida, e que se perdem quando o jogador morre e precisa recomeçar. Estas cartas são divididas em três categorias, atributos de ataque, HP e mana (sim, porque usar as armas secundárias gasta mana, que se regenera automaticamente e rapidamente). São cartas que podem aumentar o poder de ataque ou atribuir um elemento (como veneno ou sangramento) aos ataques normais, ou então aumentar a sua barra de vida ou então melhorar a barra de mana, e vai além, como cartas que melhoram as chances de mais itens bons sendo encontrados ou descontos em lojas, ou recuperar HP a cada inimigo morto e assim por diante. Contudo, algumas possuem penalidades, especialmente quando as vantagens são muito boas, como perder parte da sua barra de HP ou mana ou até mesmo diminuir o poder de ataque.

Por fim, resta mencionar mais dois aspectos importantes dentro das mecânicas de jogabilidade. Além de encontrar equipamentos secundárias e cartas de maldições para melhorar atributos que perfuram em toda a partida, o jogador também pode encontrar itens de atributos temporários, que aprimoram sua defesa ou ataque, porém com durabilidade de apenas alguns minutos. O jogador inclusive pode acumular estes efeitos temporários.

Já a última mecânica que acho interessante mencionar é um item que restaura parcialmente a sua vida. O jogador pode acumular até 3 destes itens, e guardá-los para quando sua barra de saúde estiver correndo risco. Ao longo da partida é possível encontrar estas orbs que restauram sua vitalidade, e em dois níveis, o normal restaura apenas um pouco de HP, enquanto a dourada restaura uma porção muito maior de HP. Estas orbs de restauração podem ser encontradas pelas fases, ou nas lojas, ou nas salas de descanso, que surgem após derrotar um chefão e ir para uma nova área.

Claro que o jogador também pode encontrar itens consumíveis de uso imediato, que podem restaurar um pouco de HP. Mas não são tão efetivos quanto estas obs que restauram uma porção muito maior. O conceito do jogador poder usá-las quando bem entender também adiciona um pouco mais de estratégia as partidas, já que tentar não levar muito dano ou conseguir restaurar quando necessário é parte essencial de roguelikes, já que é preciso ir até o final do jogo sem morrer sob a penalidade de recomeçar tudo novamente.

Desafios do além vida

Quando o assunto é roguelike há sempre a discussão sobre o desafio e sua dificuldade. Jogos muito difíceis, a qual haja esse ciclo de recomeçar tudo de novo, quando se mostra muito frustrante, pode acabar afastando os jogadores. É muito importante que seja observado a balança do ciclo de recomeçar, a dificuldade para avançar cada vez mais um pouco, e as recompensas obtidas a cada partida, afim de ter um real senso de progressão. E nesse aspecto, Have a Nice Death tem um bom balanceamento.

Existe um constante senso de progressão dentro do jogo, pois a cada partida o jogador ganha pontos de experiência que enche uma barra de nível dentro de seu save, e a cada level conquistado se destrava algo permanente no avanço da campanha, dentro novas armas, novas salas e até mesmo corta caminhos para que depois de determinado tempo jogando, não seja necessário recomeçar exatamente desde a primeira área, podendo optar começar a partir do primeiro chefe, e posteriormente, você consegue ir até mesmo para locais até mais avançados do percurso.

Importante também contextualizar que a progressão da campanha se dá por meio de andares que dividem as muitas áreas (mundos) do jogo. Cada área tem um X número de andares, contudo ao final de cada andar, o jogador tem a opção de ir para locais diferentes dentro dos próximos andares. Em certos momentos, ao finalizar um andar, é possível escolher de dois até quatro caminhos diferentes para o próximo andar. Isso dá uma dinâmica bem interessante a sensação de que cada partida pode se desenvolver em rumos distintos da partida anterior. Ainda que independente do caminho que se tomar para cada andar, ao final de cada mundo, o último andar será sempre o do mesmo chefe de cada ambiente.

Contudo até chegar ao chefão, o jogador pode escolher caminhos distintos. E cada opção de caminho dá indícios do que o jogador pode estar procurando, seja um andar de equipamentos, ou um de maldição, ou um com orbs que vão restaurar sua saúde, assim como andares mais perigosos, que inclusive podem incluir chefes secundários que são até mais difíceis do que os chefões principais, mas que garantem valiosas recompensas quando vencidos. Existem também andares desafios, do tipo chegar ao final do mesmo em determinado tempo ou então sem tomar nenhum dano, ou então até mesmo as duas coisas.

Ao jogador que encontrar uma dificuldade muito grande dentro deste escopo apresentado, após as primeiras partidas perdidas, e alguns níveis de progresso conquistado, rapidamente o jogador destrava de forma automática uma opção de seleção de dificuldade um pouco mais fácil do que o modo normal. Basicamente se obtém um Easy Mode. Nesta modalidade os chefes tendem a ser um pouco mais fáceis, e não utilizam novos golpes após terem apanhado um pouco, a Morte aguenta um pouco mais de dano, e também causa um pouco mais de estrago, o que torna muito mais fácil ao jogador conseguir ganhar nível e progredir pelo ciclo da repetição, destravando mais rapidamente outros itens dentro da estrutura.

Esse modo permite que o título fique menos frustrante aos jogadores não habituados com o gênero, enquanto também deixa que o jogador progrida pelo sistema e posteriormente aumenta a dificuldade, já estando mais fortalecido, com novas armas, mais opções e melhor experiente contra chefes, inimigos e os mundos do jogo. Acho ótimo que a progressão não fique presa no nível de dificuldade do jogo.

Considerações finais

Have a Nice Death é um roguelike bem divertido, com uma estrutura muito padrão ao gênero, sem grandes pontos críticos, exceto pelo que é comum aos jogos nesse estilo: o ciclo de repetição pode cansar depois de um tempo, porque o mundo em si não muda o suficiente diante do tempo de jogo e sua progressão. Em uma escala de qualidade e destaque, o colocaria abaixo dos já mencionados Hades e Dead Cells porque enquanto estes títulos trazem algo novo e revigorante ao gênero, Have a Nice Death apenas cumpre bem a fórmula, sem trazer nada de surpreendente ao estilo.

Ainda assim o destacaria como muito melhor do que muitos outros roguelikes existentes, que seguem a estrutura do gênero, porém escorregam em diversos elementos de jogabilidades, ou fracassam nas questões de entregar boa progressão ou em seus desafio ou até mesmo em evitar a frustração elevada pelo ciclo da repetição. Have a Nice Death consegue evitar tudo isso, pois consegue trabalhar muito bem em todos estes aspectos.

Dá para concluir assim, se você está cansado da fórmula deste gênero, e apenas se interessa por algo que se proponha a ser novo ou muito diferente, entregando algum elemento inesperado, Have a Nice Death não vai conseguir lhe atingir, mesmo que ele não faça feio. Entretanto, se você gosta do gênero, e se diverte com bons títulos dentro desta estrutura, então a aventura da Morte para restabelecer sua corporação é totalmente indicada, e vai te divertir.

Dentre os pontos fortes do título, colocaria sua bela direção de arte, entregando gráficos desenhados à mão, com lindos cenários ao fundo e belo design de personagens, além de um excelente controle na hora do combate e da ação, com movimentos preciso e ágeis, o que dá uma boa sensação de sua jogabilidade. A mobilidade do personagem é muito boa, com o personagem executando bons saltos e também com uma excelente esquiva, que funciona como um dash, inclusive no ar, que o torna momentaneamente incapaz de levar qualquer tipo de dano. Ótimo visual e bons controles já o tornam um título de destaque.

Mas não são apenas estes os pontos positivos. Sua apresentação e o contexto da aventura, que o coloca no papel da Morte, comandando um escritório cheio de burocracia e problemas, dá um ótimo palco para ótimos temas relacionados a stress, burnout e chatices inerentes desse mundo, enquanto os discute de forma leve e com bom humor, sem que isso soe pesado demais. O jogo entrega bom roteiro e bons diálogos, e o fato de tudo estar em português eleva o nível deste aspecto ao jogador brasileiro, dando grande acessibilidade para que qualquer um possa acompanhar essa narrativa.

Também me agradou muito as muitas batalhas contra chefes e subchefes do jogo, oferecendo um ótimo desafio, porém nada impossível de ser vencido. Gosto que os chefes tenham padrões e que exijam que o jogador observe e aprenda a desviar de seus ataques, muito mais do que apenas ficar atacando a esmo, querendo causar dano antes que o chefe acabe contigo. Nesse sentido, Have a Nice Death oferece divertidas batalhas contra chefões, e no modo normal, seus padrões mudam e ficam ainda mais desafiadores.

Quanto ao repertório de armas e equipamentos secundários, existe sim uma variedade satisfatória, contudo não é tão vasta ou diferente do esperado. Está dentro do padrão do gênero e nada que vá mudar o combate ou gameplay de uma forma brusca. Não coloca como isso como um demérito, mas é um ponto a se observar, pois no fim das contas, o combate se torna muito parecido com aquilo que o jogo se apresenta logo em suas primeiras horas. Não dá para esperar uma grande mudança com a progressão natural da jogabilidade, ainda que se mantenha sempre com uma novidade aqui e ali, fora as diferentes combinações possíveis de foices e equipamentos.

Por fim, consigo concluir que Have a Nice Death talvez não se destaque como um inovador jogo de gameplay desta temporada, mas ainda assim ele está longe de ser tornar um título a se deixar passar. Pelo contrário, aos fãs do gênero de ação roguelite 2D, vale muito a pena experimentá-lo e debulhá-lo. Aos fãs do estilo, é um deleite, sem dúvida nenhuma. Bonito, ágil e preciso em sua jogabilidade, divertido em todos os aspectos, certamente é o combo necessário para um ótimo game. O além morte nunca foi tão interessante!

Galeria

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Dando nota

Visualmente é um belo jogo, com seus gráficos desenhados à mão - 8.8
Combate acelerado e divertido, controle responde muito bem aos ataques e esquivas - 9
Ótima ambientação, misturando o além vida com a vida de um escritório burocratizado - 9
Roguelite com uma boa sensação de progressão, sempre abro novo é liberado - 8.2
Ciclo de jogabilidade pode ficar repetitivo depois de algumas partidas - 7.2
Ótimos diálogos, e o título está totalmente localizado em português - 9.5
Chefes e subchefes oferecem ótimos momentos de confrontos - 8.8

8.6

Ótimo

Have a Nice Death é um divertido roguelite, muito bem estruturado para com a fórmula deste gênero. Não reinvente nada, porém tudo que faz é muito bem feito. Visualmente entrega gráficos bonitos, desenhados à mão, combate acelerado, a qual os controles respondem bem, e o jogo ainda entrega um bom sistema de progressão, juntamente com um modo mais fácil que dá boa acessibilidade a quem não está habituado ao gênero. Boas batalhas de chefes, ótimo desafio e com um humor afiado.

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