Dragon Ball Xenoverse 2 | 10 horas sendo um Patrulheiro do Tempo! (Relato & Impressões)

Estou impressionado. Quer dizer, infelizmente não tive a oportunidade de jogar ou testar o primeiro Dragon Ball Xenoverse, lançado ano passado, e então despenquei sem paraquedas em Xenoverse 2, lançado há algumas semanas atrás. Pensei comigo “— Bem, consegui fechar Naruto Storm 4 e One Piece Burning Blood em um final de semana cada um, então devo conseguir fazer o mesmo com este novo game de Dragon Ball”. Que ingenuidade a minha. Cá estou, uma semana depois de ter o game instalado em meu Xbox One, marcando quase 10 horas de gameplay (faltam alguns minutos para a tal) e devo ter coberto, com alguma sorte, apenas um terço do game! Como disse, estou impressionado.

Games baseado em Dragon Ball são realmente uma parada de outro mundo. Não dá para se comparar com outros games baseado em séries japonesas, independente do sucesso destas. Já foram tantos produzidos, por vários estúdios, em vários formatos e parece que a cada título a megalomania por ser melhor e maior continua se mantendo. Há escorregões no passado, é claro, mas no geral, os fãs curtem diversos games baseado na famosa franquia de Akira Toriyama.

É estranho, mas não consigo me recordar qual foi o último game da série que joguei. Xenoverse do ano passado, como disse lá no começo, não consegui, mas antes disso, na geração passada, tive minha quota de games de Dragon Ball. Geralmente joguei mais os modos de luta multiplayer, ainda que alguns deles tivesse alguns modos single player, mas não tinham um trabalho muito expressivo a ponto de me prender.

Claro que adicione o fato (e a vergonha) de que até uns dois ou três anos atrás eu nunca tinha terminado de assistir Dragon Ball Z na forma como gostaria, cronologicamente, capítulo a capítulo. Algo que fiz a não tanto tempo atrás, quando ainda tinha TV por assinatura e Dragon Ball clássico, com o Goku ainda criança, começou a ser exibido. Gravei todos pelo receptor da TV. E assisti tudo. Depois foi a vez de rever Dragon Ball Z Kai, que cortou toda a gordura desnecessária que a série Z original possui. Assisti com gosto. Me saciei de Dragon Ball. Por que não li o mangá? Bem, eu estava colecionado a versão da Panini, mas infelizmente estou estacionado no volume 38, me faltando os volumes finais para terminar a coleção (e só não o fiz ainda por falta de verba). Hoje dá para dizer que me animo e curto Dragon Ball bem mais do que já curtia antes de ter feito toda essa viagem pela série.

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Que fique claro. Essa maratona insana durou quase um ano e não, eu não conheci Dragon Ball por meio dela. Quando criança assistia Dragon Ball no SBT, vi trechos da série Z na Globo e no Cartoon Network, mas até então nunca havia parado para ver completo e na ordem. Imagino que ainda haja muitos fãs que curtem Dragon Ball e que se encontram nessa situação em que me encontrava. Diga aí nos comentários se estou certo ou errado. Pronto, explicações devidamente realizadas.

Fiz essa volta apenas para contextualizar a minha falta de memória acerca dos modos single player dos games de Dragon Ball na geração passada. Até então apenas curtia o modo porrada. Sair voando, dando Kamahameha e me transformando em um Super Saiyajin etc. E é por ir muito além disso que Dragon Ball Xenoverse 2 tem me impressionado tanto.

Junte-se a Patrulha do Tempo

De uma certa forma Dragon Ball Xenoverse 2 me lembra muito o formato de Destiny. O jogo tem um enorme Hub Space onde todos os modos single ou multiplayer vão funcionar, seja a campanha principal, a customização dos personagens, as missões alternativas e secundárias e até mesmo o recrutamento de outros jogadores para os modos cooperativos com diversos players. Tudo é encontrado neste hub, também chamado de Conton City (dá para ver um pedaço dela na imagem que abre este texto).

Em um primeiro momento, Conton City parece confusa e caótica. Leva-se um tempo para o jogador se habituar, mas você vai se habituar, pode ter certeza. A própria modalidade online não está ativa desde o começo. Somente após algumas missões e treinamentos é que o game vai habilitar e explicar sobre modos online e a opção de ligar o game em modo solo ou modo multi jogadores. Então nem tudo é apresentado logo de cara.

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Para quem possa imaginar que o modo multi jogadores de Xenoverse 2 possa ser intrusivo, já posso acalmar seus medos, pois ele é tão sossegado quanto é em Destiny. O jogadores não ficarão lhe abordando ou lhe enchendo o saco. Normalmente está todo mundo bem ocupado, fazendo suas próprias coisas. Há um quadro nessa modalidade onde os jogadores podem avisar que estão recrutando parceiros, além de que um ou outro jogador pode lhe mandar uma mensagem ou até lhe desafiar para um desafio. Porém não pega mal você apenas o ignorar (até porque as vezes você ignora mesmo sem querer, não percebendo que tem alguém lhe chamando a atenção).

E uma das coisas mais legais é a quantidade de personagens que você acaba encontrando em Conton City no modo multiplayer. Isso porque em Dragon Ball Xenoverse 2 os jogadores não jogam com os personagens famosos da franquia, mas como um novo Patrulheiro do Tempo. O que significa que você criará seu personagem, meio que do zero. A customização não é tão rebuscada quanto a de Fallout 4, mas permite várias combinações clássicas e características do mundo de Dragon Ball. Fora que são 5 raças: Terráqueo, Majin, Saiyajin, Namekuseijin e a raça Freeza.

Cada classe tem seus pontos positivos e negativos, até mesmo a escolha do sexo masculino ou feminino vão afetar os atributos de alguns elementos que constroem as habilidades do seu personagem. E não se preocupe se criou um personagem ruim de cara, ou se após testar uma classe, deu vontade de testar outra, pois o game tem slots para se criar personagens o suficiente, sem que você tenha que deletar algum já criado anteriormente. Para fazer estas impressões resolvi jogar com a classe terráquea, pois é meio que o personagem com os atributos meio equilibrados e padrão. Um bom personagem para um novato, como eu, começar.

Patrulheiros do tempo não possuem folga

Logo de cara fica claro que o game dá ao jogador uma tonelada de coisas a se fazer. É preciso entender que Conton City tem várias paradas e que muitas delas vão influenciar a sua força, habilidade e o impacto da campanha single player. E boa parte das coisas secundárias são meio que obrigatórias para conseguir avançar pela história principal. Isso não me incomoda, mas o resultado é isso: 10 horas jogando e ainda falta muito para se ver e terminar.

Claro que com 10 horas de gameplay muita coisa já me foi apresentada e já me sinto em casa em Xenoverse 2. Não estou exatamente preso em um ciclo de repetição, já que meu personagem continua ganhando novas habilidades, continuo sendo apresentado a novas missões, conhecendo mais personagens, e participando em combates e lutas em estágios diferentes. Ainda que haja coisas que sinto que ainda não estou forte o bastante para fazer, como lutar online contra outros jogadores (pelo menos com o meu personagem criado) ou participar de missões cooperativas online (estas até tentei, mas o matchmaking não encontrou nas vezes em que tentei apenas colocar em partida rápida).

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Vi em reviews internacionais que Dragon Ball Xenoverse 2 pode render até 40 horas de gameplay. Imagine só! Não cheguei nem perto disso com Naruto Storm 4 ou One Piece Burning Blood, ainda que siga tendo um grande apreço por ambos, especialmente pelo de One Piece (que ainda jogo até hoje e sigo esperando uma promoção por seus DLCs).

O esquema é que seu personagem, aquele que o jogador criou, começa o game sem saber muita coisa. Com o tempo e passeando por Conton City o jogador vai encontrar os personagens clássicos da série, como Kuririn, Gohan, Vegeta e até mesmo os vilões, como o Raditz para que estes lhe ensinem técnicas e ataques especiais que todos conhecem pela série original. Isso é bem legal, há de se admitir. Assim o jogador vai ganhando novas técnicas que podem ser customizadas (no limite de 4 super ataques e 4 explosões de ki) e moldando seu personagem. Pontos de experiência também são adquiridos para tudo que se faz no game, e aí cabe ao jogador escolher em um menu de atributos se estes pontos vão para a vida, ki, vigor, poder de ataque etc. O jogador vai escolher qual o atributo seu personagem terá vantagem. Isso abre um legue grande para que cada jogador tenha um guerreiro de Dragon Ball único, original e pessoal. O que faz com que você curta esse carinha que tu criou.

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Quanto a trama, Dragon Ball Xenoverse 2 apresenta então este novo patrulheiro do tempo (o jogador) e que precisa monitorar a linha do tempo, preservando a história e eventos do passado. Claro que a turma do Goku estão entre todos os eventos que podem causar problema a história, então o jogador se vê obrigado a retornar por diversas vezes pela história da cronologia, consertando fatos e lutas que originalmente não aconteceram ou que estão acontecendo erradas. Estas rupturas no tempo as vezes são de personagens que não deveriam estar em lutas clássicas da série ou uma sinistra aura que comete os vilões, os forçando a sair vitoriosos de batalhas que na linha do tempo original eles seriam derrotados. Aí entra o Patrulheiro do Tempo, que entra em ação e ajuda Goku & cia a vencer tais batalhas e manter os fatos históricos como eles realmente devem acontecer.

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Também é válido mencionar que Xenoverse 2 parece integrar alguns personagens e eventos que estão sendo trabalhados na mais nova animação da franquia, Dragon Ball Super. Os vilões principais que estão azucrinando a linha do tempo parecem ter saídos direto dessa série (que ainda não consegui conferir por completo, porém devo fazer em breve, aproveitando a sua estreia oficial aqui no Brasil pela Crunchyroll). Isso faz Xenoverse 2 parece bem fresco no que diz respeito ao atual status do universo da franquia e com os novos poderes que Goku e outros personagens possuem graças as novas histórias feitas para o cinema e televisão.

Aliás, outra observação válida. Sim, todo o modo single player o jogador vivencia utilizando um personagem próprio, sem que possa utilizar personagens clássicos da franquia. Entretanto no modo multiplayer, como as batalhas contra jogadores, por exemplo, é totalmente possível jogar com os personagens clássicos. Você não fica atrelado somente aos personagens que criou para lutar contra outros jogadores. De fato, participei de algumas destas batalhas, sendo surrado em todas, e não cheguei a ver ninguém batalhar com seu próprio personagem (exceto eu). Goku, como era de se esperar, estava em várias destas batalhas.

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Antes das impressões finais e da nota…

Não tenho como finalizar esta matéria atrelando uma nota ao game. Sinto que mesmo com 10 horas de gameplay ainda não atingi todos os pontos e ápices de Dragon Ball Xenoverse 2. Há coisas que quero ver, batalhas que quero lutar, customizações que preciso ver. A parte multiplayer também é um aspecto que preciso me dedicar por mais algumas horas, constatar se está havendo partidas sendo encontradas e se tudo está funcionando como deveria.

Um outro aspecto que continuo intrigado e curtindo são as missões paralelas realizadas em quatro pontos de teleporte, presente em Conton City, que levam a casas de personagens de cada uma das classes presente no game, onde o jogador pode encontrar diferentes tipos de missões. Com a turma de Namekuseijin, por exemplo, o jogador precisa defender o planeta de alguns invasores enquanto procura as Esferas do Dragão, precisando buscá-las com o clássico radar inventado pela Bulma, lutando e procurando. Ao encontrar é preciso levá-las até um determinado ponto. É uma missão bem interessante. Outra que ainda estou curioso para ver mais é na nave de Freeza, em um belíssimo cenário no espaço. Enfim, há mais para se descobrir a respeito, com certeza.

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O que já dá para afirmar é que Dragon Ball Xenoverse 2 parece ser um prato cheio aos fãs da franquia. Não é para menos que ele vem recebendo boas notas mundo afora. É um game recheado de modos extras, segredos e customizações, que trabalha muito bem tanto para jogadores solos quanto a quem curte uma experiência multiplayer.

A princípio não encontrei ainda muitos problemas ou defeitos que merecessem reclamações por aqui. Certamente a decisão de apenas localizá-lo no Brasil com legendas em português é algo que deve ter chateado alguns fãs, mas não é algo que tenha me incomodado. Já estou habituado com as vozes japoneses dos personagens e não me atrapalham as legendas (ainda que em batalhas tem hora que não consigo prestar atenção nelas). Acredito que a falta de localização possa ter sido dada pelo fato de Dragon Ball Super ainda não ter sido dublado no Brasil, o que significa que muitos dos personagens presentes no game ainda não possuem oficialmente uma voz oficial, se bem que Naruto Storm 4 também tinha essa característica da ausência de voz oficial em alguns personagens e mesmo assim acabou sendo dublado. Bem, vai saber.

Parece que Dragon Ball Xenoverse 2 é um dos games mais ambiciosos da franquia Dragon Ball. Eu pelo menos ainda não tinha encontrado um game da franquia com tamanho conteúdo ou que me mantivesse motivado a jogá-lo e jogá-lo por tantas e tantas horas. Já disse que estou impressionado?

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Um Comentário

  1. Que daora. Ainda não tive oportunidade de jogar o primeiro Xenoverse, aliás, não jogo um jogo de DBZ a muito tempo (por falta de grana). Talvez quando o primeiro ficar de promoção eu compre pra dar uma conferida

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