Tales of Graces F: impressões da demo japonesa e por que não trazem esses jogos pros EUA? [PS3]

Cá estamos! Continuo sem entender porcaria nenhuma de kanjis, pra mim são bem desenhos aleatórios mesmo, mas! As demos japonesas precisam ser jogadas, certo? A de Naruto Storm 2 é idêntica à americana e não perdi nada por ter jogado antes e a de Resonance of Fate sequer saiu nos EUA, então não ia ser justo uma das minhas séries favoritas que eu ia deixar passar. É verdade que não entendo o que está escrito e avaliar um RPG sem entender a história complica, mas acontece que o que eles falam eu entendo, o problema é ter que chutar as abas no menu e não entender as orientações de gameplay, hahaha.

Aliás, vida longa aos voiced skits! Quem joga Tales of com certeza se pegou pensando como isso fazia falta em Symphonia ou Abyss. Enfim, vamos à demo. Num resumo, impressões bem positivas, gostei das mudanças que o sistema de batalha sofreu em relação a Vesperia, que tem pra mim uma versão mais robusta e difícil da que vimos em Abyss, e eu tinha medo que mexer nisso fosse descaracterizar a série, mas medo bobo mesmo, Beast, Demon Fang, Tempest e todo o resto continua ali, só aprendemos uns truques novos.

Enfim, detalhes, impressões completas e vídeos depois do continue para não sobrecarregar a home do blog, mas nada pode ser considerado spoiler aqui, então prossiga sem ressalvas!

Pra quem tá perdido e se perguntando como eu joguei a demo de um jogo de Wii no PS3, faz bem ler esse post, em que noticiei a nova versão de Graces. Só esqueci mesmo (não sabia, na verdade) de comentar que teremos uma espécie de epílogo em F, continuando a história algum tempo depois dos eventos principais do jogo.

A demo de Graces é bem curta, na verdade. Claro que podemos batalhar infinitas vezes com os respawns dos monstros se quisermos, mas desconsiderando essa possibilidade, seu tamanho é similar ao da demo de Vesperia, que testei alguns vários meses atrás, mas que, salvo engano, não está mais disponível pra download. O ícone na XMB, quando selecionado, ativa uma linda música e deixa uma artwork no plano de fundo, a mesma usada na capa da versão de Wii, e fiquei algum tempo só ouvindo. Feito isso, start!

Não nos é mostrada a abertura do jogo, então me pergunto se vai ser a mesma que vimos no Wii. A demo em si começa com uma cutscene in-game do grupo aparentemente fugindo de um local que está para ser destruído. Asbel e Sophie ficam pra trás e ele segura os monstros mandando-a seguir em frente. Se fazendo de grande herói, como era comum vermos o Lloyd fazer. Depois corre para subir a tempo no veículo e quase cai, mas é salvo pelo Richard num momento em que eles ficam se encarando e me pergunto se esse ato tem algum outro significado que não dá pra saber só por essa cena.

Acordamos numa floresta obviamente pulando uma boa parte do que acontece depois da cena que vimos (se é que as duas coisas estão relacionadas). Temos um pequeno skit onde falam brevemente sobre “onde estamos?” “de qualquer forma, vamos nos apressar e sair logo daqui” e reclamações sobre o que acredito ser o veículo deles estar quebrado e não terem escolha a não ser atravessar a floresta. “Não sei o que está acontecendo, mas vamos ter cuidado.” E assim ganhamos controle do jogo com todos os personagens lvl 65.

É uma dungeon pequena e simples, apesar de meio labirinto (tive a sensação de que fiquei andando em círculos uma hora). Nada diferente dos outros Tales of, os inimigos aparecem no mapa e ao encostarmos neles, há a transição para a tela de batalha (que está mais rápida do que nunca). Aqui, porém, começam as diferenças. Dependendo da forma como encostamos nos inimigos, o início da batalha é alterado. Não é só ter alguns segundos com eles stunned se os pegarmos por trás, mas se nos pegam de surpresa, por exemplo, e se forem em grande número como uns pintinhos malditos dessa demo, começam uma onda de ataques e temos que apertar quadrado + direção do ataque para conseguirmos não ser nocauteados. Outra novidade é algumas vezes a batalha iniciar com um desafio do tipo “derrote-os com 20 hits”. Achei interessante. Além disso, parece que posso lutar sem me preocupar com escassez de MP, diferentemente de outros Tales of. Não há também GRADE no final das batalhas, assim como algumas indicações novas, então tudo isso muda um pouco o esquema de jogo.

Nas batalhas em si, o x é o combo normal, mas combiná-lo com direções do analógico inicia as Artes, que também podem ser assinaladas à bolinha, que no “padrão” estava com as mais poderosas e demoradas, e ao analógico direito, o que já é praxe nos jogos da série. Foi introduzido uma espécie de dash no jogo, realizado ao pressionar rapidamente na direção desejada, e dá pra ver que a intenção é usá-lo também como esquiva. As estratégias de luta estão um pouco diferentes do normal “bata o quanto puder e fique atento à animação de ataque do inimigo, defenda, ataque de novo”. A esquiva aqui é facilitada e nos dá a oportunidade do contra-ataque imediato. Trocar o lock-on é tão simples quando pressionar o R1, e o R2 dá início há algum status especial que não entendi bem, mas imagino que seja no estilo do Over Limit de Abyss.

Às vezes (o motivo eu não entendi porque, enfim, japonês), entramos no modo “Arc Rise”, durante o qual, apertando rapidamente L1, podemos usar nossos Blast Calibers, e eles são bem bonitos, diga-se de passagem. De forma similar, quando apanhamos demais, entramos num modo negativo, Arles Break, em que somos mais suscetíveis a dano e os inimigos não ficam stunned com os ataques.

Andamos pela dungeon, derrotamos vários inimigos no caminho dos tesouros e eventualmente achamos a saída, onde um chefe obviamente nos espera. Até fiquei com a vida por um triz, mas a sensação é de que o jogo está bem acessível. Os combos saem naturalmente e, com duas healers na party (opcional, todos os personagens estão presentes, então podemos jogar com quem quisermos), a coisa foi bem mais tranquila do que na demo de Vesperia. Ah, sim, temos um skit extra durante a dungeon que só me deixou fã do jeito da Sophie. Não sei bem qual a história dela, mas parece aqueles personagens ingênuos que acreditam no que os outros falam. Me lembra a personagem da Milla Jovovich no filme “O Quinto Elemento”.

Assim, impressões gerais bem positivas. Os gráficos também estão bem bonitos, dá pra ver que deram uma melhorada em relação aos do Wii, por mais que o estilo gráfico já o deixasse bonito no console da Nintendo. A música de fundo durante a exploração é a mesma do ícone da XMB que comentei, mas não acho que seja assim no jogo de verdade. Os controles estão agradáveis e acho que o melhor de tudo foi a sensação de estar jogando um ótimo Tales of. Apesar de todos os fãs, não foi bem essa a sensação que tive ao jogar Vesperia (demo), então fiquei feliz de ver que Graces me evocou mais memórias de Abyss.

As cenas de vitória são uma piada à parte, bem pensadas e engraças, inclusive coloquei uma delas no último vídeo logo abaixo. Falando neles, os dois primeiros cobrem a demo e o terceiro é a batalha contra o chefe. Agora fica só a tristeza de sabermos (?) que não vão localizar o jogo. Nem a versão melhorada de Vesperia (PS3), nem o Graces original para Wii, nem os Tales of de DS e PSP. O último a sair nos EUA foi a sequência spin-off de Symphonia para Wii, aí me pergunto por que é que trouxeram só esse, e não os outros. E em relação a Vesperia, um dos dubladores americanos chegou até a liberar a informação de que haviam sido chamados novamente pela Namco para novas gravações, aumentando nossas esperanças, mas não deu em nada. Será que um dia isso muda ou vamos ficar assim pra sempre?

Como baixar demos japonesas no PS3? Primeiro é necessário possuir uma conta japonesa na PSN, para isso há vários tutoriais simples na internet, como esse aqui do fórum Outer Space. Bom, conta feita, entre na PlayStation Store, essa parte é igualzinha a como você está acostumado a fazer com sua conta padrão. O problema vem agora, “putz, a loja tá toda em japonês!”, calma, não é difícil. Na tela principal, acesse o quinto botão do lado esquerdo, aquele que tem “PS3″ antes de vários caracteres indecifráveis. Ali, se sua exibição é em quadradinhos, entre no quarto para a direita, ou no quarto para baixo se for por lista. É o que tem o símbolo do controle sem o “+” e sem o “New” no nome.

Pronto, essa é a seção de demos! Todas têm desenhozinhos, então é fácil se achar aqui. Ok, clique na desejada e depois no botão laranja, aí é só confirmar e pronto, você está baixando a demo. Coloque para baixar no plano de fundo e pode até sair da conta japonesa e entrar na sua normal que o download continuará, e depois de completo é só instalar e jogar. Qualquer dúvida, perguntem nos comentários! Boa diversão!

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10 Comentários

  1. Parece ser realmente bem bacana. Ainda não me conformo com o não lançamento do Vesperia de PS3 por aqui. Mas como assim? Já confirmaram que esse aí não vai sair também? Não estava sabendo disso. Ah… se esse não sair também, parei com a Namco, viu…Optei por não ver os videos pra evitar estragar a surpresa (assim como não jogaria a demo se tivesse um PS3), mas tudo que você escreveu e o que eu já sabia do jogo me deixaram bem animado.O negócio de “derrote-os com 20 hits” me lembra os Battle Trophyes de Star Ocean 3. Aliás, So e Tales of são minhas duas séries de RPG favoritas. Pena que ambas são tão subvalorizadas — principalmente no ocidente. Bom, o jeito é continuar na torcida por localizações pelo menos desse e do Vesperia (pois o do DS eu acho que já são caso perdido mesmo).

  2. Po mal posso esperar pra terminarem de traduzir. Tava felizão pra jogar na época e nada do jogo vir pra cá. xD

    “É uma dungeon pequena e simples, apesar de meio labirinto (tive a sensação de que fiquei andando em círculos uma hora).”

    Ah não diz isso! No Tales of Innoccence que as dungeons são assim, um lixo total, muito fácil se perder! Tem pelo menos coisas pra fazer como puzzles ou é só ir até boss? =[

    1. Nessa, na real, foi só achar o boss. XD Mas certo que ela foi picotada só pra demo. Várias áreas têm umas paredes invisíveis só pra não te deixar passar e os tesouros do lugar são a maioria armas fodas pros personagens, coisa difícil de acontecer, ainda mais pra TODOS. XDDNão joguei Innocence… pegou tradução de fãs ou encarou em japa mesmo?

  3. Tales of é uma das minhas franquias favoritas. Zerei o Symphonia e o Vesperia, desapontei com o Symphonia de Wii. Espero que Tales of Graces como o melhor da franquia, já esperava que iria only in japan. Mas ainda estou esperando a tradução.
    Eu joguei o Innocence (traduzido) e as dungeons muito ruins e chatas, sem pluzzles, se perde fácil, da pra chegar no chefão sem enfrentar nenhum monstro. Gostei do combate e os personagens (existe algum Tales of que os personagens conseguem ser irritantes?).
    Um dia jogo o Graces, o jogo que mais espero pro Wii, não quero jogar o Lixo Rise Fantasia porque nem chega perto de Tales of.

  4. Talvez mais um Tales of que ficará só no Japão rs.

    Gostaria de saber o motivo para não trazerem esses últimos jogos da série pra cá. Acabo de lembrar que o Nakiriri (ou narikiri xP) Dungeon do PSP também não deve vir pro ocidente, é uma pena, porque o RM é bem mais ou menos.

    Nunca fui um grande fã da série, as vezes me canso do sistema de batalha do jogo, que continua na mesma (tá, pequenas diferenças) a um bom tempo. Espero que o 13 seja bom, e que seja bem diferente.

    1. Eu acho que o sistema de batalhas tem variado bastante. Se a gente pegar Tales of Symphonia e Tales of the Abyss, por exemplo, dá pra ver várias diferenças significativas. Mas eu sempre adorei esse sistema, então sou suspeito pra falar. Pra mim pode seria perfeitamente aceitável se a jogabilidade continuasse sempre a mesma e eles só mudassem personagens, golpes e enredo. XD

      E é normal algumas séries não terem localizações tão frequentes fora do Japão. YS mesmo só tá começando a vir com certa força pra cá agora, e sabe-se lá se continuará vindo se as vendas não foram satisfatórias.

      Infelizmente, o único jeito de aproveitar tudo que os RPGs nipônicos tem a oferecer é aprendendo a língua e jogando na fonta. Pelo menos atualmente, né. Tomara que isso mude no futuro. E viva a Atlus e a XSeed o

  5. Eu adorava a série, mas até o tales of do PSOne, aquele show de bola que o plano do céu irá se chocar com o plano da terra, ou algo assim.
    Porém senti que nos episódios a partir daquele as cutscenes e design dos personagens estão com cara de anime genérico. Fora as caixas de diálogo com a foto do personagem. Isso tirou o clima dos jogos para mim.

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